Andropausa: a sexualidade e o medo. Como lidar com esta situação?

A doença cientificamente chamada de deficiência androgênica do envelhecimento masculino (Daem) atinge de 10% a 15% dos homens a partir dos 40 anos e tem sintomas parecidos com os da menopausa – a interrupção na produção hormonal que acomete as mulheres, encerrando os ciclos menstruais e ovulatórios.
A andropausa é uma redução gradual dos níveis sanguíneos de testosterona e pode estar associada a uma significante diminuição da qualidade de vida dos homens.
O hormônio sexual masculino mais importante é a testosterona, que influencia a produção de espermatozoides, a fertilidade e o interesse sexual.
Os hormônios sexuais masculino ou androgênios, são produzidos pelos testículos e pelas glândulas suprarrenais.
  A produção dos hormônios é controlada pelos hormônios segregados pela hipófise.
Por sua vez, a hipófise está sobe controle de uma parte do encéfalo chamada hipotálamo (veja gravura ao lado).
 A andropausa  inicia-se, geralmente, entre 40 a 55 anos e refere-se à redução de hormônios masculinos (principalmente da testosterona).
 A redução desse hormônio se inicia por volta dos 40 anos de idade de forma natural, o que não caracteriza a andropausa, e essa somente é diagnosticada quando a redução é brusca e provoca sinais no organismo.
 De modo diferente das mulheres, os homens não têm um sintoma específico como a interrupção da menstruação para marcar a transição.
Ambos, no entanto, são caracterizados por uma queda nos níveis de hormônios: estrógeno nas mulheres, testosterona nos homens.
 As mudanças ocorrem muito gradualmente nos homens e podem ser acompanhadas por mudanças em atitudes e humores, fadiga, perda de energia, libido e agilidade física.
 Estudos mostram que este declínio de testosterona pode acarretar riscos em outros problemas de saúde, como doenças cardíacas e ossos frágeis.
Com isto, tudo ocorre em uma época da vida em que muitos homens começam a questionar seus valores, realizações e objetivos de vida.
É difícil perceber que as mudanças são ligadas mais a problemas hormonais do que só as condições externas.
 Atualmente o nome mais aceito para a andropausa é hipogonadismo masculino tardio.

O que é hipogonadismo?

O hipogonadismo masculino é uma condição na qual o testículo não produz níveis suficientes de testosterona, o hormônio que desempenha um papel fundamental no crescimento e desenvolvimento masculino durante a puberdade.
 O hipogonadismo pode ser causado por doenças genéticas, por má formações dos testículos ou da hipófise (glândula dentro do sistema nervoso central que controla a produção de hormônios no corpo), infecções como caxumba, trauma nos testículos, uso de drogas ou medicamentos, entre outros.
 Quando o hipogonadismo surge no feto, há má formações da genitália.
Quando surge em pré-adolescentes, o paciente não desenvolve os típicos sinais da puberdade masculina, como pelos no corpo, mudança da voz, ganho de massa muscular, aumento dos testículos e do pênis, etc.
No adulto jovem o hipogonadismo causa infertilidade, diminuição da libido, queda de pelos, perda de massa muscular e outros sintomas de deficiência de testosterona.

O que pode desencadear a andropausa?

Diferente da menopausa, que geralmente ocorre em mulheres entre 45 e 55 anos, a “transição” dos homens pode ser bem mais gradual e se estender por décadas. Atitudes, estresse psicológico, álcool, acidentes, cirurgias, medicação, obesidade e infecções podem desencadeá-la.
Com a idade, o declínio nos níveis de testosterona vai ocorrer praticamente em todos os homens.
Não há maneira de predizer quem vai ter sintomas de andropausa com intensidade suficiente para procurar ajuda médica.

Estatísticas do IBGE revelam: 57% dos divórcios ocorrem depois que o homem completa 40 anos de idade. Mas não pense que a infidelidade é a única culpada pelas separações conjugais. De acordo com especialistas, um dos principais vilões do casamento entre pessoas dessa faixa etária chama-se andropausa.
 cerca de 8% dos homens com idades entre 40 e 49 anos possuem níveis de testosterona abaixo do normal.
Esse índice aumenta para 19% quando o homem atinge os 60.
Entre aqueles com mais de 80 anos, a queda significativa do hormônio evolui para 40%.
Isso significa que a incidência da andropausa aumenta conforme a idade.
 Também não é previsível em que idade os sintomas vão ocorrer num determinado indivíduo.
Os sintomas de cada homem podem ser também diferentes.
 Na prática, o homem que sofre do mal tem maior tendência de acumular gordura na região abdominal (a famosa “barriga de chope”), dificuldade para ganhar massa muscular – mesmo entre os que praticam atividade física regularmente -, disfunção erétil, perda de libido, osteoporose, cansaço e até déficit de memória e concentração.
 “Com tantas mudanças no comportamento do homem, os relacionamentos podem ser abalados.
Isso acontece principalmente entre casais que têm pouco diálogo.
A andropausa é um problema fácil de tratar, mas só se houver conversa.
Do contrário, ocorre afastamento do casal”, acredita o presidente do Departamento de Endocrinologia Feminina e Andrologia da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Alexandre Hohl.

Andropausa: a sexualidade e o medo. Como lidar com esta situação?

Intervenção segura

Como as mulheres,  os homens  que tem andropausa podem aliviar os sintomas do problema por meio de reposição hormonal. A constatação dos sintomas e a confirmação laboratorial, porém, não são os critérios finais para que o tratamento seja indicado. O terceiro e talvez o mais importante fator é a segurança.
Não pode haver qualquer contraindicação, enfatiza o médico e escritor Maurício Bungerd Forneiro, endocrinologista e autor do livro Vida e prazer após os 50.
 
“A reposição hormonal não é para quem quer, mas para quem pode fazer.
Nem todo mundo pode, tem que ser elegível para isso e com muito critério”, enfatiza.
O tratamento não pode ser feito em casos de apneia do sono, de alta concentração de hemoglobinas no sangue e de câncer de próstata ativo, por exemplo.
Forneiro descarta ainda qualquer relação entre a reposição hormonal e o risco de câncer.
De acordo com ele, um artigo publicado em 2004 no New England Journal of Medicine, analisou mais de 5 mil pacientes, metade deles sob tratamento de reposição hormonal.
Os resultados mostraram que aqueles com níveis baixos do hormônio tinham uma incidência maior do câncer de próstata.
Em contrapartida, os com taxas normais possuíam menor incidência de tumores malignos.
“Como muitos outros estudos, esse artigo mostra que o indivíduo que está repondo a testosterona a níveis adequados está menos exposto.
Essa é inclusive uma das armas que nós, médicos, temos para tratar o paciente após um câncer de próstata”, afirma Bungerd.

Sintomas mais comuns da andropausa

  • Redução da libido – desinteresse ou preguiça sexual
  • Disfunção erétil – impotência
  • Perda da massa óssea – osteoporose
  • Redução da massa e da força muscular
  • Aumento de percentual de gordura corporal
  • Alterações da memória
  • Alterações do humor
  • Queda da performance no trabalho
  • Fadiga
  • Insônia
  • Sudorese – suor em excesso
  • Anemia
  • Dificuldade de concentração
  • Apatia
  • Depressão

A prevenção começa na infância

Nos últimos 50 anos, o percentual de idosos no Brasil praticamente dobrou. Somente de 2000 a 2010, foram quase 2 milhões de homens chegando à terceira idade, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O impacto da longevidade sobre a saúde masculina é direto, alerta especialista.
Hábito de vida mais saudáveis conseguem distanciar a ocorrência de problemas, incluindo a andropausa.
Fenômenos externos podem fazer com que a baixa hormonal ocorra mais cedo e de forma mais severa.
Tabagismo , obesidade diabetes, sedentarismo, hipertensão e o uso crônico de medicamentos conseguem despertar os sintomas da andropausa em homens ainda na quarta década de vida.
Ao mesmo tempo que aqueles com hábitos de vida saudáveis tendem a vivenciar uma queda dos hormônios mais tardiamente, em média aos 70 anos.

Reconhecer fatores de risco precocemente é a chamada prevenção primária, capaz de reverter quadros antes do desenvolvimento de problemas graves de saúde. “Um sujeito de 30 e poucos anos é obeso, tem maus hábitos alimentares, vai ao médico e detecta que a glicose está alta.
Se ele é bem orientado, pode perder peso, mudar seus hábitos e evitar um infarto ou derrame.
Sua sobrevida é maior porque fez intervenções importantes antes que elas provocassem lesões”, exemplifica o geriatra Salo Buksman.
 Apesar de óbvia, a relação não faz parte da rotina dos homens, independentemente da idade que eles tem.
“Nem mesmo os idosos aceitam bem a ida a um consultório.
Vejo que grande parte dos homens vai levada pela família.
Quando procuram espontaneamente é porque já estão muito mal.
Eles detestam reconhecer sua própria vulnerabilidade, novos ou velhos”, observa o geriatra.

Níveis de testosterona.
Quando começa a cair?

O pico da produção de testosterona ocorre na adolescência. Começa a cair a partir dos 30 anos de idade, mas cai devagar. É muito difícil, no entanto, elaborar um estudo populacional sobre as concentrações desse hormônio ao longo da vida, porque os valores normais de testosterona no sangue têm um espectro muito grande.
Na maioria dos laboratórios, varia de 300ng/dl a 1.
000ng/dl, às vezes 1.
200ng/dl.
 Por isso, se tabularmos esses valores a partir dos 30 anos até os 80 de idade, concluiremos que existe uma tendência de queda, mas a dispersão é tão grande que um indivíduo de 30 anos, absolutamente normal, pode ter dosagem mais baixa de testosterona do que um de 60 anos.
  Portanto, um homem de 30 anos com 320ng/dl de testosterona está dentro da faixa de normalidade.
Já um outro com 80 anos e valores um pouco mais altos, 350ng/dl, por exemplo, pode ter tido uma queda que merece atenção especial.

Provavelmente, o padrão de decréscimo na produção de testosterona ao longo da vida é determinado por diferenças pessoais, e só elas podem explicar por que um indivíduo comece com 1.000ng/dl e caia para 400ng/dl e outro comece com 600ng/dl e se mantenha nos mesmos 400ng/dl.
Aí vem a pergunta: É recomendado que a testosterona seja medida rotineiramente? Apenas por curiosidade, não, pois um indivíduo com valores mais baixos, embora normais, corre o risco desnecessário de ficar impressionado com o resultado.
A indicação depende do objetivo do exame.
Se há manifestações clínicas compatíveis com deficiência de testosterona, deve-se pedir a dosagem.
 A faixa de normalidade dos valores de testosterona varia entre 300ng/dl varia e 1.
200ng/dl.
Isso significa que quem produz 1.
000 é três vezes mais “macho” do que quem produz 300? Não é, mesmo porque existem algumas peculiaridades na dosagem da testosterona que precisam ser valorizadas.

Primeira: porque sua concentração no sangue varia durante o dia, isto é, atinge o nível máximo pela manhã e cai à tarde, às vezes pela metade. Então, dependendo do horário em que é colhido o material para exame, pode-se achar que houve queda ou aumento na produção do hormônio.

Segunda: a testosterona dosada é a testosterona total, que é apenas um reflexo de grande parte desse hormônio ligado a proteínas transportadoras. Entretanto, a que vai exercer os efeitos é a testosterona livre. As coisas funcionam como se a proteína fosse um ônibus e a testosterona, o passageiro.
O ônibus pode ser visto, fotografado, só que o passageiro – a testosterona – não atua enquanto estiver dentro dele.
Só vai atuar nos tecidos quando estiver livre.

Na verdade, a composição da testosterona total e livre varia de homem para homem, conforme a situação e o método utilizado para análise.
Por isso, valores de testosterona total três vezes maior num indivíduo do que no outro não significa que o primeiro seja três vezes mais “macho”, mesmo porque o nível de testosterona livre pode ser igual nos dois casos.

Homens x mulheres

Andropausa: a sexualidade e o medo. Como lidar com esta situação?

Ambos originam-se da queda de produção e da atividade de hormônios no organismo, e tem quadros clínicos semelhantes, pois os mensageiros químicos que causam o quadro, como os da tireoide, hipofisários e sexuais, são equivalentes. A diferença fundamental é que:

Na menopausa, a produção de hormônio cai abruptamente e, em questão de um ano, as vezes menos, a grande maioria das mulheres apresentam alterações e sintomas decorrentes dessa baixa repentina nos níveis de estrogênios e de progesterona.

Na andropausa, nem todos os homens tem queda hormonal significativa e, quando ela ocorre, é de maneira insidiosa, isto é, lentamente. Talvez seja por isso que, neles, as manifestações são mais subclínicas e menos aparentes.

Tratamento

Embora existam trabalhos científicos sugerindo que o declínio da testosterona com a idade possa ter várias consequências negativas, o impacto da reposição de testosterona em homens idosos permanece desconhecido. O que se aceita atualmente, à luz do atual conhecimento, é que a reposição de testosterona pode ser benéfica em pacientes selecionados.
As sociedades internacionais de endocrinologia atualmente indicam a terapia com testosterona apenas nos pacientes idosos com níveis baixos de testosterona – menor que 200 ng/dL, medidos em pelos duas oportunidades diferentes durante o período da manhã – e sintomas importantes de deficiência de testosterona.
Não se indica testosterona para idosos com sintomas vagos e inespecíficos.
 A reposição pode ser feita por via oral, injetável ou através de adesivos ou cremes para a pele.
A terapia de reposição hormonal é contraindicada em casos de câncer de próstata e de mamas ativos.
Outras patologias devem ser observadas antes da prescrição hormonal.
 Como há poucas evidências de que a reposição de testosterona na andropausa traga reais benefícios e há riscos de efeitos adversos importantes, o tratamento só deve ser feito por especialistas e sob cerrada supervisão.

Faça o teste

Quando o hipogonadismo surge na infância não é difícil reconhecê-lo: o menino não sofre as transformações características da puberdade.
Mas, quando se instala na vida adulta, o reconhecimento se torna problemático, porque os sintomas costumam ser vagos e características como distribuição da barba, massa muscular e desenvolvimento dos genitais, são mantidas por muito tempo apesar da falência da função testicular.

Um grupo canadense desenvolveu um questionário para auxiliar no diagnóstico:

– Você notou diminuição do desejo sexual?

– Você notou diminuição da energia?

– Você notou diminuição da força muscular e/ou da resistência física?

– Você perdeu peso?

– Você perdeu a alegria de viver?

– Você vive triste e desanimado?

– Sua ereção está menos consistente?

– Tem sido mais difícil manter a ereção durante o ato sexual?

– Você adormece depois do jantar?

– Sua performance no trabalho deteriorou recentemente?

Resposta positiva nos itens 1 ou 7, ou três respostas positivas nos demais itens, sugere hipogonadismo (embora não obrigatoriamente). A confirmação do diagnóstico requer a presença de níveis sanguíneos de testosterona abaixo do intervalo normal. Resultados abaixo de 200 ng/dL são considerados confirmatórios.
 Mas, há casos de homens com níveis normais apesar de terem sintomas de hipogonadismo.
Nessas situações, há necessidade de exames laboratoriais mais detalhados.
 Não há evidência de que níveis baixos de testosterona interfiram com a mortalidade masculina, mas certamente pioram a qualidade de vida.
A reposição de testosterona pode ser feita com injeções intramusculares, subcutâneas, adesivos ou com gel de testosterona.
Adesivos transdérmicos são mais práticos de usar, porém mais dispendiosos do que as formas injetáveis.
 Os níveis sanguíneos de testosterona devem ser determinados mensalmente, porque a disfunção sexual costuma ser corrigida assim que eles atingem a metade inferior da faixa da normalidade, mas os efeitos positivos sobre as massas óssea e muscular podem exigir níveis mais elevados para se fazerem sentir.

Reposição hormonal de testosterona

Por mais que pareça óbvia, a ideia de dobrar a quantidade de testosterona produzida por um homem com mais idade não é uma forma de garantir um aumento do desejo e da frequência sexual. O excesso do hormônio pode elevar o risco de câncer de hipófise e acelerar a evolução de certos tumores.
Ele também é responsável por casos de apneia do sono e pelo aumento de glóbulos vermelhos no sangue.
 Primeiro, porque homens com níveis normais desse hormônio não se beneficiam com a reposição.
Depois, porque o uso da testosterona não é inócuo, uma vez que aumenta o risco de câncer de hipófise, por exemplo, e pode acelerar a evolução de certos tumores.
Tanto é assim, que a ablação (ação de extrair) dos testículos é uma das condutas recomendadas para o tratamento do câncer de próstata.
 Além disso, o excesso de testosterona é responsável também por casos de apneia do sono e pelo aumento dos glóbulos vermelhos no sangue.
Como se vê, a prescrição desse hormônio tem de ser feita com muito critério.
Só é recomendado a reposição depois de ter realizado um acompanhamento longitudinal dos níveis hormonais do paciente.

Andropausa: a sexualidade e o medo. Como lidar com esta situação?

Relação entre testosterona e libido

A testosterona é o principal hormônio envolvido na libido do homem e da mulher também. Sem dúvida nenhuma, ela precisa desse hormônio para exercer sua plenitude sexual. Enfocando especificamente o lado masculino, quando há deficiência de testosterona, a libido fica comprometida, principalmente a libido evocativa, como mostram alguns estudos.
 Em outras palavras: basta o jovem com níveis altos de testosterona pensar em algo que o excite, que seu organismo reage positivamente.
Já o indivíduo com mais idade, se tiver níveis baixos de testosterona, precisa de estímulos mais objetivos, como ver uma revista ou filme pornográfico ou, ainda, de um contato mais direto para ter uma atuação mais efetiva.
 O que quero dizer com isso é que a testosterona é um hormônio facilitador da libido, embora não seja indispensável.
Haja vista as histórias de eunucos, indivíduos castrados para tomar conta de haréns e não bulir com as favoritas do sultão, que eram capazes de manter relações sexuais mesmo sem produzir testosterona.
 Estudos antigos com soldados que lutaram na guerra da Coreia e perderam os testículos numa explosão, ao pisar em armadilhas, mostraram que a falta de testosterona não os impedia de exercer a atividade sexual.
Casos como esses talvez sejam possíveis porque, embora em menor quantidade, a testosterona também é produzida pelas glândulas suprarrenais, o que nos permite afirmar que ela é fundamental para a integridade da libido.
 A propósito, é importante distinguir libido, que é o apetite sexual, da função erétil.
Está claro que a perda da libido aumenta a dificuldade de ereção, mas os indivíduos com comprometimento da libido procuram menos o médico do que os portadores de diabetes com dificuldade erétil, por exemplo.

Exames preventivos

Os exames preventivos tornam os homens mais saudáveis ajudando a identificar doenças antes de se agravarem, o que facilita o tratamento e a cura, além de indicarem uma possível tendencia de doença para que o paciente possa se proteger antes da doença se manisfestar, como no caso da hipertensão, do colesterol alto ou mesmo do diabetes por exemplo.
 Fazer exames preventivos de rotina fazem parte da medicina preventiva básica e é uma postura ativa em relação à saúde.
Em geral, os exames são simples e seguros e podem ajudar a diagnosticar muitas doenças antes de suas complicações, tornando os homens mais saudáveis.
 São os fatores biológicos que tornam as mulheres e os homens vulneráveis a determinadas doenças em graus e gravidade diferentes e em diferentes períodos das suas vidas.
 A densitometria óssea é precisamente um dos exames que se podem fazer para detectar a chegada da andropausa.
 Deve ser acompanhado de testes de sangue, que medem o índice de testosterona, de um espermograma, que quantifica a produção de espermatozoides, e de um exame urológico, o chamado toque, e ainda de uma ecografia da próstata e do abdômen.
 E se de fato a andropausa já se tiver anunciado, nada de angústias.
Há forma de minimizar o seu impacto, devolvendo ao organismo masculino o equilíbrio hormonal perdido.
E isso consegue-se com a reposição hormonal.
 E há alguns riscos que não devem ser menosprezados, nomeadamente o de crescimento das mamas e de aumento do número de glóbulos vermelhos no sangue, o que pode propiciar derrames e enfartes.
 Lesões no fígado, retenção de água e sais minerais e aceleração do crescimento de tumores na próstata são outras das ameaças inerentes a um uso exagerado da reposição hormonal.
 O que é preciso é que os homens saibam que a andropausa não é um bicho de sete cabeças, aceitando-a como uma transição natural e não como uma ameaça à sua virilidade.