Ácido fólico: por que é indispensável na gestação?

Sim, mulheres grávidas devem tomar um suplemento de ácido fólico assim que descobrem a gravidez, ou de preferência até antes de engravidar. É um comprimido pequeno, que não engorda e não tem efeitos colaterais, vendido baratinho nas farmácias ou distribuído em postos de saúde.
O ácido fólico também pode estar presente em complexos vitamínicos especiais para grávidas.

Por que o ácido fólico é tão importante?

Mulheres grávidas devem tomar suplemento de ácido fólico por uma série de motivos muito relevantes para a sua saúde, assim como a do bebê em desenvolvimento.
São eles:

  • Ácido fólico ajuda a prevenir doenças do tubo neural no bebê, como a espinha bífida (quando a medula espinhal não se fecha por completo), e do cérebro, como a anencefalia e encefalocele.
    Os defeitos do tubo neural acontecem durante o estágio inicial de desenvolvimento, muitas vezes antes até que as mães saibam que estão grávidas.
  • De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), mulheres que tomam a dose diária recomendada de ácido fólico ao menos um mês antes de engravidar e durante o primeiro trimestre da gestação reduzem o risco de o bebê ter problemas do tubo neural de 50 a 70 por cento.
  • Algumas pesquisas indicam que o ácido fólico pode ajudar a diminuir o risco de o bebê ter outros problemas, como lábio leporino e certos tipos de distúrbios cardíacos.
    Mulheres desnutridas ou sob regime excessivo de emagrecimento têm mais incidência desses problemas.
  • Seu corpo precisa do ácido fólico (também conhecido como folato ou vitamina B9, parte do complexo B) para produzir glóbulos vermelhos normais e prevenir a anemia.
    A falta de folato na alimentação pode levar a um tipo de anemia conhecido como anemia por deficiência de folato, cujos sintomas, como cansaço e fraqueza, são semelhantes aos da anemia por deficiência de ferro.
  • O folato é essencial na produção, na reparação e no funcionamento do DNA, o “tijolo” que compõe nosso mapa genético e nossas células.
    A ingestão adequada de ácido fólico é especialmente importante para o rápido crescimento celular da placenta e do seu bebê.
  • Há ainda estudos que sugerem que o ácido fólico pode reduzir o risco de mulheres desenvolverem pré-eclâmpsia, uma doença séria que pode comprometer a sua saúde e a do bebê também.
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Por todas essas razões os médicos costumam prescrever um suplemento de ácido fólico assim que a gravidez é diagnosticada.
O ideal, segundo os especialistas, é já estar tomando suplemento antes mesmo de engravidar, porque o desenvolvimento fetal é rápido no início da gestação, e os tubos neurais dos fetos se fecham durante as quatro primeiras semanas da gravidez.

Tanto que, nos Estados Unidos, os ginecologistas até recomendam que todas mulheres em idade fértil tomem ácido fólico, independente de estar ou não planejando uma gravidez, e no Brasil as farinhas de trigo em geral são enriquecidas com a substância.

Não existe um tempo máximo para tomar o ácido fólico. Se você acha que pode engravidar em algum momento do próximo ano, já vale a pena começar a tomar.

Qual é a quantidade certa de ácido fólico durante a gravidez?

Os obstetras geralmente indicam uma dose diária mínima de 400 mcg de ácido fólico no primeiro trimestre da gestação, além de recomendar uma dieta rica em folato para reduzir os riscos de alguma alteração congênita no bebê.

Nas farmácias brasileiras o mais comum é encontrar comprimidos de 2mg e de 5mg, que ultrapassam em muito a dose mínima recomendada (400 mcg é igual a 0,4 mg), por garantia. Toma-se 1 comprimido uma vez por dia, independentemente do horário e da alimentação.
 Uma vez que você chegue ao segundo trimestre, o suplemento não é mais necessário, embora seu uso contínuo não prejudique você nem a criança.

Uma leve falta de folato no organismo pode causar alterações de humor e irritação. Se tiver dúvidas quanto à sua dieta, converse com seu médico e veja se é o caso de consultar um nutricionista.

Mulheres que tiveram um filho com algum defeito no tubo neural têm maior risco de gerar outras crianças com o mesmo problema. Se for o seu caso, o médico irá prescrever uma dose bem maior de ácido fólico — até 5 mg — um mês antes de você tentar engravidar e a manterá tomando o suplemento durante o primeiro trimestre.

Os obstetras também costumam recomendar doses mais altas de ácido fólico para mulheres que tomam certos tipos de medicamento, como anticonvulsivantes para epilepsia.
Outro grupo que parece correr mais riscos é o das mulheres obesas, que também recebem doses mais altas de ácido fólico, começando desde antes de engravidar, mas sempre sob supervisão médica.

Quais são as melhores fontes ácido fólico?

Por incrível que pareça, pesquisas indicam que o corpo humano absorve melhor a versão sintética (ou seja, fabricada) desta vitamina, do que aquela que está naturalmente presente em certos alimentos.
Embora os cereais e grãos sejam fortificados com ácido fólico, a maioria das mulheres também não consome quantidades suficientes destes produtos para suprir a dose adequada durante a gestação.
Daí a necessidade de tomar o suplemento.

É claro que, além dos suplementos, você deve manter uma dieta saudável que inclua alimentos ricos em ácido fólico, assim como outros nutrientes importantíssimos para a gravidez. Uma boa porção diária de salada é um ótimo começo.
Veja a seguir algumas outras sugestões de fontes da vitamina:

  • Verduras escuras, como couve, brócolis, espinafre, escarola
  • Batata grande (daquele tipo para assar com casca)
  • Feijões de todos os tipos, lentilha, ervilha
  • Gérmen de trigo
  • Aspargos
  • Frutas cítricas, como laranja, limão, tangerina
  • Ovo cozido
  • Salmão
  • Carne vermelha
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Observação: Não cozinhe as verduras e legumes demais, porque isso acaba com o ácido fólico. O ideal é cozinhar os alimentos em um panela tampada, com o mínimo possível de água fervendo. Tente comer vegetais ligeiramente cozidos no vapor ou simplesmente crus.

Não tomei ácido fólico no começo da gravidez.
Meu bebê corre risco?

Se você não tomou o suplemento de ácido fólico no comecinho da gravidez, procure não se preocupar. Os problemas que o ácido fólico previne são relativamente raros, e você certamente ingeriu naturalmente algum ácido fólico na sua alimentação e na farinha de trigo enriquecida.

Por exemplo: cada vez que você comeu um pãozinho, estava tomando ácido fólico, o que já ajuda muito. Faça seu pré-natal direitinho, indo a todas as consultas e seguindo as orientações do obstetra.

Onde encontrar as vitaminas necessárias e quando a suplementação é importante

Só o ácido fólico é indispensável na gestação; outras vitaminas podem vir no prato. É muito comum as gestantes saírem da primeira consulta do pré-natal com uma lista de suplementos para garantir uma gravidez saudável e o desenvolvimento perfeito do bebê. Mas será que tudo isso é mesmo necessário? Os especialistas afirmam que não.
Indispensável, mesmo, somente o ácido fólico.
O ferro é prescrito com frequência porque maioria das pessoas tem carência desse mineral, mas uma alimentação balanceada pode assegurar as outras vitaminas.
 No caso das outras vitaminas, as mulheres que se alimentam bem podem dispensá-las “Na ausência de uma avaliação cuidadosa por um nutricionista, é prudente, no entanto, recomendá-los”, ressalva.

Para a mulher que for tomar suplementos polivitamínicos na gravidez, sempre recomendado por um médico, o ginecologista Cláudio Severino, do Hospital Samaritano dá a dica: a vitamina deve ser ingerida 15 minutos antes do almoço ou jantar, uma vez ao dia.
“A recomendação é porque está perto da refeição, o estômago está mais ácido”, diz.
Além disso, tomar a vitamina com sucos ácidos, como o de laranja ou limão, aumenta a absorção dos nutrientes.

Veja abaixo onde encontrar as vitaminas necessárias e quando a suplementação é importante:

Ferro

Recomendado para gestantes a partir do segundo trimestre da gestação, quando a mãe precisa produzir mais hemácias e o feto também. Se a mãe estiver anêmica antes do segundo trimestre, o ferro é recomendado antes. De praxe, é estendido até a amamentação.

Para o ginecologista Cássio Sartório, do Vida, Centro de Fertilidade da Rede D’Or, se a mãe tiver uma alimentação adequada com ferro de origem animal (que tem alta absorção) e o exame de sangue mostrar que os níveis estão dentro do padrão, ela não precisa de suplementação.
“O problema é que a maioria tem carência de ferro na gravidez”, explica Sartório.
O acompanhamento médico para quem optar por não tomar suplemento deve ser rígido.
 O consumo recomendado de ferro para mulheres entre 19 e 50 anos é de 18 miligramas diários.
A partir dos 50 anos, esse número desce para os 8 miligramas e, no caso das grávidas, o consumo sobe para 27 miligramas por dia.

Alguns exemplos de alimentos ricos em ferro são:

  • Fígado de boi
  • Peixe
  • Gema de ovo
  • Feijão
  • Lentilha e ervilha
  • Beterraba
  • Folhas escuras (Brócolis, espinafre, couve e agrião)
  • Ostra
  • Tofu
  • Frutas secas (figo, uva passa com semente, pêssego, damasco)
  • oleaginosas (castanha-de-caju, castanha-do-pará, amêndoas, pistache, avelã).
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A deficiência de ferro provoca anemia que é caracterizada por sintomas como cansaço, fraqueza, palidez, sonolência, palpitação, formigamento nas mãos e pés e falta de concentração. Sentindo alguns desses sintomas é necessário buscar uma ajuda médica para a realização de exames detalhados.
 Esses sintomas são tratados com suplementos vitamínicos e com o aumento da ingestão dos alimentos citados acima.

Atenção: Existem algumas associações que podem ser feitas para melhorar a absorção do ferro no organismo. A nutricionista orienta que “o consumo do ferro associado a fontes de vitamina C intensificam a sua absorção, inclusive proveniente de fontes vegetais”.
Uma sugestão é consumir, por exemplo, uma laranja como sobremesa ou temperar a salada com limão.

Por outro lado, “alimentos fontes de cálcio devem ser evitados após o consumo de ferro pois reduzem a capacidade de absorção”, orienta Tatiana. Por isso, evite o consumo de sobremesas a base de leite após a refeição (pudim, sorvete, arroz doce, canjica) e prefira consumi-las longe das refeições principais”.
Além disso, segundo Tatiana, “o ferro proveniente de alimentos de origem animal tem a melhor absorção no organismo”.

Vale salientar, que apesar da importância do consumo, o excesso de ferro é prejudicial e pode trazer também problemas de saúde, como o aumento de riscos de câncer, de doenças degenerativas, como o mal de Parkinson, e o comprometimento de algumas funções normais do organismo. Por isso, consuma-o na quantidade certa.
Consulte seu nutricionista para que ele faça um cardápio adequado ao seu organismo.

Ômega 3

Sartório conta que alguns estudos mostraram que a mãe que tem uma dieta mais rica em ômega-3 resulta em um bebê com quociente de inteligência maior no primeiro ano de vida, bem como diminui a chance de parto prematuro e bebê de baixo peso.
Essa substância é principalmente encontrada na gordura do peixe (DHA e EPA), que são fundamentais para o desenvolvimento do feto.

Se a mãe come peixe diariamente ou três vezes na semana (atum, sardinha, salmão ou truta), não é preciso suplementar. Caso contrário, uma cápsula ao dia durante toda a gestação supre a necessidade. Mas atenção, apesar da venda livre, a grávida só deve tomar suplemento se for orientação médica.
“Em doses muito altas, o ômega-3 altera a coagulação do sangue e pode dar hemorragia no parto”, alerta o nutrólogo, lembrando que as grávidas devem passar longe de peixe cru.

Os alimentos ricos em ômega 3 são excelentes para o bom funcionamento do cérebro e por isso podem ser usado para melhorar a memória, sendo favorável aos estudos e ao trabalho. No entanto, estes alimentos também podem ser utilizados como complemento terapêutico da depressão e até no tratamento de inflamações crônicas, como tendinites.

O ômega 3 é facilmente encontrado nos peixes, mas a sua maior concentração está na pele dos peixes e, por isso, esta não deve ser retirada. Para garantir a presença do ômega 3 é importante que o alimento não seja confeccionado em altas temperaturas, nem seja frito.

As melhores fontes de ômega 3 são:

  • Sardinha
  • Arenque
  • Salmão
  • Atum
  • Sementes de chia
  • Sementes de linhaça
  • Nozes

Vitamina A

A grávida precisa de 10% a mais de vitamina A do que se não estivesse gerando um bebê. Nos suplementos direcionados para gestantes, essa vitamina já está dosada. “Se ela optar pela alimentação, três cenouras a mais por dia, por exemplo, é suficiente para suprir essa necessidade”, explica Navarro.

Se for por meio de suplementos, é preciso tomar estritamente a quantidade receitada pelo médico, porque a dose alta de vitamina A aumenta as chances de má-formação fetal. “Pela alimentação é muito difícil ter excesso de vitamina”, explica.

As melhores fontes de vitamina A são:

  • Manteiga
  • Margarina
  • Gema de ovo
  • Queijo em creme
  • Cenoura
  • Ostras
  • Anchovas
  • Leite
  • Cavala (Peixe)
A função da vitamina A envolve ajudar o organismo a combater infecções virais ou bacterianas, fortalecendo o sistema imunitário, além de proteger a pele, mucosas, órgãos reprodutores e retina, por isso, é importante saber para que serve a vitamina A e ingerir os alimentos fontes dessa vitamina.

Vitamina C

Quando há um bebê na barriga, o aporte de vitamina C deve ser de 13% a mais, ou uma laranja a mais por dia, além da quantidade comum que já se consumia da vitamina, explica o nutrólogo.

As principais fontes são:

  • Vegetais folhosos (agrião, salsa, bertalha, couve, rúcula)
  • Frutas ricas em vitamina C (Abacaxi, acerola, cajú, limão, laranja, tangerina, goiaba, morango, kiwi, pitaya, Mamão papaia)
  • Pimentão
  • Tomate
Atenção: Para aproveitar toda a vitamina C presente no alimento é recomendado comer o alimento cru pois o calor destrói a vitamina C e sempre consumir frutas frescas ou sucos acabados de fazer.

A vitamina C serve para:

  • Aumentar a imunidade
  • Aumentar a absorção do ferro
  • É necessária na produção de hormônios anti-estresse, adrenalina, noradrenalina e interferon
  • Proteger o organismo contra os efeitos nocivos da poluição
  • Diminuir o risco de câncer
  • Prevenir a formação a aterosclerose
  • Promover a coagulação sanguínea correta
  • Evitar a formação de hematoma
  • Acelerar a cicatrização de feridas e de queimaduras.
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A falta ou o excesso de vitamina C no organismo pode levar à uma doença chamada escorbuto e gengivite e a sua falta aumenta as chances de doenças como gripes, resfriados e infecções.

Vitaminas do complexo B (B1, B2, B3, B6)

Uma grávida precisa de 30% a mais dessas vitaminas, que estão presentes normalmente nas carnes. “Cem gramas a mais de carnes magras já supre essa necessidade”, conta o nutrólogo.
Há, também nos vegetais, mas aí a quantidade deveria ser maior – um prato a mais, com todas as cores de vegetais (vermelho, verde, laranja), ou uma colher de chá de levedo de cerveja por dia.
No caso da vitamina B12, a mulher precisa de 8% a mais.

O tão falado complexo B – formado pelas vitaminas B1, B2, B3, B5, B6, B7, B9 e B12 – é fundamental também para o desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes.
“Essas vitaminas atuam no sistema neurológico, são essenciais no metabolismo de nutrientes, auxiliam na digestão de alimentos, participam da produção de células vermelhas e anticorpos, e previnem o envelhecimento celular, entre outros benefícios ao organismo”, esclarece a nutricionista Marisa Resende Coutinho, da rede de hospitais São Camilo, em São Paulo.

Suplementos que contêm todas as oito vitaminas são geralmente referidos como complexo B. Suplementos de vitamina B individuais são referidos pelo nome específico de cada vitamina (B1, B2, B3, B5, B6, B7, B9, B12).

Lista de vitaminas B

  • Vitamina B1 (tiamina)
  • Vitamina B2 (riboflavina)
  • Vitamina B3 (niacina)
  • Vitamina B5 (ácido pantotênico)
  • Vitamina B6 (piridoxina)
  • Vitamina B7 (biotina)
  • Vitamina B9 (ácido fólico)
  • Vitamina B12 (cobalamina)
A recomendação diária de vitaminas do complexo B varia, principalmente, de acordo com a faixa etária. Apesar de todas serem importantes para o organismo, algumas merecem destaque na indicação de consumo. “Crianças, entre 4 a 8 anos, precisam consumir 0,6 mg por dia de vitamina B1, B2 e B6; 3 mg/dia da vitamina B5; e 1,2 micrograma (µg) de B12.
Já dos 9 aos 13 anos, a ingestão deve ser de 0,9 mg de B1 e B2; 4 mg de B5; 1 mg de B6; e 1,8 mg de B12″, orienta a nutricionista.

Mas como suprir as necessidades desses nutrientes, com valores recomendados tão diferenciados? A especialista assegura que o consumo ideal dessas vitaminas é conquistado, basicamente, com a adoção de uma alimentação equilibrada.
Por exemplo, no café da manhã, quando a criança ou o adolescente toma leite (fonte de vitamina B2) com cereais integrais (rico em vitamina B12), já está se beneficiando dos nutrientes.

Vale, ainda, investir nos derivados do leite, como os ovos, em carne, peixe e folhas verdes, que são fontes do complexo B. O importante é manter uma alimentação saudável, variada, visando garantir as necessidades nutricionais, para assim obter o bom funcionamento do organismo.

Zinco

Os alimentos ricos em zinco são de origem animal e servem para fortalecer o sistema imune, deixando o organismo mais forte no combate a doenças causadas por vírus, fungos e bactérias.
 Assim, a falta de zinco no organismo pode provocar alteração na sensibilidade dos sabores, queda de cabelo, dificuldade de cicatrização e até problemas de crescimento e desenvolvimento nas crianças.

Para estar dentro dos padrões, uma futura mamãe precisa de 38% a mais de zinco do que quem não está grávida. Esse mineral está presente onde tem proteína, seja vegetal ou animal. Se a mulher já come 100 gramas a mais de carne por dia por conta do complexo B, ela já consegue a quantidade de zinco necessária.
Para quem não gosta da carne, há zinco no feijão, grão-de-bico, soja, e basta uma concha a mais no prato.

As principais fontes são:

  • Ostras cozidas
  • Carne de vaca assada
  • Peru cozido 100 4,5
  • Frango
  • Peixe
  • Grãos integrais
  • Cereais
  • Legumes
  • Tubérculos
  • Camarão
  • Carne de vitela cozida
  • Fígado de frango cozido
  • Sementes de abóbora
  • Feijão de soja cozido
  • Cordeiro cozido
  • Amêndoa
  • Amendoim
  • Camarão
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A carência do zinco pode causar diminuição da sensação de paladar, anorexia, apatia, retardo do crescimento, queda de cabelo, retardo da maturação sexual, queda de imunidade, intolerância à glicose. Enquanto que o excesso de zinco pode se manifestar através de náuseas, vômito, dores abdominais, anemia ou deficiência de Cobre.

O zinco (Zn) está presente em maior quantidade no corpo humano no cabelo, pele, olhos, próstata, unha, fígado, pâncreas, músculo, ossos e glândulas que, na verdade, são locais de armazenamento deste microelemento.  A excreção do zinco é feita pela urina, cabelo, descamações de pele e sêmen.

Iodo

Suprir 47% de iodo pode não ser uma tarefa simples, já que a maior parte está presente no sal e nas algas marinhas, dois alimentos que as grávidas devem passar longe, uma vez que sal em excesso aumenta a pressão arterial e as algas marinhas podem estar contaminadas, causando sérios danos à saúde.
O jeito, então, é ficar com as castanhas, nozes e amêndoas.
Uma castanha a mais por dia já impede que a grávida tenha carência de iodo.

Função: A função do iodo é regular a produção de hormônios pela tireoide. O iodo serve para manter equilibrado os processos metabólicos do crescimento e desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso, desde a 15ª semana de gestação até os 3 anos de idade, além de regular a produção de energia e consumo de gordura acumulada.

Deficiência de iodo: A deficiência de iodo no corpo pode causar bócio, hipertireoidismo ou hipotireoidismo.
A carência de iodo pode ainda resultar em problemas cognitivos nas crianças, se durante a gravidez a mãe não tiver consumido iodo suficiente e se a criança também não consumir alimentos fonte de iodo até os 3 anos de idade, gerando dificuldades na aprendizagem escolar.
O cretinismo é uma consequência grave da carência de iodo.
 O Cretinismo é uma deficiência mental provocada por Hipotireoidismo congênito.
 Durante o desenvolvimento do recém-nascido a ausência de tiroxina (T4) e triiodotironina (T3), que são hormonas tiroideias, impede o amadurecimento cerebral normal.
Na maior parte das vezes é decorrência de um defeito na formação da glândula, mas pode ser devido a uma deficiência enzimática em um dos passos no processo de síntese do hormônio.
A incidência da doença é em torno de 1:2000 nascimentos.

As principais fontes são:

  • Cavala
  • Mexilhão
  • Bacalhau
  • Salmão
  • Pescada
  • Leite
  • Berbigão
  • Camarão
  • Arenque
  • Cerveja
  • Ovo
  • Fígado
  • Bacon
  • Queijo
  • Atum
  • Rim
  • Linguado
Iodo em excesso: O consumo excessivo de iodo pode causar diarreia, dor abdominal, náusea, vômito, taquicardia, lábios e pontas dos dedos azuladas.

Selênio

Para uma boa gravidez, é preciso ter mais 9% de selênio, que pode ser encontrado em uma castanha-do-pará a mais por dia.

O selênio é um mineral com um alto poder antioxidante e por isso ajuda a prevenir o câncer e a fortalecer o sistema imune evitando o aparecimento de doenças como a gripe, por exemplo.
 Além disso, o selênio serve para ajudar na formação dos hormônios da tireoide, proteger o organismo de metais pesados e manter os vasos sanguíneos saudáveis, melhorando a circulação sanguínea.

Benefícios do selênio: Outros benefícios do selênio, relacionados principalmente com a sua grande capacidade antioxidante que protege o corpo, podem ser:

  • Melhorar a resistência do sistema imunológico;
  • Diminuir o risco de doenças cardiovasculares;
  • Desintoxicar o organismo de metais pesados;
  • Melhorar o metabolismo da tireoide;
  • Ajudar a melhorar a fertilidade masculina.
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Para ter todos os benefícios do selênio é importante consumir entre 55 a 70 mcg por dia, o que é facilmente atingido com uma castanha-do-pará, também conhecida como castanha-do-brasil.

As doenças mais comuns da gravidez

Conheça os sintomas e saiba como tratar os problemas mais frequentes que podem surgir nos nove meses de gestação.

As doenças mais frequentes durante a gravidez – respondendo por 80% dos casos – são as infecciosas, principalmente aquelas que atingem o trato urinário. Elas podem causar complicações graves como um aumento no risco de aborto, antecipação do trabalho de parto e até septicemia.
 No entanto, as que mais preocupam os obstetras são as síndromes metabólicas, como a pré-eclâmpsia e a diabetes gestacional, que são mais fatais tanto para as mães quanto para os bebês.

“A gestação predispõe a alguns desses problemas. Por mais simples que pareçam, sempre é preciso tratar”, alerta Edilson Ogeda, do Hospital Samaritano, em São Paulo.
 “Uma boa nutrição, atividade física e consulta pré-natal regular minimizam, e muito, o risco da mulher apresentar qualquer um desses problemas”, ressalta Luiz Fernando Leite, ginecologista e obstetra do hospital e maternidade Santa Joana.

Conheça as principais condições que podem afetar a gravidez:

Pré-eclâmpsia

Entre os problemas mais graves de uma gestação, sem dúvida a doença hipertensiva específica da gravidez (como é hoje chamada a pré-eclâmpsia) é a que mais preocupa os médicos. No Brasil, por dia, três mulheres são vítimas da doença. Em geral, ela acomete as futuras mamães no terceiro trimestre e é mais comum na primeira gravidez.

“O problema acontece devido a uma alteração vascular da placenta, que eleva a pressão arterial”, explica Luiz Fernando Leite, do Santa Joana. A doença pode causar o envelhecimento da placenta, o parto prematuro ou evoluir para eclampsia ou ainda para a Hellp Síndrome.

“Os sintomas são inchaço, dor de cabeça e de estômago, espuma na urina (pelo aumento de proteínas na urina), convulsões, dores abdominais e vista embaralhada”, explica Rosa Maria Neme, ginecologista e obstetra do Centro de Endometriose de São Paulo.

Se confirmado o diagnóstico, as consultas com o médico devem ser mais frequentes, assim como os exames clínicos. A mulher deverá adotar uma dieta com pouco sal e controlar a pressão. Em alguns casos, ela pode ser internada para tratamento.

Diabetes gestacional

É a segunda doença mais frequente da gestação e costuma aparecer ao redor da 26ª ou 27ª semana. “A placenta tem hormônios diabetogênicos, com potencial para desenvolver o diabetes. Aquela mulher cujo pâncreas produz insulina de forma normal passa tranquilamente pela gestação.
Mas aquela com alguma deficiência na produção de insulina pode desenvolver a doença”, explica Edilson Ogeda, ginecologista e obstetra do Hospital Samaritano, em São Paulo.

O diabetes gestacional é mais frequente em mulheres com histórico familiar da doença na família ou naquelas que engordam muito nesse período, alerta Luiz Fernando Leite. O ideal, lembra o médico, é ganhar no máximo 12kg. No entanto, o especialista ressalva que o diabetes pode não estar ligado somente ao ganho de peso.
 “Posso ter uma mulher magra com diabetes gestacional .
Por isso um pré-natal adequado é tão importante”, diz ele.

O diagnóstico deve ser feito por meio da medição das taxas de açúcar no sangue. A sede e o aumento na vontade de urinar, sintomas clássicos da doença, são frequentes na gestação e, por isso, podem passar despercebidos.

Infecções urinárias

As infecções mais frequentes do trato urinário durante a gravidez são a cistite e a candidíase. Os sintomas mais frequentes são desejo frequente de urinar, sensação de ardência na vagina, dor no baixo-ventre, corrimento e coceira.
 “A progesterona (hormônio predominante na gravidez) provoca uma dilatação das vias urinárias que impede a bexiga de esvaziar completamente, favorecendo a cistite.
Além disso, devido à queda na imunidade da gestante, a cândida, que habitualmente vive no intestino e faz parte da flora vaginal normal, prolifera e passa para a vagina provocando a candidíase”, explica Rosa Maria Neme.

A infecção representa um risco maior no primeiro e no último trimestre da gravidez, podendo causar um parto prematuro. O tratamento é basicamente medicamentoso e vai depender da indicação médica.

Anemia

Essa é uma condição bem comum às gestantes e, em geral, transitória. “Na gravidez, há um aumento de 20% no volume de sangue sem haver um acréscimo de glóbulos vermelhos. É como colocar mais água em suco em pó, ele vai ficar menos denso. Por isso, é importante uma dieta adequada “, ressalta Luiz Fernando Leite, do Santa Joana.

Para evitar o problema as grávidas devem apostar em agrião, espinafre, lentilha, feijão branco, frutas secas, fígado, escarola e abacate, indica a ginecologista Rosa Maria Neme. Em alguns casos, o médico pode prescrever vitaminas a fim de minimizar os efeitos da falta de ferro, que pode levar a um crescimento menor do bebê.

Distúrbios da Tireoide

As alterações hormonais típicas da gravidez podem descompensar o funcionamento da tireoide, causando o hipertireoidismo ou o hipotireoidismo, esse último mais comum nesse período.
 “O funcionamento deficiente dessa glândula é muito simples de ser tratado, por meio de medicamento, e não deve afetar a saúde da mãe ou do bebê”, afirma Edilson Ogeda, do Samaritano.

O obstetra Luiz Fernando recomenda um exame completo dessa glândula logo no início da gestação, a fim de verificar se o problema é decorrente da gravidez ou anterior a ela.