Carnaval: muita folia com responsabilidade

Quase a totalidade dos brasileiros (94%) tem consciência de que o uso de preservativo é essencial na prevenção da Aids e de outras doenças sexualmente transmissíveis (DST).
Mas 45% da população sexualmente ativa deixaram a camisinha na embalagem nas relações casuais nos últimos 12 meses, segundo a Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e práticas na População Brasileira, divulgada pelo Ministério da Saúde.

O comportamento segue na contramão da via de controle da enfermidade. De acordo com a sondagem, é crescente o número de pessoas que adotam a mesma atitude – o percentual passou de 19%, em 2004, para 26%, em 2008, e chegou a 44% em 2013. Assustadora e profundamente preocupante, sobretudo por ser adotada por jovens entre 15 e 20 anos.

O fenômeno é incoerente com o desejo de viver e bem aproveitar a vida plena de saúde e vigor. Os avanços da ciência na sintetização de medicamentos que propiciam bem-estar aos infectados com o HIV não eliminam a preocupação necessária para o sexo seguro. Ao contrário, o cuidado é fundamental, a fim de evitar contágios.
A redução da carga viral não significa estar livre do vírus.
Ainda não há vacina ou medicamento de cura.

Desde sexta-feira, os brasileiros estão mergulhados na festa mais popular do país. O carnaval tem como tom maior a irreverência, que move multidão e atrai milhares de turistas de quase todos os cantos do mundo ao Brasil.
Pelas ruas e avenidas das grandes cidades, a combinação samba, frevo, suor e bebida produz atmosfera envolvente que estimula paixões e atos impensados.

Cientes desse clima, as autoridades sanitárias reforçam, por meio de campanha, a necessidade de comportamento preventivo. Milhões de preservativos estão à disposição dos foliões. Nos meios de comunicação, inserções publicitárias alertam para o risco do sexo sem camisinha.
Advertem que todos somos vulneráveis à contaminação por HIV e por outras doenças DSTs.

As medidas governamentais são importantes mas insuficientes. É essencial estendê-la ao longo do ano. Se quase metade dos rapazes e moças confessaram dispensar o preservativo no dia a dia, impõem-se campanhas aptas a fazê-los mudar o modo de pensar e agir. A aprendizagem efetiva, dizem os manuais didáticos, se dá lentamente.
São dois passos para a frente e um para trás.
Os alertas não podem se restringir ao carnaval.

O levantamento também mostra que a porcentagem de pessoas que tiveram mais de 5 parceiros eventuais no último ano subiu de 9,3%, em 2008, para 12,1% em 2013. A população sexualmente ativa com mais de 10 parceiros na vida subiu de 25,9%, em 2008, para 43,9%, em 2013.

“Há bastante tempo, vem se discutindo que o aumento dos casos de Aids pode estar relacionado a uma geração com mais liberdade sexual que a anterior. Houve um crescimento importante no número de pessoas com mais de 10 parceiros sexuais na vida”, diz o diretor do departamento de HIV/Aids do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita.

A Aids é uma doença sexualmente transmissível (DST) que compromete o sistema imunológico. A melhor prevenção é a camisinha, que é muito simples e bem difundida, mas, na prática, nem todo mundo usa. Em quatro das cinco regiões brasileiras, a doença mostra tendência de aumento. No Norte, o número triplicou entre 1999 e 2009 e, no Nordeste, duplicou.
No Centro-Oeste, a alta foi de 55%, contra 43% no Sul.
Apenas no Sudeste houve queda, de 18%.

Os jovens de uma universidade levam camisinha na bolsa ou mochila, e a maioria não tem esse hábito. Alguns admitiram, inclusive, que não usam porque têm parceiros fixos, mas que não fizeram exames antes de abrir mão do preservativo.

Idosos, mulheres acima dos 50 anos e homens que fazem sexo com homens mais jovens são os grupos de risco de HIV (vírus da Aids) que mais crescem. Nos anos 1980, eram 15 casos entre homens para 1 em mulheres; hoje é 1,5 caso entre homens para cada ocorrência em mulheres. Na faixa etária de 13 a 19 anos, o vírus atinge 1 mulher para cada 0,8 homem.

A transmissão dos vírus dos tipos B e C da hepatite é mais comum que a do HIV. O Ministério da Saúde estima que cerca de 3 milhões de brasileiros tenham esses vírus, embora apenas 11 mil estejam em tratamento. A doença é de transmissão sexual ou sanguínea e pode provocar câncer no fígado e até levar à morte.
A vacina contra hepatite B está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), mas apenas para grupos específicos, como profissionais de saúde e pessoas de 1 a 24 anos.

Outra DST que, sem tratamento pode até levar à morte, é a sífilis. A estimativa oficial é de que 937 mil brasileiros contraiam a doença por ano. Os primeiros sintomas são feridas na genitália e na virília chamadas de cancro duro. Elas não doem e surgem entre duas e três semanas após a transmissão.

Já a gonorreia, que também é sexualmente transmissível, provoca um corrimento amarelado, que mancha a calcinha ou a cueca. Ela se manifesta entre e sete e dez dias depois do ato e é facilmente curável.

Os preservativos são distribuídos gratuitamente nos postos de saúde. A única alternativa à camisinha tradicional é a feminina, que é menos conhecida e colocada dentro da vagina. Lubrificantes sexuais também são distribuídos pelo SUS.

Se você quer ter certeza de que não está contaminado, o teste rápido de HIV sai em meia hora. – Se o resultado for positivo ou indeterminado, é necessário repeti-lo. Com o mesmo sangue, dá para fazer os exames de sífilis e hepatite, que ficam prontos em 15 dias. O resultado é sigiloso e apenas o paciente fica sabendo.

Caso a situação de risco tenha ocorrido há menos de 6 meses, é preciso repetir todos os testes, pois pode haver uma janela imunológica – período em que o organismo ainda não produziu anticorpos contra as doenças e, por isso, não são detectados.

DSTs

As doenças sexualmente transmissíveis, conhecidas como DST, acontecem como o nome já diz, pela relação sexual sem proteção. Quando o parceiro (a) possui a doença e não se preveni durante as relações, as chances para transmissão são grandes e algumas doenças podem levar á morte.
Para evitar o contágio, a forma mais clássica e discutida por órgãos da saúde, é o uso do preservativo.
Seja em qualquer situação, a prevenção é o melhor caminho.

Conheça as principais doenças sexualmente transmissíveis

Sífilis

Transmitida pela bactéria Treponema pallidum, é uma doença com evolução crônica (lenta, o que prejudica o diagnóstico e o tratamento) com surgimento de um cancro duro (lesão) nos órgãos genitais e posterior aparecimento de lesões espalhadas pelo corpo.
Quando generalizada, causa complicações cardiovasculares e nervosas, desencadeando nas mulheres o aborto ou o parto prematuro.

Os sintomas da sífilis se manifestam, inicialmente, entre 1 e 12 semanas após a infecção. Começa com o aparecimento de uma ferida na região genital que não sangra e é indolor, mas que, quando friccionada, libera um líquido transparente, contagioso.
As feridas, normalmente, cicatrizam entre 3 e 12 semanas, mesmo sem tratamento, mas isto não significa a cura da sífilis.

Os sintomas da sífilis podem ser diferentes dependendo do tempo de infecção que o indivíduo apresenta, e por isso a sífilis é classificada como sendo primária, secundária, terciária, ou congênita, que é quando o bebê nasce contaminado pela mãe.

Como a sífilis evolui

A contaminação com a sífilis acontece devido ao contato direto com a ferida do indivíduo infectado, durante o ato sexual.
Embora a ferida na pele, que caracteriza o primeiro sintoma da sífilis, possa aparecer até 3 meses depois do contato, se não for tratada no ginecologista ou urologista em 6 semanas, a bactéria se instala em algum órgão e sem o tratamento, em até 30 anos, se instala no sistema nervoso, sendo uma situação muito grave.

No entanto, a cura da sífilis pode ser simples dependendo do estágio de acometimento da doença.

Sífilis primária

Os primeiros sintomas da sífilis, que caracterizam a sífilis primária, geralmente são:

  • Uma única ferida arredondada e endurecida que não causa dor, localizada na região íntima ou na boca;
  • Inchaço dos gânglios linfáticos próximos à ferida.

Quando esta ferida não é devidamente tratada ela pode perdurar por cerca de 6 semanas e então desaparece espontaneamente, mas isto não representa a cura da doença, mas sim o seu agravamento. O tratamento para sífilis primária pode ser feito com o uso de 1 injeção de penicilina benzatina em cada glúteo, que cura a doença.

Sintomas da sífilis secundária

Os sintomas da sífilis secundária aparecem de 6 a 8 semanas após o surgimento da primeira ferida da sífilis, e podem ser:

  • Várias pequenas manchas arredondadas ou ovais avermelhadas ou rosadas que podem surgir especialmente no tronco, palma das mãos e sola dos pés
  • Pode haver queda de cabelos, da barba e da sobrancelha nos portadores de HIV
  • Em alguns casos pode haver: febre, dor de garganta, emagrecimento, dor de cabeça e meningismo.

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As complicações menos comuns da sífilis secundária incluem:

  • Hepatite, comprometimento renal, gastrite
  • Artrite, dor nos ossos
  • Neurite ótica, irite ou uveíte.

Assim como ocorre na sífilis primária se a doença não for tratada as feridas podem desaparecer espontaneamente dentro de 1 a 6 meses, mas isto não representa a cura da sífilis, mas o seu agravamento. O tratamento para sífilis secundária pode ser feito com o uso de 2 injeções de penicilina em cada gluteo (dose total) e podem curar a doença.

Sintomas da sífilis terciária

O sintoma da sífilis terciária podem surgir de 1 a 30 anos após o surgimento da primeira ferida da sífilis.
Neste caso a bactéria já chegou ao sistema nervoso central e por isso o indivíduo pode apresentar sintomas como:

  • Dor de cabeça, enjoo, vômito, rigidez do pescoço, convulsões, uveíte, irite e perda auditiva quando a sífilis afeta as meninges;
  • Dor de cabeça, vertigem, insônia e síndrome do acidente vascular encefálico quando a sífilis afeta a meninge refletindo meningite e vasculite associadas;
  • Reflexos exagerados, pupilas dilatadas, delírios, alucinações, diminuição da memória recente, da capacidade de orientação, de realizar cálculos matemáticos simples e fala quando há paresia geral.

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O tratamento para sífilis terciária pode ser feito com o uso de 3 injeções de penicilina numa semana ou 6 injeções de penicilina por dia, durante 10 a 14 dias, mas as lesões causadas no sistema nervoso não tem cura e podem deixar sequelas permanentes.

Sintomas da sífilis congênita

Os sintomas da sífilis congênita podem surgir a partir da 2ª semana de vida da criança que foi contaminada pela mãe, durante a gestação.
Os sintomas da sífilis no bebê podem ser:

  • Manchas arredondadas na cor vermelho pálido ou cor de rosa na pele, incluindo a palma das mãos e a sola dos pés
  • Pode haver queda de cabelo nos portadores de HIV
  • Pode haver febre, dor de garganta, perda do apetite e meningite aguda.

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O tratamento para sífilis congênita pode ser feito com o uso de 2 injeções de penicilina por 10 dias ou 2 injeções de penicilina por 14 dias, dependendo da idade da criança.

A sífilis tem cura?

A sífilis tem cura quando o indivíduo tomas as injeções recomendadas pelo médico. O tratamento para sífilis é feito com doses variáveis de Penicilina e para os pacientes alérgicos à penicilina, recomenda-se a doxicilina ou a tetraciclina. Procure sempre orientação médica para o tratamento eficaz!

Gonorreia

É uma doença infectocontagiosa. O contágio pela bactéria Neisseria gonorrheae, provoca a inflamação da uretra (canal urinário), pode alastrar-se para outros órgãos causando complicações como: artrite, meningite, infertilidade, doença inflamatória pélvica e problemas cardíacos.

Os sintomas da gonorreia geralmente começam a se manifestar entre 2 e 10 dias depois da contaminação com o indivíduo infectado.

Os sintomas de gonorreia na mulher geralmente são:

  • Dor ou ardor ao urinar;
  • Incontinência urinária;
  • Corrimento branco-amarelado, semelhante ao pus;
  • Pode haver inflamação das glândulas de Bartholin;
  • Pode haver dor de garganta e comprometimento da voz , faringite gonocócica, quando há relação íntima oral;
  • Pode haver obstrução do canal anal, quando há relação íntima anal.

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Entretanto, cerca de 70% das mulheres não apresentam sintomas.

Os sintomas de gonorreia no homem geralmente são:

  • Dor ou ardor ao urinar;Febre baixa;
  • Corrimento amarelo, semelhante ao pus, vindo da uretra;
  • Pode haver dor de garganta e comprometimento da voz, faringite gonocócica, quando há relação íntima oral;
  • Pode haver obstrução do canal anal, quando há relação íntima anal.

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Os sintomas da conjuntivite gonocócica que se manifesta no bebê recém-nascido são:

  • Dor nos olhos
  • Olhos inchados
  • Secreção purulenta nos olhos
  • Dificuldade em abrir os olhos
  • Quando não é devidamente tratada, pode levar à cegueira permanente.

O diagnóstico da gonorreia pode ser feito através da observação dos sintomas e pode ser confirmado por exames ginecológicos ou de sangue.

Tricomoníase

Carnaval: muita folia com responsabilidade

A tricomoníase é uma infecção vaginal causada pelo protozoário Tricomonas Vaginalis. É considerada uma doença sexualmente transmissível.
Atinge, principalmente, o aparelho digestivo e genital, causando inflamação do canal vaginal, nas mulheres, e da uretra nos homens.
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Sintomas da tricomoníase nas mulheres:

  • Corrimento vaginal acinzentado e espumoso
  • Dor nas relações íntimas
  • Dor ao urinar
  • Aumento da frequência urinária

Sintomas da tricomoníase no homem:

  • Secreção espumosa ou semelhante ao pus,
  • Dor ao urinar,
  • Necessidade de urinar freqüentemente,
  • Pode haver umidade no orifício peniano
  • A infecção pode atingir o epidídimo, que são os canais por onde o esperma é transportado no escroto, causando dor nos testículos, e a próstata também pode ser infectada.

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Tratamento para Tricomoníase (após confirmação):

Para o tratamento da tricomoníase recomenda-se a dose única de 2g de secnidazol ou metronidazol 500mg 12/12h durante 7 dias.

Clamídia

O contágio pela bactéria Chlamydia trachomatis provoca inflamação dos canais genitais e urinários. Nas mulheres, pode ocasionar a formação de abscessos (obstruções com dilatação), infertilidade e dores pélvicas. Nos homens pode provocar esterilidade.

Os sintomas de clamídia, geralmente só se manifestam entre 1 a 3 semanas após o contato íntimo desprotegido com uma pessoa infectada, apesar de muitas vezes a clamídia apresentar poucos ou nenhum sintoma.

Porém, apesar dos sintomas ocorrerem algumas semanas após a contaminação, o indivíduo pode transmitir a doença durante esse período e, por isso, deve usar sempre camisinha em todos os contatos íntimos, que é a principal forma de prevenção da clamídia.

Sintomas de clamídia na mulher

  • Dor ao urinar
  • Corrimento vaginal com aspecto de pus, amarelo e espesso
  • Dor ou sangramento durante o contato íntimo
  • Dor no baixo ventre
  • Sangramento após o contato íntimo
  • Pequenas e esporádicas perdas de sangue.

Quando a clamídia na mulher não é tratada, ela pode-se espalhar para o útero, podendo causar Doença Inflamatória Pélvica, que é uma das principais causas de infertilidade, aborto e gravidez ectópica, por exemplo. Saiba mais em: Doença Inflamatória Pélvica.

Sintomas de clamídia no homem

  • Dor ao urinar
  • Saída de corrimento pelo pênis
  • Dor e inchaço dos testículos
  • Inflamação da uretra, que é o canal que faz a ligação entre a bexiga e a extremidade do pênis, para a saída da urina
  • Quando a clamídia no homem não é tratada, ela pode provocar orquite, que é uma inflamação nos testículos.

Outros sintomas de clamídia

A clamídia também pode-se manifestar na garganta, olhos ou reto quando o indivíduo tem contatos íntimos orais ou anais sem camisinha. Desta forma, os sintomas de clamídia na garganta, tanto no homem como na mulher, geralmente incluem dor e infecção na garganta.
Já no reto, os sintomas podem incluir desconforto e dor anal, assim como, sangramento ou secreção pelo ânus.

Além disso, a clamídia também pode infectar os olhos quando as secreções genitais de uma indivíduo contaminado entram em contato com os olhos, causando sintomas como irritação, dor ou inchaço.

Como tratar a clamídia

O tratamento para clamídia é feito com antibiótico prescrito pelo ginecologista em caso de clamídia feminina ou pelo urologista em caso de clamídia no homem. O paciente com clamídia e o seu parceiro sexual deve abster-se de contato sexual até que ambos estejam completamente curados, para evitar que a infecção ocorra novamente.

AIDS

Síndrome da imunodeficiência humana (HIV), transmitida por um retrovírus que destrói as células de defesa (linfócito T), resultando na baixa imunidade do organismo que fica suscetível a outras infecções.
Dentre os sintomas iniciais destaca-se: fadiga, febre, distúrbios do sistema nervosos central, inchaço crônico dos gânglios linfáticos e o surgimento de vesículas avermelhadas na derme.
 O vírus do HIV pode ser considerado um dos mais graves quando falado de DST.
Os sintomas afetam grandemente a vida social do paciente e pode levar a morte.
A encubação da doença pode levar anos e se não houver o cuidado com exames preventivos, quando descoberto o vírus pode não haver tempo para tratamento da doença.

Sintomas

Os primeiros sintomas da AIDS como febre e tosse seca, que podem ser confundidos com um simples resfriado, manifestam-se de 3 a 6 semanas após a contaminação com o vírus HIV.
Porém, o teste do HIV só deve ser feito 40 a 60 dias após o comportamento de risco como contato íntimo desprotegido ou troca de seringas, por exemplo, pois antes deste período, o resultado pode ser um falso negativo.

Os principais sintomas da AIDS como manchas avermelhadas na pele, diarreia por mais de 1 mês candidíases persistentes, geralmente só aparecem 8 a 10 anos após a contaminação com o vírus HIV ou quando o sistema imune do indivíduo encontra-se muito debilitado devido a doenças ou algum tratamento contra o câncer, por exemplo.

Os primeiros sintomas da AIDS, que caracterizam a fase aguda da doença e podem aparecer nos primeiros 21 dias após a contaminação com o vírus HIV, podem ser:

  • Febre alta
  • Mal estar
  • Dor de garganta
  • Tosse seca.

Estes sintomas duram, em média, 14 dias e podem ser confundidos com outras doenças, como a gripe, por exemplo. Nesta fase, mesmo que se faça o teste do HIV, o resultado será falso-negativo. Ou seja, o indivíduo está contaminado com o HIV, já pode infectar outros, mas a doença ainda não consegue ser detectada pelo exame.

Principais sintomas da AIDS

Os principais sintomas da AIDS aparecem, em média, após 10 anos da contaminação com o vírus.
São eles:

  • Febre persistente;
  • Tosse seca prolongada;
  • Suor noturno;
  • Inchaço dos gânglios linfáticos por mais de 3 meses;
  • Dor de cabeça;
  • Dor nos músculos e nas articulações;
  • Cansaço ou perda de energia;
  • Rápido emagrecimento, como perder 10% do peso corporal em um mês, sem dieta;
  • Candidíase oral ou genital persistente;
  • Diarreia por mais de 1 mês;
  • Manchas avermelhadas ou pequenas erupções na pele.

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Estes sintomas surgem quando o organismo apresenta poucas células de defesa e elevada carga viral. Nestes, a contagem do Linfócito T CD4 deve ser de aproximadamente 200, quando, num indivíduo adulto saudável, esse número deveria estar entre 800 a 1200 por mm³ de sangue.
Durante esta fase surgem doenças oportunistas, como a hepatite viral, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose ou outras.

Tratamento da AIDS

O tratamento da AIDS é feito com um coquetel de medicamentos, que fortalecem o sistema imune e combatem o vírus ao mesmo tempo. O coquetel, assim como todos os exames, são fornecidos gratuitamente pelo governo.
 É importante que o indivíduo siga o tratamento corretamente, para travar a evolução da doença e ajudar a controlar a epidemia de AIDS no mundo.

Como saber se tenho AIDS

AIDS é uma doença que pode ser identificada através do teste do HIV, que pode ser feito entre 40 a 60 dias do comportamento de risco, como ter relações sem preservativo ou partilhar seringas, por exemplo.

Trinta dias após o primeiro teste, recomenda-se repetir o exame, mesmo que o resultado do primeiro tenha dado Negativo. Isso serve para comprovar a presença de anticorpos Anti-HVI 1 e Anti-HIV 2 no organismo, evidenciando ou não a doença.
Ainda é preciso repetir o exame entre 3 e 6 meses, devido à possibilidade de o indivíduo se encontrar na janela imunológica, que é quando a doença ainda não pode ser identificada, apesar do indivíduo já estar contaminado.

Herpes genital

O herpes genital é uma DST que pode ser causada por dois tipos de vírus diferentes, o HSV-1 ou HSV-2, seus sintomas característicos são:

  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Dor muscular
  • Fraqueza muscular
  • Vesículas avermelhadas, agrupadas, contendo um líquido dentro rico em vírus
  • Dificuldade para urinar
  • Coceira leve
  • Dor no bumbum, devido ao comprometimento do nervo sacral

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Nem todos os sintomas acima ocorrem no mesmo indivíduo, por vezes, somente a ferida e a coceira leve surgem como queixas. Para diagnosticar a doença, o médico pode realizar uma pequena raspagem da ferida a fim de observar microscopicamente a presença do vírus e assim indicar a melhor forma de tratamento.

O tratamento para o herpes genital consiste no uso de antivirais durante 10 a 14 dias consecutivos, uso de preservativo em todos os contatos íntimos e evitar encostar a ferida em qualquer área ou objeto, para que outros não sejam infectados.

Essa doença causa lesões na região genital. Além disso, o paciente sente dores e a encubação do vírus pode chegar a até 25 dias. Depois disso já é possível sentir as dores e sintomas da doença.

Sintomas

Não existem sintomas que possam ser considerados padrões para todos os tipos de doença. Cada vírus e bactéria desenvolve de uma maneira, causando sinais diferenciados em cada paciente. A melhor forma de diagnosticar o problema é com a realização de exames. Principalmente se o paciente tiver feito sexo sem a devida proteção.
Se isso acontecer, após o prazo de 40 dias já é possível identificar o vírus por meio de exames.

HPV

Os sintomas do HPV incluem a presença de várias verrugas, que aparecem na região genital masculina ou feminina ou até na boca e podem ser facilmente visíveis ou apenas serem identificadas através de exame microscópico.
 No entanto, em muitos casos, apesar do indivíduo estar infectado com o vírus do HPV, a doença pode não apresentar sintomas, sendo importante o uso de preservativo em todas as relações sexuais como forma de prevenção mais eficaz.

Sintomas de HPV no homem

Carnaval: muita folia com responsabilidade

Os sintomas do HPV no homem incluem a presença de várias verrugas de tamanhos variáveis na zona genital masculina, como no pênis, escroto, ou no ânus, que podem estar tão juntas que formam placas.
 No entanto, o homem, apesar de estar contaminado com o vírus do HPV, pode não apresentar sintomas, embora possa transmitir a doença a outros através do contato íntimo sem preservativo.

Sintomas do HPV na mulher

Os sintomas do HPV na mulher incluem a presença de várias verrugas de tamanhos variáveis na vulva, grandes ou pequenos lábios, parede vaginal, útero ou ânus, e que tal como no homem, podem estar tão juntas que formam placas.

Além disso, pode surgir a presença de corrimento, não sendo tão comum.

Sintomas do HPV na boca e garganta

Os sintomas do HPV na boca incluem várias pequenas verrugas de tamanhos variáveis que podem estar nos lábios, bochechas ou língua. O HPV na boca pode também afetar qualquer outro local da boca e até a garganta.

Diagnóstico do HPV

O diagnóstico do HPV pode ser feito através do exame clínico-visual, porém, em alguns casos, quando as verrugas são muito pequenas e, é necessário um exame microscópico. Além disso, na mulher, as lesões do colo do útero relacionadas com o HPV podem ser detectadas pelo teste de Papanicolau.

Tratamento para HPV

O tratamento para o HPV consiste em utilizar pomadas específicas diariamente entre 6 meses a 2 anos. Algumas lesões do HPV podem ainda ser tratadas com a utilização da cauterização ou laser, sendo que o dermatologista ou ginecologista decide qual tratamento é mais indicado.

Hepatite

A hepatite é uma doença altamente contagiosa, que afeta o fígado. Os sintomas gerais da hepatite incluem:

  • Pele e olhos amarelados
  • Urina escura
  • Fezes de cor clara
  • Sensação de fraqueza generalizada
  • Enjoo e falta de apetite
  • Pode haver febre e calafrios
  • Pode haver dor abdominal.

Os sintomas de hepatite são geralmente os mesmos na hepatite A, B, D, e E, pois a hepatite C é crônica e nem sempre gera sintomas.

Sintomas da hepatite fulminante:

  • Inchaço no abdômen
  • Perturbações no sono
  • Voz rouca
  • Raciocínio lento
  • Urina escura
  • Fezes de cor clara
  • Sensação de fraqueza generalizada
  • Enjoo e falta de apetite
  • Pode haver febre e calafrios
  • Pode haver dor abdominal.

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Alguns meios de transmissão da hepatite são:

  • Contato com sangue contaminado
  • Vasos sanitários públicos, comida contaminada e pouca higiene
  • Outros meios propensos são as maçanetas, descargas e torneiras de locais públicos que podem estar contaminados e, ao tocar nestes objetos, o indivíduo pode esquecer-se de lavar as mãos e levá-la à boca, ingerindo o vírus.

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A contaminação dá-se através do contato com as fezes de pessoas contaminadas. E, muitas vezes, dá-se sem que o indivíduo saiba que está com a doença.

Tratamento para hepatite

O tratamento para hepatite consiste em repouso, hidratação e dieta. Desta forma, o fígado poderá se recuperar e o uso de medicamentos, por vezes, faz-se desnecessário.

Prevenção da hepatite

A prevenção da hepatite pode ser feita através da vacina, medidas de higiene e usar camisinha em todas as relações.

importante

Para melhor prevenção, além de sempre usar preservativos durante as relações, manter em dia a saúde com a realização de exames é um outro passo importante, pois o diagnóstico precoce é a melhor forma de tratar qualquer enfermidade.

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