Triglicerídeos x Colesterol: qual a diferença entre eles?

Considerado o tipo de gordura mais comum no nosso corpo, é uma grande fonte de energia. Pessoas com mais idade, com excesso de peso, ou ambos, tendem a ter os níveis de triglicerídeos e colesterol total elevados. Muitas pessoas com doença cardíaca ou diabetes têm níveis elevados de triglicerídeos em jejum.
Estudos têm demonstrado que pessoas com níveis de triglicerídeos acima do normal em jejum tem maior risco para ataque cardíaco e AVC.

O que são triglicerídeos?

Essas gorduras são tão prejudiciais quanto o colesterol. Os triglicerídeos, também chamado de triglicérides, não só formam placas que entopem as artérias como provocam as desagradáveis protuberâncias mundialmente conhecidas como barriga de chope, pneuzinhos, culotes e afins.
Elas são o resultado da queima dos carboidratos de massas, doces e refrigerantes.

Quem está em forma também pode se tornar refém dessa gordura inconveniente, que sobrecarrega a circulação. As taxas de triglicerídeos devem permanecer em até 150 miligramas por decilitro de sangue. Entre 150mg/dl e 200mg/dl, a situação já é limítrofe. Mais que isso, a luz vermelha se acende.
Mesmo de bem com a balança, essa turma será obrigada a enfrentar um regime rigorosíssimo para evitar problemas cardiovasculares sérios como infarto e derrame.

Qual a diferença entre colesterol e triglicerídeos?

Embora o colesterol e os triglicerídeos sejam lípides, mais conhecidos como gorduras, existem diferenças enormes entre eles.

Triglicerídeos, são um tipo de gordura, composto por uma molécula de glicerol e três moléculas de ácidos graxos. Os triglicerídeos são a principal forma de estocagem de energia dos animais, que os acumulam no tecido adiposo na forma de gordura.

Os triglicerídeos são formados a partir dos carboidratos – açúcares e massas – e armazenados nas células como reserva calórica, sendo utilizados para obtenção de energia nos períodos de privação de alimento. Seu excesso pode causar depósitos nos dutos pancreáticos, ocasionando doença inflamatória grave, a pancreatite.

O colesterol tem mecanismo mais complexo. É formado pela absorção das gorduras saturadas e do colesterol de origem animal e também produzido pelo próprio fígado. De extrema importância para o organismo, é a matéria-prima de hormônios e faz parte da composição da célula.
As duas principais frações do colesterol são o LDL e o HDL, transportados na corrente sanguínea, ligados a uma proteína, a lipoproteína.

O LDL colesterol – colesterol de baixo peso molecular – é produzido no fígado, liga-se a essa lipoproteína e circula pelo organismo levando esse colesterol às células.
Ele tem uma subfração de “LDL pequeno e denso” que, quando em excesso, sofre um processo de oxidação e passa a ser depositado nas paredes das artérias, dando origem às “placas moles”, que podem progredir e formar placas mais estáveis, “placas duras”, que se calcificam e dão origem à arteriosclerose e, consequentemente, a doenças arteriais, como o enfarte agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral.

Por outro lado, o HDL – colesterol de alta densidade – tem como função “retirar” o excesso do LDL colesterol, minimizando o depósito do LDL na parede das artérias. Quando o paciente apresenta níveis de LDL colesterol elevados e de HDL baixos, há maior probabilidade de formar placas nas artérias e, por conseguinte, doença arteriosclerótica.
Já o baixo LDL e o HDL elevado são considerados fator de proteção.

Vale destacar que esses são fatores importantes na formação das placas nas artérias, mas não os únicos.
O excesso de açúcar no sangue, como a diabete melito (tipo 2, adquirida com a idade), o tabagismo, a hipertensão e os fatores genéticos contribuem para a doença arteriosclerótica assim como, em menor grau, os triglicerídeos elevados, apesar de aumentarem a viscosidade sanguínea e facilitarem a sua coagulação.

Para manter níveis saudáveis de triglicerídeos e colesterol, são fundamentais mudança de hábitos alimentares e qualidade de vida. É preciso seguir dietas com pouca gordura saturada baixo colesterol moderadas em carboidratos ricas em fibras (reduzem a absorção de colesterol no intestino), legumes, vegetais e em óleos monossaturados ou polissaturados.

Quando não se consegue controlar os níveis de triglicerídeos por meio de hábitos como exercícios e dieta, exigem-se remédios para normalizar os distúrbios nos índices de LDL, HDL e triglicerídeos.

Por fim, todos com LDL colesterol alto precisam medir a função da tireoide, pois nos casos de hipotireoidismo – doença que ocasiona a baixa produção de hormônios e é vista como uma das causas de elevação dessa fração do colesterol – basta tratar a disfunção para resolver o problema.

Qual a importância dos níveis de colesterol no sangue?

O aumento dos níveis de colesterol acima de limites desejáveis é conhecido como hiperlipidemia, ou hipercolesterolemia, ou simplesmente dislipidemia.
A maioria das pessoas com colesterol alto não tem qualquer sintoma; no entanto, os níveis altos de colesterol sanguíneo aumentam muito o risco do indivíduo apresentar doenças graves, tais como: a angina pectoris (uma dor no peito de origem cardíaca), o infarto do miocárdio, o derrame (acidente vascular cerebral) e problemas de circulação em outros locais do corpo.
Todas essas doenças ocorrem porque o colesterol aumentado no sangue acaba se depositando nos vasos sanguíneos (artérias) com o passar do tempo, na forma de gordura, e isso leva finalmente ao entupimento da artéria.
Assim, o sangue não consegue mais circular pelo vaso atingido.
A obstrução das artérias pela deposição de gordura (colesterol) nas suas paredes é conhecida como aterosclerose.
O órgão ou tecido afetado sofre danos graves pela falta de circulação.
Se isso ocorrer no coração, o paciente tem angina ou um infarto; se ocorrer no cérebro, a pessoa tem um derrame; e assim por diante.

Por esse motivo, os médicos prescrevem tratamento para pessoas com colesterol alto, pois a redução dos níveis de colesterol pode protegê-las de doenças cardíacas e derrame cerebral.
Felizmente, na grande maioria dos casos os níveis de gordura no sangue podem ser controlados com uma combinação de dieta, perda de peso, exercício e medicações adequadas.

Como as gorduras circulam no sangue?

As gorduras circulam no sangue na forma de partículas esféricas, compostas por algumas proteínas na superfície e contendo lipídios (gorduras) no seu interior. Essas partículas são chamadas lipoproteínas. Existem vários tipos de lipoproteínas. As mais importantes são:

LDL (low-density lipoprotein, ou lipoproteína de baixa densidade): Também é chamada de “mau colesterol”, pois vários estudos grandes mostraram que os níveis aumentados de LDL estão fortemente associados com o risco de doença cardiovascular. Transportam o colesterol do fígado e do intestino para os tecidos periféricos.
O colesterol ligado às partículas de HDL pode ser medido por exames de laboratório, e é chamado de LDL-colesterol.

HDL (high-density lipoprotein, ou lipoproteína de alta densidade): É conhecida como “bom colesterol”, pois, ao contrário da LDL, quanto maiores os níveis de HDL no sangue de uma pessoa, menores são suas chances de desenvolver doenças cardiovasculares.
Também transportam colesterol, mas no sentido inverso do LDL: retiram a gordura dos tecidos periféricos e dos vasos e a transportam para o fígado, onde vai ser metabolizada.
O colesterol ligado às partículas de HDL pode ser dosado em laboratório, e é chamado HDL-colesterol.

VLDL (very-low-density lipoprotein, ou lipoproteína de muito baixa densidade): transporta colesterol e triglicérides. O aumento das VLDL (que pode ser constatado pelo aumento dos triglicérides no sangue) também aumenta o risco de problemas cardíacos.

Quilomícrons: transportam basicamente triglicérides.

Que tipos de gordura podem ser dosados no sangue?

Geralmente os médicos solicitam um exame chamado “perfil lipídico”, ou “lipidograma”, que é a dosagem dos 4 tipos principais de gorduras: colesterol total, HDL-colesterol, LDL-colesterol e triglicerídeos.

Um cuidado importante quando se vai colher uma amostra de sangue para dosagem do perfil lipídico é que o paciente deve fazer pelo menos 12 horas de jejum antes da coleta, para não haver interferência nos resultados do exame.

A maioria dos laboratórios consegue dosar os seguintes tipos de gordura:

  • Colesterol total
  • HDL-colesterol
  • LDL-colesterol
  • Triglicerídeos.

Quais são os valores normais de colesterol e triglicerídeos? Esses valores de colesterol são válidos para todos os indivíduos?

Triglicerídeos x Colesterol: qual a diferença entre eles?

Não. Diferente de outros exames, onde há um valor de corte nítido entre o normal e o anormal, os níveis de colesterol considerados adequados para determinada pessoa vão depender das características desse indivíduo.
Visto que quanto maiores os níveis de colesterol, maiores são as chances de doença cardíaca, é prudente atribuir valores “normais” de colesterol cada vez mais baixos quanto maior é o risco de doença cardíaca de um paciente ou grupo de pacientes.
Ou seja: pessoas de alto risco de doença cardiovascular precisam ter um nível de colesterol mais baixo do que pessoas de baixo risco.
Isso é especialmente válido para o LDL-colesterol, que está fortemente associado com o risco de doença cardiovascular.

Existem várias formas de definir quais são os valores desejáveis de colesterol de um determinado paciente. O método mais utilizado é o chamado score de Framingham, que avalia o risco de doença cardiovascular de acordo com a presença ou não de certos fatores de risco.

Os valores de referência usados pela maioria dos laboratórios clínicos, para a população geral, estão na tabela ao lado.

Como calcular o score de Framingham?

O score de Framingham estima o risco de uma pessoa apresentar doença cardiovascular nos próximos 10 anos. Considera-se esse risco:

Baixo: quando menor que 10%

Moderado: entre 10 e 20%

Alto: maior que 20%.

Você pode calcular seu Score de Framingham de 2 maneiras: ou usando tabelas prontas, que vão pontuar a presença ou não de cada um dos fatores de risco mais importantes, ou através de programas especialmente desenhados para esse fim, onde você entra com suas informações (nível de pressão, idade, níveis de colesterol etc.
) e o próprio programa calcula o seu risco.
Clique aqui e calcule seu Score de Risco de Framingham.

Mas atenção: Embora úteis, essas calculadoras são apenas guias e não substituem uma avaliação médica detalhada.

Triglicerídeos x Colesterol: qual a diferença entre eles?

Então, quais são os valores desejáveis de colesterol e triglicérides, de acordo com o score de Framingham? Os valores desejáveis de colesterol e triglicerídeos também vão depender de outro dado importante: se o paciente já apresentou ou não algum tipo de doença cardiovascular.
Se o paciente nunca teve infarto do miocárdio, angina, derrame ou doença arterial periférica, então o objetivo do tratamento é impedir que ele venha a apresentar algum desses distúrbios.
Trata-se de um paciente em prevenção primária.

Agora, se o paciente já apresentou alguma dessas doenças, então o objetivo do tratamento é impedir que ele apresente um novo episódio. Nesse caso, o manejo dos níveis de colesterol deve ser mais rigoroso, pois trata-se de um paciente em prevenção secundária.
A tabela acima apresenta as principais recomendações para os níveis desejáveis de LDL-colesterol, dependendo das características do paciente:.

*Doença cardiovascular é definida como a presença (ou história prévia) de: infarto do miocárdio ou angina; ou doença sintomática das artérias carótidas; ou doença arterial periférica; ou aneurisma de aorta abdominal.

Exame alterado: o que fazer?

Se seu exame de triglicerídeos apresenta-se com taxas superiores a 150 mg/dl, você deve seguir, além de uma dieta adequada e realizada por um nutricionista, algumas orientações:

  • Reduza significativamente a gordura da sua alimentação, ainda mais as gorduras saturadas e colesterol (de origem animal) contidas na banha, gordura de carnes bovinas, manteiga, leite integral, queijos gordurosos, bacon, frituras, entre outras.
  • As gorduras trans também devem ser evitadas ao máximo.
    Elas estão contidas na maioria dos produtos industrializados, como biscoitos, margarinas, chocolates e doces.
  • Evitar ao máximo carboidratos refinados, tais como arroz branco, pães brancos, bolachas e farinhas.
  • Excluir o consumo de bebidas alcoólicas
  • Aumente o consumo de fibras, comendo mais frutas e hortaliças, além de cereais integrais, como aveia, arroz integral e pão integral com grãos inteiros.
  • Consuma alimentos que contenham antioxidantes (vitaminas C e E) como a laranja, acerola, hortaliças amarelas e laranjas e folhas verde-escuras.

Quais são as causas do aumento do colesterol?

O consumo exagerado de alimentos ricos em colesterol (carnes gordas, leite integral, queijos amarelos, bacon, manteiga, banha) pode fazer os níveis de colesterol aumentarem. Além disso, o excesso de peso pode fazer os níveis de colesterol e triglicérides subirem. Mulheres tendem a ter um aumento do colesterol após a menopausa.
Finalmente, fatores genéticos podem ser responsáveis pelo aumento do colesterol em algumas pessoas, principalmente se houverem várias pessoas na mesma família com esse problema.

Quais são as causas do aumento dos triglicérides?

A causa mais comum do aumento de triglicérides é a obesidade. Lembre que os triglicérides são a forma na qual a energia em excesso é armazenada no corpo humano. A gordura do corpo é composta na sua grande maioria por triglicérides. Portanto, quanto mais acima do peso um indivíduo, maiores seus níveis de triglicérides.
Freqüentemente, pessoas obesas apresentam triglicérides elevados, HDL-colesterol baixo, glicemias alteradas (ou diabetes) e/ou pressão alta; é a chamada síndrome metabólica.
(Leia mais sobre síndrome metabólica clicando aqui).

O consumo exagerado de carboidratos ou açúcar pode aumentar os triglicérides também. Além disso, o consumo de grandes quantidades de álcool também pode elevar os triglicérides.
Outras causas de aumento dos triglicérides, que devem ser pesquisadas em todos os pacientes, são: o hipotireoidismo, o diabetes mellitus descontrolado, algumas doenças do rim (síndrome nefrótica) e alguns distúrbios genéticos (hipertrigliceridemia familiar).
Em mulheres, uma causa comum do aumento de triglicérides é o uso de estrógenos por via oral, seja como pílulas anticoncepcionais ou como tratamento da menopausa (reposição hormonal); se os triglicérides estiverem muito aumentados nessa situação, pode ser necessário o uso de estrógenos por outra via que não a oral (injetável, adesivos, cremes ou vaginal).
Várias medicações também podem aumentar os triglicérides, dentre elas: diuréticos, beta-bloqueadores, corticoides, anti-psicóticos e medicações contra o vírus HIV.

Triglicerídeos x Colesterol: qual a diferença entre eles?

Quem deve fazer exames para avaliar seus níveis de colesterol e triglicerídeos?

As recomendações atuais são de que todos os adultos, a partir dos 20 anos de idade, façam uma dosagem de colesterol e triglicerídeos pelo menos uma vez a cada 5 anos. É preferível a coleta do perfil lipídico completo (colesterol total, HDL-colesterol, LDL-colesterol e triglicérides).

Pessoas com níveis de colesterol dentro da faixa desejável podem colher um novo exame em apenas 5 anos; se houver qualquer alteração, é necessário repetir o exame com mais freqüência e/ou buscar avaliação médica para iniciar o tratamento mais adequado.

Quem deve receber tratamento para os níveis de colesterol?

A decisão de iniciar tratamento para redução dos níveis de colesterol (ou triglicérides) é feita pelo médico, avaliando caso a caso.
Para isso, é necessário considerar todas as outras características do paciente, tais como a presença de outros fatores de risco cardiovascular e a presença ou não de doença cardiovascular instalada (se ausente: prevenção primária; se presente: prevenção secundária).

Prevenção secundária (pessoas com doença cardiovascular prévia – infarto, angina, derrame, má circulação em membros inferiores) – neste caso, um tratamento mais agressivo, objetivando uma redução importante dos níveis de colesterol, é recomendável. Geralmente é desejável um nível de LDL-colesterol menor que 100 mg/dL.
Entre 100 e 130 mg/dL, pode-se tentar apenas a modificação dietética, perda de peso e prática de exercício; mas medicações podem ser necessárias.
Medicações são geralmente utilizadas quando o LDL-colesterol está acima de 100 ou 130 mg/dL.
Em diabéticos com doença cardiovascular, a maioria dos médicos hoje recomenda manter um nível de LDL-colesterol mais baixo ainda: menor que 70 mg/dL.

Prevenção primária (pessoas sem doença cardiovascular conhecida) – Neste grupo de indivíduos, uma dieta específica é recomendada se houver LDL-colesterol muito aumentado ou um aumento de LDL-colesterol moderado na presença de dois ou mais fatores de risco cardiovascular.
Medicações podem ser necessárias se, após algumas semanas de dieta, o LDL-colesterol ainda estiver acima de 190 mg/dL em qualquer paciente ou acima de 160 mg/dL em pacientes com 2 ou mais fatores de risco adicionais.
Uma exceção são os diabéticos, que devem ter um LDL-colesterol menor que 100 mg/dL.

Quem deve receber tratamento para os níveis de triglicerídeos?

Triglicerídeos aumentados também podem aumentar o risco de doença cardiovascular, portanto pode ser necessário tratamento específico para sua redução nas seguintes situações:

  • Níveis extremamente altos de triglicérides (maior que 1.
    000 mg/dL)
  • Aumento combinado de LDL-colesterol e triglicérides
  • Presença de doença cardiovascular (prevenção secundária)
  • Forte história familiar de doença cardiovascular
  • Presença de outros fatores de risco cardiovascular.

Como é feito o tratamento?

Os níveis de lipídios (colesterol e triglicérides) no sangue podem ser reduzidos com o uso de modificações de estilo de vida, medicações e combinações dos dois.
Em certos casos, o médico pode recomendar uma tentativa com mudanças dos hábitos de vida (cuidados com a alimentação, exercícios físicos, perda de peso) antes de resolver prescrever alguma medicação.

Quais são as mudanças de estilo de vida que ajudam a controlar o colesterol?

Todos os pacientes com níveis altos de colesterol total ou LDL-colesterol devem efetuar mudanças dos seus hábitos alimentares, principalmente diminuindo o consumo de gordura total e gorduras saturadas.
Gorduras saturadas são aquelas que se tornam endurecidas à temperatura ambiente, e são encontradas principalmente em alimentos de origem animal (exemplo: carne, manteiga, leite, queijo), mas também podem ser encontradas em produtos vegetais como: óleo de coco, manteiga de cacau e margarina.
O consumo de gorduras saturadas deve ser reduzido ao mínimo.
O paciente deve dar preferência ao consumo de gorduras poli-insaturadas (óleos vegetias, óleo de milho, óleo de soja) ou mono-insaturadas (nozes, abacate, óleo de oliva).
Em alimentos industrializados, o rótulo do produto traz informações sobre a sua quantidade de gordura saturada, mono-insaturada e poli-insaturada.
Portanto, acostume-se a ler os rótulos!.

Algumas dicas para reduzir o consumo de gordura saturada:

  • Prefira alimentos com menos gordura total, gordura saturada e colesterol.
  • Dê preferência a carnes magras (frango, peixe ou carne bovina magra).
  • Retire a gordura visível da carne, frango e peixe antes de prepará-los;
  • Retire também a pele do frango e do peixe antes de consumi-los, pois a pele é rica em gordura
  • Evite fritar os alimentos; prefira grelhar, assar, cozinhar ou refogar
  • Limite a ingesta de gemas de ovos: no máximo 2 por semana
  • Prefira leite e laticínios desnatados
  • Opte por queijos brancos, com menor teor de gordura
  • Evite embutidos
  • Reduza alimentos ricos em gordura: maionese, manteiga, bacon, molhos cremosos (preparados com creme de leite), temperos de salada cremosos ou oleosos etc
  • Use a menor quantidade possível de gordura para preparar os alimentos
  • Coma vegetais frescos e frutas todos os dias
  • Prefira alimentos preparados com grãos integrais: pão, biscoitos, arroz, massas integrais, pois os mesmos são ricos em fibras alimentares que ajudam a controlar os lipídios sanguíneos
  • A perda de peso, em pacientes que estão com sobrepeso ou obesidade, também ser útil, principalmente na redução dos triglicérides.
    Exercícios aeróbicos muitas vezes são auxiliares importantes do tratamento
  • Uma opção também é o uso de alguns produtos comerciais contendo um tipo de gorduras vegetais conhecido como fitostanóis, que estão presentes em margarinas e óleos vegetais especiais criados para atender às pessoas que precisam controlar seus níveis de lipídios no sangue.
    Tais produtos podem ser identificados na prateleira do supermercado pelas informações nos rótulos.

Que mudanças de estilo de vida podem ajudar a controlar os triglicérides?

Os passos mais importantes são: melhorar a alimentação, perder peso (em pessoas com obesidade ou sobrepeso), aumentar o nível de atividade física e diminuir ou interromper o consumo de álcool. Parar de fumar também é muito importante.

Quanto à alimentação, é recomendável reduzir o consumo de calorias totais, através da restrição de gorduras e carboidratos (pães, massas, arroz, açúcar).

Se o rótulo de um produto traz a informação de que o mesmo é “sem colesterol”, ou com “baixo teor de colesterol”, isso significa que o produto tem pouca gordura e seguro para consumo?

Nem sempre. Vários alimentos vêm com a inscrição “sem colesterol” no rótulo e mesmo assim são ricos em gorduras saturadas.  Para entender isso, lembre-se que o colesterol é uma gordura produzida apenas por animais. Portanto, alimentos de origem vegetal (óleos vegetais, margarina etc.) não têm colesterol porque os vegetais não possuem colesterol.
Mesmo assim, alguns vegetais são ricos em outros tipos de gordura que podem ser perigosas se consumidas em excesso.
Alguns produtos, apesar de não possuírem colesterol, podem ser fabricados com grandes quantidades de gordura saturada, e portanto devem ser evitados.

A maneira mais segura de saber se um determinado produto é seguro ou não é lendo as informações nutricionais no rótulo. Ali devem estar discriminadas as quantidades de calorias, gorduras totais, gorduras saturadas e insaturadas.

Quando usar medicações para controlar o colesterol?

As medicações estão indicadas quando o paciente tiver níveis muito elevados de colesterol ou LDL-colesterol, ou quando tiver um aumento moderado mas os níveis não atingirem a meta desejada depois de algum tempo de cuidados com a dieta e exercícios físicos.
Infelizmente, apenas a modificação da dieta não é capaz de controlar os níveis de colesterol na maioria dos pacientes.
Quando a pessoa costuma ingerir quantidades grandes de gordura total ou saturada, a modificação da dieta consegue reduzir os níveis de LDL-colesterol em até 10 ou 20%.
No entanto, na maioria dos casos a redução de LDL-colesterol obtida com a dieta isolada é da ordem de 5 a 8%.
O médico geralmente vai recomendar o uso de medicações para controle do colesterol se, depois de um certo tempo (3, 6 ou 12 meses, dependendo do caso) com modificação dietética, perda de peso e exercícios, os níveis de colesterol do paciente não chegarem no recomendado para esse paciente (de acordo com seu grau de risco cardiovascular, avaliado pelo Score de Framingham).

Que medicações podem ser utilizadas para controle do colesterol e triglicerídeos?

Vários tipos de medicações estão disponíveis, hoje em dia, para ajudar a reduzir os níveis de colesterol e triglicerídeos. Cada classe de medicações tem uma ação maior sobre um ou outro tipo de gordura sangüínea, além de ter diferentes mecanismos de ação, preços, eficácia e efeitos colaterais.
O médico é quem vai definir qual o tipo de medicação mais adequada para cada caso.
Algumas vezes, pode ser necessário o uso de mais de uma medicação.

As principais classes de medicamentos são as seguintes:

Estatinas: Incluem a sinvastatina, atorvastatina, rosuvastatina, pravastatina, lovastatina e fluvastatina. Diminuem a produção de colesterol pelo fígado.
São as drogas mais eficazes para redução do colesterol total e LDL-colesterol, que podem ser reduzidos em 20 a 60% (dependendo da medicação e da dose), além de reduzirem modestamente os triglicérides.
Costumam ter menos efeitos colaterais que outros tipos de medicação.
São as medicações mais utilizadas para controle do colesterol.
Um dos efeitos adversos mais comuns são os problemas musculares: dores musculares (nas coxas, pernas, braços) devem ser relatadas imediatamente ao médico se surgirem após o início da medicação.

Fibratos: Incluem o bezafibrato, ciprofibrato, etofibrato, fenofibrato e gemfibrozil. São mais eficazes na redução de triglicérides e aumento do HDL-colesterol, portanto são mais utilizados para tratamento de triglicérides elevados.
Podem ser usados algumas vezes junto com alguma estatina (em pacientes com aumento tanto do LDL-colesterol quanto dos triglicérides), mas nesse caso aumentam o risco de lesão muscular pela estatina.
Devem ser usados com cautela em pacientes com doenças renais.
Os fibratos reduzem com sucesso os triglicérides, mas podem interagir de maneira perigosa com outras medicações para reduzir o colesterol.
Devem ser usados com prescrição médica, assim como qualquer outra medicação.

Resinas sequestrantes de ácidos biliares: Incluem a colestiramina e o colestipol. Diminuem a absorção de gordura pelo intestino. Podem ser usados em casos de aumento leve a moderado do colesterol, mas produzem vários efeitos colaterais como: diarreia, náusea, cólicas, flatulência e problemas do fígado.

Ácido nicotínico (niacina): é uma vitamina que reduz o nível de LDL-colesterol e VLDL-colesterol, além de aumentar o HDL-colesterol (“bom” colesterol) de uma forma mais importante que outras medicações. Pode ser usado para alguns casos de LDL-colesterol alto com HDL-colesterol muito baixo.
Entretanto, também têm efeitos adversos incômodos e frequentes, principalmente quando usados em doses altas: sensação de calor na parte superior do corpo, coceira, náuseas, formigamento e adormecimento das extremidades, problemas do fígado.
Os efeitos colaterais podem ser reduzidos se a medicação for tomada com comida, ou com aspirina (tomada 30 minutos antes), ou com o uso de formulações de niacina de liberação prolongada, que possuem menos efeitos colaterais que as formulações de ação rápida.

Atenção: Não use niacina por conta própria. Suplementos vitamínicos com niacina podem conter quantidades excessivas ou muito baixas desta vitamina e podem causar efeitos colaterais sérios. Discuta o uso de niacina com um clínico geral, endocrinologista ou cardiologista.

Ezetimibe: é uma medicação nova que ajuda a reduzir o LDL-colesterol e o colesterol total. É uma droga fraca quando utilizada isoladamente, mas produz uma boa redução do colesterol quando utilizada juntamente com as estatinas.
Por isso, é usada quase sempre em associação com a sinvastatina ou atorvastatina, em pessoas com níveis muito altos de colesterol e LDL-colesterol.

Triglicerídeos x Colesterol: qual a diferença entre eles?

Qual a utilidade do óleo de peixe? E da soja? E do alho?

Várias outras formas de tratamento têm sido propostas para controle do colesterol, mas poucas delas realmente funcionam, e geralmente seus efeitos são muito pequenos em comparação com as medicações disponíveis. Converse com seu médico antes de iniciar o uso de qualquer desses suplementos. Um resumo dos outros tratamentos está abaixo:

Óleo de peixe: alguns suplementos à base de óleo de peixe são ricos em ácidos graxos ômega-3 e ômega-6, que ajudam a reduzir os triglicérides mas podem aumentar um pouco o LDL-colesterol.
Precisam ser usados em altas doses e produzem alguns efeitos colaterais incômodos (náusea, cheiro de peixe ou gosto de peixe na boca, gases, diarreia).

Proteína de soja: As isoflavonas são substâncias presentes na soja que têm um efeito semelhante ao hormônio natural feminino (estrógeno), e por isso têm sido usadas para aliviar sintomas da menopausa em algumas mulheres. Podem ajudar a reduzir um pouco o colesterol total, LDL e triglicérides, mas seu efeito costuma ser fraco.

Alho: O consumo regular de alho pode ajudar a reduzir discretamente o colesterol total e o LDL.

Berinjela: Há alguns estudos mostrando que o consumo regular de berinjela pode ajudar a reduzir um pouco o nível de colesterol.

Por quanto tempo usar a medicação?

Uma vez iniciada a medicação para controle dos níveis de colesterol ou triglicérides, seu uso deve ser mantido por toda a vida, na maioria dos casos. Assim como outros problemas de saúde (pressão alta, diabetes etc.), o aumento de colesterol não tem cura, e as medicações controlam as gorduras do sangue apenas enquanto estão sendo tomadas.
Uma vez que se interrompa o uso dos medicamentos, o colesterol (ou os triglicérides) voltam a subir e o paciente volta a ter um risco aumentado de problemas cardiovasculares.
Por isso, o médico deve avaliar bem os riscos e os benefícios do uso de medicações em cada caso.

O que fazer para reduzir os triglicérides?

Se o seu médico disse que seus níveis de triglicérides estão muito altos, você pode tomar decisões e atitudes que reduzem estes níveis em algumas semanas.
A maioria das pessoas com hipertrigliceridemia (elevação dos triglicérides no sangue) tem outros fatores de risco para doenças cardíacas associados ao aumento dos triglicérides, como obesidade, colesterol alto e pressão alta (hipertensão arterial).
Elas também geralmente já têm conhecimento a respeito de uma dieta saudável para o coração, então basta acrescentar alguns itens a esta dieta, como a redução da ingestão de carboidratos, para customizar um plano alimentar que reduza os triglicerídeos.

O que mudar na alimentação para reduzir os triglicérides?

  • Coma menos açúcar e menos alimentos com acréscimo de açúcar.
    Somente este passo isoladamente pode fazer diferença em um período de apenas 2 ou 3 semanas.
  • Diminuir também os outros carboidratos como farinhas e massas em geral.
  • Elimine as gorduras saturadas e as gorduras trans da dieta e limite os outros tipos de gordura para menos de 30% da ingestão calórica diária.
  • Coma alimentos ricos em ômega-3, como salmão e truta, duas a três vezes por semana, ou use uma colher de sopa de semente de linhaça ou de outros grãos todos os dias.
  • Faça pequenas refeições ou lanches a cada três horas ao invés de apenas três refeições ao longo do dia.
  • Evite o consumo excessivo de álcool, ele eleva os níveis de triglicérides.
  • Não tome refrigerantes.
  • Dê preferência para sucos de frutas naturais, legumes, verduras e grãos integrais.
  • Use adoçante no lugar de açúcar.

Quais as mudanças no estilo de vida que influenciam na redução dos triglicérides?

A redução dos triglicérides envolve mudanças no estilo de vida:

  • Alcance e mantenha um peso corporal saudável. Isto depende do quanto você precisa perder, mas fazer uma dieta durante um mês pode reduzir os níveis de triglicérides, mesmo que a perda de peso seja mais lenta e exija mais dedicação da sua parte.
  • Exercite-se durante 30 minutos todos os dias para evitar doenças cardíacas e durante 60 a 90 minutos para também perder peso.
    Isto é o ideal, mas qualquer atividade física é melhor do que ficar parado.
  • Abandone o cigarro, se você é fumante, e não comece a fumar se você não tem este vício.
    Se você não consegue abandonar o cigarro sozinho, procure ajuda de grupos especializados no apoio de pessoas que querem parar de fumar.
  • Controle sua glicemia (níveis de açúcar no sangue).
  • Pode ser necessário suspender o uso de alguns medicamentos como contraceptivos, esteroides, antipsicóticos e diuréticos.
    Procure ajuda médica para receber uma orientação mais detalhada.

Existem remédios que controlam os triglicerídeos?

Nos casos em que os níveis de triglicerídeos estejam muito elevados (geralmente acima de 500 mg/dL), o uso de medicamentos é fundamental para evitar complicações no pâncreas, como a pancreatite.
Quando os níveis estão no limite superior da normalidade (150 a 200 mg/dL) e não há outras condições sérias associadas, é possível reduzir os triglicerídeos sem o uso de medicações.
Mas a maioria costuma precisar de medicamentos para reduzir os triglicérides.

O exame

O que é: Exame de sangue que mede os níveis de triglicérides (triglicerídeos), forma química pela qual a gordura orgânica (lipídios) é armazenada no organismo.

Para que serve: Serve para avaliar o metabolismo das gorduras no organismo e também fatores de risco para doenças cardiovasculares.

Como é feito: É feito pela coleta de sangue de uma veia do braço.

Preparo: É necessário jejum de 12 horas.

Valores de referência: Os níveis de triglicérides considerados normais no sangue coletado em jejum devem ficar abaixo de 150 mg/dL.

Para não esquecer

Os triglicerídeos agrupam três unidades de ácidos graxos, que são a menor unidade de gordura existente. “Para se formarem, os triglicerídeos não dependem apenas da ingestão de gorduras. Toda vez que comemos em excesso, o que sobra é transformado em triglicerídeos e armazenado no organismo”, explica Ellen Paiva.
Até aí, tudo bem, não fosse o fato de que ele tende a se depositar ao redor do fígado, prejudicando-o.
Também diminuem os níveis de HDL, possuem ação oxidante e inflamatória e são até capazes de lesionar a parede interna dos vasos.
Para passar bem longe desses riscos, mantenha os índices sempre abaixo de 150 mg/dL.

Evitar todo o tipo de excesso à mesa vai ajudar, já que os triglicérides representam a principal ferramenta que o nosso organismo utiliza para armazenar gordura no tecido adiposo, na tentativa de abastecer nossas reservas de energia. Cortar gorduras ruins e substituí-las pelas boas, como no caso do colesterol alto, também é fundamental.

O que cortar: excesso de massas, carnes gordas, doces, frituras, bebidas alcoólicas, vísceras, camarão, embutidos, cortes de aves com pele, leite integral e seus derivados.

Por que fazem mal: “Os carboidratos provenientes das massas e têm a capacidade de diminuir a oxidação das gorduras, causando um aumento de sua concentração no sangue.
Alimentos que apresentam um teor muito elevado de gorduras saturadas e trans também contribuem para levar os níveis de triglicérides às alturas”, alerta o nutricionista Ricardo Zanuto, doutor em Fisiologia e Biofísica.
As bebidas alcoólicas são tão perigosas quanto.
“O etanol é precursor dos triglicerídeos”, explica Ellen.

5 Alimentos que não podem faltar

Salmão, farinha de feijão-branco, limão, berinjela e nozes.

Por que fazem bem: o salmão, fonte de ômega-3, reduz os níveis de triglicérides. Já a farinha de feijão contém uma proteína (faseolamina) capaz de diminuir a absorção dos triglicérides. O limão, cheio de polifenóis, facilita o metabolismo das gorduras, diminuindo a fabricação de triglicérides pelo fígado.
A berinjela é adstringente e as nozes são anti-inflamatórias e antioxidantes.

7 dicas que ajudam a controlar as taxas de triglicerídeos

Receber o diagnóstico de colesterol alto vira alvo de grande preocupação para muitas pessoas. O mesmo nem sempre acontece com aquelas que descobrem ter alto nível de triglicérides – ou triglicerídeos – no sangue.
Menos agressivos, os triglicérides costumam ser ignorados por muitos, mas eles também são perigosos se não controlados: aumentam os riscos de doenças coronarianas e até de desenvolver diabetes.

O endocrinologista Amélio Godoy Matos, que já foi presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, explica que os triglicerídeos são um tipo de gordura proveniente da ingestão de carboidratos e da própria gordura.
Assim, ele está presente em cerca de 90% da nossa alimentação, enquanto o colesterol pode ser encontrado em apenas 10% dos alimentos ingeridos.
Ainda assim, as melhores formas de baixar o nível de triglicérides não se restringem apenas à alimentação.
Confira sete dicas que ajudam a controlar a taxa dessa gordura.

Carboidratos: Os triglicerídeos são originados de duas maneiras: pela ingestão de alimentos ricos em gordura ou pela sintetização de carboidratos no fígado.
Dessa forma, uma das primeiras recomendações médicas para baixar o nível de triglicérides é criando uma dieta balanceada e, claro, com baixo teor de carboidratos, aponta o endocrinologista Amélio.
Isso inclui massas, frutas e tubérculos, como a batata.

Exercícios: “Excesso de peso é a principal causa de aumento de triglicerídeos no sangue”, explica Amélio Godoy.
Por isso, aliar uma dieta equilibrada à prática de exercícios físicos, de preferência aeróbicos, é a melhor maneira de combater o alto nível de triglicérides, uma vez que ele aumenta a queima de gordura corporal.

Verduras e legumes: Verduras e legumes também não podem faltar no cardápio. “Alguns deles até apresentam uma porcentagem considerável de carboidratos, mas, ainda assim, serão sempre mais bem-vindos do que alimentos processados, como pães e massas’, explica o endocrinologista Amélio.

Álcool: ”Bebidas alcoólicas são altamente calóricas, estimulando a produção de triglicerídeos e por isso, devem ser evitadas’, aconselha o profissional. Uma latinha de cerveja, por exemplo, tem 147 calorias; uma taça de vinho tinto seco, 107 e uma única dose de uísque, 240 calorias.

Ômega três: Peixes, como salmão e atum, são alimentos ricos em ácidos graxos ômega 3, uma gordura insaturada, que reduz o nível de triglicérides do sangue. Assim, seu consumo sempre deve ser priorizado quando a outra opção for uma carne vermelha.
Lembre-se, apenas, de preparar o peixe de forma que ele fique com baixo teor de gordura, sendo a melhor alternativa grelhá-lo.

Açúcar: Outro alimento que deverá ser controlado são os doces, já que o açúcar é um tipo de carboidrato. No organismo, ele é quebrado e transformado em partículas menores que serão absorvidas. O problema é que essa absorção estimula a produção de triglicerídeos pelo fígado.
Além disso, há um depósito dessa gordura no pâncreas que atrapalha o funcionamento das células de insulina, fazendo com que a taxa de glicose no sangue também aumente.

Tabagismo: O tabagismo aumenta os riscos de doenças cardiovasculares e diabetes, sendo um hábito prejudicial que potencializa os prejuízos causados pela alta taxa de triglicerídeos no sangue. Assim como o açúcar, ele causa resistência de insulina devido ao acúmulo de gordura no abdômen.

Sintomas de triglicerídeos altos

Os sintomas de triglicerídeos altos nem sempre estão presentes, no entanto, alguns sinais que podem indicar que os triglicerídeos estão elevados são:

  • Acúmulo de gordura na barriga e em outras regiões do corpo;
  • Pequenas bolsas de cor pálida que se formam na pele, especialmente próximo aos olhos, cotovelos ou dedos, chamadas cientificamente de xantelasma.
  • Normalmente, o que causa os triglicerídeos altos são a má alimentação e o sedentarismo, mas existem outros fatores como a ingestão de medicamentos e doenças genéticas.
  • As consequências dos triglicerídeos altos podem ser aterosclerose, pancreatite, esteatose hepática, derrame cerebral (AVC) ou isquemia cerebral.

O que fazer para baixar os triglicerídeos altos

O que se pode fazer para baixar os triglicerídeos altos é comer 1 laranja com bagaço todos os dias. O bagaço da laranja é rico em fibras solúveis que ajudam naturalmente a baixar a quantidade de gordura no sangue. Além disso, é importante fazer uma dieta e praticar exercícios físicos regularmente.

Remédios caseiros:

Suco de abacaxi e bagaço de laranja para baixar os triglicerídeos

O suco de abacaxi e bagaço da laranja é ótimo para baixar os triglicerídeos porque tanto o bagaço da laranja como o abacaxi possuem fibras solúveis que ajudam a diminuir a concentração de gordura na corrente sanguínea, contribuindo para baixar os valores de colesterol e triglicerídeos no sangue.

Ingredientes

  • 2 copos de água
  • 2 rodelas de abacaxi
  • 1 laranja com bagaço
  • Suco de 1 limão

Modo de preparo: Bater todos os ingredientes no liquidificador, coar e beber diariamente, 2 vezes ao dia, de manhã e à noite.

Chá de cúrcuma para baixar os triglicerídeos

O chá de cúrcuma é um excelente remédio caseiro para baixar os triglicerídeos, pois esta planta medicinal contém propriedades antioxidantes que ajudam a eliminar as gorduras e toxinas do sangue e, consequentemente, os triglicerídeos e colesterol.

Ingredientes

  • 1 colher (de café) de cúrcuma em pó
  • 1 xícara de água

Modo de preparo: Colocar a água para ferver e, depois de fervida, juntar a cúrcuma. Tampar, deixar repousar durante 5 a 10 minutos, coar e beber 2 a 4 xícaras do chá por dia.

Triglicerídeos altos na gravidez

Ter os níveis de triglicerídeos altos na gravidez é normal. Durante esta fase é normal os triglicerídeos triplicarem, mas mesmo assim, é importante a prática regular de atividade física e diminuir o consumo de gorduras e de carboidratos e açúcar.
“Durante a gravidez, é normal o colesterol aumentar cerca de 50% e os triglicérides triplicarem”, diz Soubhi Kahhale, coordenador da Clínica Obstétrica do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo.
Com isso, a grávida acumula energia em forma de tecido adiposo e proteínas para alimentar o feto e, posteriormente, repor o esforço dispensado durante o trabalho de parto.

Caso o colesterol da gestante esteja muito alto, ela deve buscar orientação médica para regular sua alimentação e controlar seus níveis de gordura por meio de atividades físicas. O uso de remédios, a princípio, não é indicado.
“Estatinas e medicamentos similares – com a função de baixar o colesterol – são proibidos para as mulheres que estão esperando um bebê”, complementa o obstetra.

A gravidez é uma situação especial em que não só mudar sua aparência, mas há muitas mudanças hormonais que podem variar certos valores sanguíneos como colesterol e triglicérides . Durante a gravidez, as hormonas femininas são alteradas devido à presença do feto.
Isto é para o seu corpo para se adaptar a esta nova situação, e não comprometer o bom desenvolvimento do bebê.
Em valores normais de colesterol e triglicerídeos durante a gravidez pode ser modificado, sem implicar a presença de uma doença.

Os valores de colesterol total, durante a gravidez normal pode aumentar em 30 a 50%, ao passo que os níveis de triglicéridos pode ser bastante elevada. Ele pode aumentar de 100 a 200%. Durante os nove meses de gestação de colesterol e triglicérides aumentam progressivamente.

Triglicéridos valores que variam de menos de 100 mg/dl (durante os primeiros meses) para valores próximos de 300 mg/dl no final da gravidez. Quanto a valores de colesterol variam entre 150-300 mg/dl em 40 semanas de gravidez. É importante saber que esses valores são normalizados depois que seu bebê nascer.
Embora os valores de seu colesterol e triglicérides estão dentro do que é esperado, é sempre importante para controlar o seu médico, de acordo com seu histórico médico, ele irá determinar o melhor para você e seu bebê.

Para que não fique dúvidas: o que são hormonas?

As hormonas são substâncias especiais que regulam o modo de funcionamento do nosso corpo. Os ovários produzem hormonas femininas, estrogénios, responsáveis pela mudança da fase da adolescência para a fase adulta. Disto consta o desenvolvimento mamário e as “formas” femininas.
Os estrogênios também estimulam os órgãos reprodutivos a crescer e a amadurecer de modo a que a mulher possa ter filhos.
Juntamente com a outra hormona dos ovários, a progesterona, são responsáveis pelas alterações do revestimento do útero durante o ciclo mensal.

Para você pensar!

Poucas são as pessoas que dão importância para os altos níveis de triglicérides quando diagnosticadas. Acreditam que só a base dos remédios, eles estão controlados. É importante que tudo aquilo que for colocado na boca, seja revisto junto a uma nutricionista.
Afinal, nem todos os alimentos são indicados para quem sofre com a hipertrigliceridemia, doença na qual a concentração de triglicerídeos no sangue se eleva acima dos valores normais.

A ideia de se privar de determinados alimentos pode parecer enlouquecedor, mas diante de tantas possibilidades de complicações, entre elas, a cardiovascular, não comê-los é o melhor remédio.
Abaixo, os principais alimentos que devem ser evitados por pessoas diagnosticadas com triglicérides alto:

  • Carnes com gordura
  • Manteiga ou margarina
  • Ovo: Não mais do que três unidades por semana
  • Frutas, como abacate, coco
  • Açúcar
  • Farinhas brancas ou refinadas
  • Confeitaria
  • Doces
  • Maionese
  • chantilly
  • Molhos prontos, caldo de carne
  • Crustáceos (camarão, lagosta), frutos do mar
  • Frios (presuntos, mortadela, etc.
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  • Miúdos (fígado, coração, rim)
  • Enlatados (salsicha, linguiça)
  • Leite integral, tipo A ou B, queijos gordurosos (amarelos e requeijão);
  • Bebidas alcoólicas.

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