Sintomas da dengue, diagnóstico, prevenção e tratamento

Conheça os sintomas da Dengue, aprenda como prevenir e diagnostica-la.  Conheça uma pouco mais sobre o Aedes aegypti e como se proteger através da armadilha para mosquito da dengue.  Saiba como é feito o tratamento da dengue hemorrágica.

Estima-se em 100 milhões de pessoas infectadas anualmente em todo mundo.
A maioria dos casos ocorre na América Latina, Ásia e África, locais onde há grande concentração do Aedes aegypti.
Em Portugal, o mosquito pode ser encontrado na ilha da Madeira.

Neste texto abordaremos os seguintes pontos sobre a dengue:

  • Características do mosquito da dengue.
  • Transmissão da dengue.
  • Sintomas da dengue.
  • Dengue hemorrágica.
  • Sinais de gravidade da dengue.
  • Diagnóstico da dengue.
  • Tratamento da dengue

O que é dengue?

A dengue é uma doença febril causado por uma infecção viral. Existem 4 sorotipos do vírus da dengue, DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um sorotipo só confere imunização contra o próprio, podendo o indivíduo ter dengue novamente se for exposto a outro subtipo.

Obs: Dengue é um substantivo de dois gêneros, ou seja, pode-se falar “o dengue” ou “a dengue”. Como a forma mais popular é “a dengue”, vamos dar preferência a ela neste texto.

Transmissão da dengue

Quem pica os seres humanos é fêmea do mosquito da dengue. Para haver transmissão da doença, o mosquito precisa estar contaminado com vírus. Isto significa que nem todo Aedes aegypti transmite a dengue. Portanto, se você foi picado por um Aedes aegypti, só haverá risco de desenvolver dengue se este mosquito estiver transportando o vírus consigo.
Além de estar contaminado pelo vírus, o mosquito da dengue só transmite a doença se tiver contraído o vírus há mais de duas semanas.
Isto porque o vírus da dengue precisa de 10 a 14 dias dentro do mosquito para se tornar viável para transmissão.
Portanto, se você está visitando um paciente com dengue no hospital, ou no seu domicilio, e entra pela janela um mosquito Aedes aegypti que pica o doente e logo depois você, a não ser que o mosquito já esteja previamente contaminado, ele ainda não terá condições de transmitir a dengue.

Sintomas da dengue

Uma vez picado pelo mosquito da dengue carreador do vírus, o tempo de incubação é em média de 4 a 7 dias. Os 4 sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4, causam os mesmos sintomas, não sendo possível distingui-los somente pelo quadro clínico.
O espectro de manifestações da dengue varia desde um quadro assintomático, ou com mínimos sintomas, até a temida dengue hemorrágica.
Sim, você leu corretamente, é perfeitamente possível se contaminar com um dos tipos de vírus da dengue e nada apresentar; isso é particularmente verdadeiro em adolescentes e crianças.
Nos pacientes que desenvolvem sintomas, temos duas apresentações típicas: a dengue clássica e a dengue hemorrágica.

Conheça os sintomas da dengue

A dengue não é transmitido diretamente de humano para humano. Familiares de um paciente com dengue não precisam de nenhum tipo de cuidado. Dengue não se transmite pelo beijo, abraço, aperto de mãos, talheres, toalhas, etc. Como existem 4 sorotipos do vírus da dengue, é possível se contaminar 4 vezes.
O paciente que já teve dengue 1, pode voltar a ter a doença se o Aedes aegypti que o picar estiver contaminado com o tipo 2, 3 ou 4.

Sintomas da dengue clássica

Dengue: como evitar?A dengue clássico se manifesta como um quadro de febre alta, acompanhado de cefaleias (dores de cabeça), dores nos olhos, fadiga e intensa dor muscular e óssea, o que justifica a alcunha de “febre quebra-ossos”.
Outro sintoma comum é o rash, manchas avermelhadas predominantes no tórax e membros superiores, que desaparecem momentaneamente a digito pressão.
O rash normalmente surge no 2º ou 3º dia de febre.

Atenção: Alguns pacientes com dengue clássica podem apresentar pequenos sangramentos no nariz, na gengiva e até nas fezes. A presença de sangramentos não indica obrigatoriamente o diagnóstico de dengue hemorrágica.

Outras manifestações como diarreia, vômitos, tosse e congestão nasal são comuns e podem levar à confusão com outras viroses. O quadro de dengue clássico dura de 5 a 7 dias e desaparece espontaneamente. O paciente costuma curar-se sem sequelas.

Sintomas da dengue hemorrágica

A dengue hemorrágica é a manifestação mais grave da doença. Caracteriza-se por alterações na coagulação do sangue e por inflamação difusa dos vasos sanguíneos, nomeadamente dos capilares (menores vasos do corpo). Como resultado, temos as seguintes manifestações:

  • Aumento da permeabilidade dos vasos. A inflamação dos capilares (capilarite) faz com que haja extravasamento de líquido para os tecidos, podendo causar derrame pleural (água na pleura do pulmão)  e ascite (água dentro da cavidade abdominal). O extravasamento pode ser tão intenso que o doente pode evoluir para choque circulatório (O choque circulatório é marcado por reduções críticas na perfusão tecidual, provocando alterações sistêmicas graves, com comprometimento da função celular e orgânica, com alto índice de mortalidade).
  • Trombocitopenia (queda do número de plaquetas). As plaquetas são células que fazem parte do sistema de coagulação. São a primeira linha de defesa contra sangramentos. Indivíduos normais apresentam uma contagem entre 150.000 e 400.000 plaquetas. Na dengue hemorrágica esse número cai para menos de 100.000, às vezes menos que 10.000 (trombocitopenia grave).

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Devido à queda das plaquetas e à inflamação dos vasos, os pacientes apresentam tendência a sangramentos. Mais uma vez, a presença de sangramentos sem evidências de capilarite e plaquetas abaixo de 100.000 não caracteriza a dengue hemorrágica.
Entretanto, como a dengue hemorrágica evoluiu em horas, na dúvida, é melhor sempre levar o paciente para ser avaliado por um médico.
Um sintoma muito comum na dengue hemorrágica é a dor abdominal.
A ocorrência da forma hemorrágica parece ser mais comum em pacientes que apresentam um segundo episódio de dengue, causado por um sorotipo diferente do primeiro caso.

Sinais de gravidade da dengue

  • Dor abdominal intensa e contínua.
  • Pele fria, úmida e pegajosa.
  • Hipotensão (choque).
  • Sangramentos que não cessam espontaneamente.
  • Letargia.
  • Dificuldade respiratória.

Suco de inhame para dengue e os Sintomas da dengue

Diagnóstico da dengue

Suspeitar de dengue em todo caso de doença febril aguda com duração máxima de 7 dias, acompanhada de dois dos seguintes sintomas, associados ou não a hemorragias:

  • Dor de cabeça;
  • Dor atrás dos olhos;
  • Dores musculares;
  • Dores nas juntas;
  • Prostração;
  • Vermelhidão no corpo.

Além desses sintomas, o paciente deve ter estado nos últimos 15 dias em área com casos de dengue ou em que existam mosquitos Aedes aegypti. O diagnóstico é essencial para avaliar a gravidade do caso e orientar o tratamento. De acordo com a gravidade, os casos costumam ser divididos em três grupos:

 – Grupo A
Compreende os casos com as seguintes características:

  • Febre por até 7 dias, acompanhada de pelo menos dois sinais e sintomas inespecíficos: dor de cabeça, prostração, dor atrás dos olhos, nos músculos, nas juntas e exantema, associados à presença em área em que existam casos de dengue;
  • Ausência de hemorragias: espontâneas e prova do laço negativa;
  • Ausência de sinais de alerta

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– Exames laboratoriais
O exame para confirmar o diagnóstico de dengue dever ser pedidos de acordo com a situação epidemiológica:

  • Em períodos não epidêmicos, solicitá-los em todos os casos suspeitos;
  • Em períodos epidêmicos, solicitá-los de acordo com a orientação da Vigilância Epidemiológica;
  • Solicitá-los sempre nas mulheres grávidas, para diferenciar dengue de rubéola.

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– Hemograma

Deve ser pedido obrigatoriamente nos casos de gestantes, pessoas 65 anos, portadores de hipertensão, diabetes, doença pulmonar crônica, renal crônica, cardiovascular ou do aparelho digestivo.

Tratamento da Dengue

Não existe tratamento específico para combater o vírus. Sua função é combater a desidratação e aliviar os sintomas.

Hidratação oral

No primeiro dia: Administrar por via oral 80 mL/kg de peso corpóreo (um adulto de 70 kg deve receber: 80mL x 70mL = 5.600 mL ou 5,6 litros). Atenção: 1/3 desse volume deve ser de soro caseiro (preparado com uma colher de café de sal e uma de sopa de açúcar dissolvidas em 1 L de água fervida ou filtrada).
Os 2/3 restantes podem ser de água, sucos de frutas, chás ou água de coco (recomendada).

Do segundo dia em diante até a febre desaparecer: Administrar por via oral: 60 mL/kg de peso (um adulto de 70 kg deve receber: 60 x 70 = 4.200 mL ou 4,2 L).

Em crianças oferecer: 50mL/kg a 60 mL/kg de peso de soro caseiro a cada 4 ou 6 horas. Se houver vômito ou diarréia, esse volume deve ser aumentado. Não há restrição para o aleitamento.

Tratamento sintomático

Para combater a febre alta e as dores.

Dipirona: É o analgésico/antipirético de escolha. Nas crianças usar 1 gota/kg de peso de 6/6 horas. Nos adultos, 20 a 40 gotas ou 1 comprimido de 500 mg de 6/6 horas.

Paracetamol: Em crianças 1 gota/kg de peso de 6/6 horas. Em adultos 1 comprimido de 500 ou 750 mg de 6/6 horas. Respeitar as doses máximas porque o Paracetamol em doses mais altas tem toxicidade hepática.

Atenção: Doentes com sinais de gravidade devem ser internados e tratados agressivamente para evitar progressão do choque circulatório.
Notas importantes:

  • Anti-inflamatórios estão contraindicados por causa do potencial hemorrágico;
  • Jamais usar antitérmicos que contenham o ácido acetilsalecílico (AAS, Aspirina, Melhoral, etc): podem causar sangramentos;
  • Não comer alimentos que eliminem pigmentos avermelhados na urina e nas fezes (beterraba, açaí, etc.) que possam ser confundidos com sangramento.

 

Para combater os vômitos e o prurido:

  • Metoclopramida (Plasil e outros) e Dimenidriminato (Dramin e outros) podem ser usados 3 a 4 vezes/dia;
  • O prurido, que pode ser incômodo, dura de 3 a 4 dias. Pode ser tratado com banhos frios e compressas com gelo. Nos casos mais rebeldes administrar antialérgicos comuns.

Importante lembrar:

O mais importante é descartar doenças com apresentações semelhantes e que possuem tratamento específico, como malária, leptospirose  e meningite.

Ainda não existe vacina para a dengue, apesar de já existirem algumas em fase de testes.

Cura da Dengue

Pesquisadores londrinos identificam uma classe de anticorpos capaz de combater os quatro tipos virais da doença. A proteção completa pode reduzir os casos da enfermidade. Hoje, são 400 milhões por ano em todo o mundo.

A dengue é uma infecção sistêmica transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que pode infectar humanos com quatro tipos virais (DENV sorotipo-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). Eles se diferem por cerca de 30% a 35% na sequência de aminoácidos. Dessa forma, a vacinação para um sorotipo leva a proteção ao longo da vida apenas contra ele. Por esse motivo, a maior parte das estratégias de desenvolvimento de imunizantes da dengue busca opções de vacinas tetravalentes, capazes de proteger o organismo de todas as cepas do patógeno. A trabalhosa procura por essa poderosa estratégia acaba de ganhar fôlego. Pesquisadores da Imperial College, em Londres, descobriram uma classe de anticorpos que poderão ser usados sozinhos e combater todas as formas de dengue.

Em artigo publicado em dezembro no site da revista científica Nature Immunology, a equipe liderada por Gavin Screaton analisou e caracterizou 145 tipos de anticorpos monoclonais humanos e identificou um epítopo — determinante antigênico — da dengue até então desconhecido. Trata-se da parte de um antígeno que é reconhecida pelo sistema imunitário, especificamente por anticorpos, células B ou células T. Ela se liga ao anticorpo e está presente no envelope de todas as formas virais.

Com essa nova informação sobre o vírus da dengue, os cientistas desenvolveram uma classe de anticorpos monoclonais altamente potente e amplamente reativa. Em testes de laboratório, descobriram que eles reconheceram o epítopo e eficientemente neutralizaram os vírus em células de insetos e humanos, impedindo que a infecção ocorresse.

Hoje, o reconhecimento por anticorpos de partículas do vírus é dificultado por mudanças dramáticas no momento de encapsulamento do ciclo de vida do patógeno. “Existe uma necessidade urgente para compreender, portanto, a resposta imune humana naturalmente adquirida contra o vírus e a resposta após a vacinação”, afirma Screaton.

A pesquisa da Imperial College tornou o desenvolvimento desses anticorpos uma meta realista em direção a uma futura vacina universal contra a doença. “A descrição aqui desses anticorpos potentes e de reação cruzada (que protege contra os quatro tipos virais) indica um caminho para o desenvolvimento de subunidades de vacinas contendo o epítopo desejado e, possivelmente, estratégias para recapitular respostas observadas em infecções naturalmente sequenciais”, completa o imunologista.

Estratégia inédita

Esse é o primeiro relato de um anticorpo capaz de neutralizar todas as quatro formas de dengue. Anualmente, são estimados 400 milhões de casos da doença no mundo, sendo que cerca de um quarto deles é sintomático. Há evidências epidemiológicas de que a versão grave ocorre mais regularmente numa segunda infecção por um outro sorotipo. A dengue hemorrágica leva a choque, hemorragia e morte.

Segundo o professor do Departamento de Medicina Clínica e do Departamento de Patologia da Universidade Federal do Ceará (UFC) Anastácio de Queiroz Sousa, um dos grandes desafios atuais é a proteção universal. Não há vacinas disponíveis para nenhum dos tipos virais da dengue. “Foi produzida recentemente uma vacina (contra os quatro tipos) que, apesar de proteger um percentual importante de pessoas, está muito longe do desejado. Se considerarmos todas as faixas etárias, essa proteção é de até 64%”, detalha o também membro do Comitê de Doenças Emergentes da Sociedade Brasileira de Infectologia.

Sousa considera que, ainda sendo um resultado bom, ter quase 40% da população desprotegida é preocupante. A grande vantagem do trabalho londrino, segundo ele, é ter encontrado um anticorpo que neutraliza todos os tipos do vírus. O especialista observa que os testes para segurança e eficácia da vacina e, posteriormente, o desenvolvimento em grande escala dela estão distantes, mas ressalta que a descoberta divulgada já é um avanço considerável nessa direção.

“Há uma possibilidade muito grande porque eles já perceberam isso em laboratório; e há uma perspectiva muito positiva desses autores, considerando uma doença que não tem vacina e que as que estão em últimos testes estão longe da proteção que gostaríamos.” Sousa afirma que dificilmente poderemos esperar imunizantes tão eficazes para a dengue como para outras doenças virais, com cerca de 95% de proteção. “A intenção deve ser que o corpo humano, ao ser estimulado, produza os anticorpos monoclonais que estão presentes contra quase todos os vírus, bloqueando a multiplicação e chegando à neutralização.”

Avanço médico

Pertencem a uma classe terapêutica relativamente nova, e o desenvolvimento deles constitui um dos maiores avanços da última década no tratamento de diversas doenças, como infecção por ebola e alguns tipos de câncer. Os anticorpos monoclonais, ou mAb, surgem a partir de um único linfócito B, que é clonado e imortalizado, produzindo sempre os mesmos anticorpos em resposta a um patógeno. Esses anticorpos apresentam-se iguais entre si em estrutura, especificidade e afinidade, ligando-se, por isso, ao mesmo epítopo no antígeno.

 

Mosquito da dengue

O vírus da dengue pode ser transmitido por duas espécies de mosquito: Aedes aegypti e Aedes albopictus. Vamos falar um pouquinho sobre cada um deles:

 – Aedes aegypti

Aedes aegypti - Mosquito da dengue

O Aedes aegypti é um mosquito de aproximadamente 1 cm, preto com listras brancas distribuídas pelo corpo e patas (veja foto abaixo). Ao contrário dos mosquitos comuns, o mosquito da dengue tem hábitos diurnos e costuma voar baixo, picando preferencialmente os pés, tornozelos e as pernas.
O Aedes aegypti não gosta de calor, por isso é mais ativo nas primeiras horas da manhã e no final da tarde.
Há suspeitas de que alguns ataquem durante a noite.
O indivíduo não percebe a picada, pois no momento não dói e nem coça.

 Características do Aedes aegypti, mosquito da dengue

O Aedes aegypti vive e reproduz-se em áreas próximas a domicílios, onde haja água relativamente limpa e parada (pneus, vasos, latas, caixas d’água e até em bromélias). O mosquito geralmente deposita seus ovos em áreas úmidas, como paredes de pneus ao ar livre ou caixas d’águas abertas.

Quando chove, o ovo depositado volta a se molhar, podendo completar seu ciclo de desenvolvimento.
O Aedes aegypti é um mosquito muito difícil de ser controlado, seus ovos são muito resistentes e podem sobreviver no meio ambiente durante meses (até 1 ano e serem transportados por longas distâncias, grudados nas bordas dos recipientes)  à espera de água da chuva para completar seu ciclo de desenvolvimento.

Após o contato com água, o ovo depositado dá origem a uma larva, e posteriormente a um mosquito, em menos de 10 dias, o que torna o Aedes aegypti uma espécie de reprodução muito rápida.

Isto significa que mesmo que as equipes de saúde de uma região consigam eliminar todos os mosquitos e larvas, se houver ovos no ambiente, basta uma chuva para a população de mosquitos voltar a crescer. Os mosquitos acasalam no primeiro ou no segundo dia após se tornarem adultos.

Depois deste acasalamento, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que possui as proteínas necessárias para o desenvolvimento dos ovos.

Portanto, a colaboração da população é imprescindível, evitando deixar recipientes que possam acumular água ao ar livre. O Aedes aegypti também é responsável pela transmissão da chikungunya,  zika vírus e febre amarela. Febre amarela?

Explicando melhor

Existem dois tipos diferente de febre amarela: a urbana e a silvestre. A principal diferença é que nas cidades, o transmissor da doença é o mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue. Nas matas, a febre amarela ocorre em macacos e os principais transmissores são os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que picam preferencialmente os macacos.
Esses mosquitos vivem também nas vegetações à beira dos rios. Primeiro picam o macaco doente e depois, o homem.
A contaminação do homem acontece quando ele invade o habitat dos macacos.

A forma silvestre da doença provoca surtos localizados. A forma urbana da febre amarela desapareceu há várias décadas.

 – Aedes albopictus

Sintomas da dengue

O principal agente transmissor da dengue é mosquito Aedes aegypti, mas a dengue também pode ser transmitido pelo mosquito Aedes albopictus. Este mosquito, entretanto, parece não ter a mesma capacidade de transmissão do Aedes aegypti.
Não está bem esclarecido o motivo, mas a taxa de Aedes albopictus no ambiente contaminados pelo vírus da dengue é muito mais baixa do que do Aedes aegypti.
Imagina-se que uma das causas seja o fato deste mosquito picar preferencialmente outros animais mamíferos que não costumam estar infectados com o vírus da dengue, ao contrário do Aedes aegypti, que prefere se alimentar de sangue humano.

O fato é que são raras as epidemias de dengue em áreas onde só exista o Aedes albopictus. Portanto, sabemos hoje que esta espécie pode transmitir o vírus da dengue, mas não parece ter, no momento, as características necessárias para provocar epidemias como faz o Aedes aegypti.
A aparência do Aedes albopictus é muito semelhante ao do Aedes aegypti, sendo muito difícil distingui-los, se a pessoa não tiver algum grau de conhecimento das espécies.

Detalhada volta do Aedes ao Brasil

Pesquisadores acreditam que descobrir a forma como o Aedes aegypti — transmissor da dengue, da febre amarela e do recente vírus da chikungunya — migra pode ser a chave para a erradicação dele. Para entender esse movimento, porém, é necessária uma abordagem histórica. Um estudo publicado por Fernando Monteiro, do Laboratório de Epidemiologia e Sistemática Molecular do Instituto Oswaldo Cruz, na revista PLOS Neglected Tropical Diseases, aponta como os insetos retornaram para o Brasil após serem erradicados na década de 1950.

A pesquisa foi feita a partir da análise de trechos de DNA de cerca de 400 insetos capturados em 11 cidades das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste, além da comparação com mais de 300 mosquitos de oito localidades estrangeiras. Monteiro analisou a genética dos insetos no país e observou que os do norte teriam vindo de uma região entre a Venezuela e os Estados Unidos. Os do Nordeste e do Sudeste brasileiro, do Caribe.

O trabalho é fruto de uma parceria com o autor-sênior do artigo, Jeffrey Powell, da Universidade de Yale. “A grande vantagem de ter ido ao laboratório em Yale foi que todas as informações das amostras brasileiras puderam ser comparadas diretamente com as geradas por eles para as américas do Norte, Central e do Sul”, diz Monteiro. Entre as conclusões mais importantes, está a indicação de que o programa da década de 1950 para conter o mosquito da dengue no Brasil foi eficiente.

Ao fazer um controle que não é 100% eficaz, sobram insetos. As populações dessa área ficam, então, pobres em variabilidade, porque o inseticida mata a maior parte desses bichos e os poucos que restam cruzam entre si. “Quando você genotipa os mosquitos e percebe a alta variabilidade, como acontece no Brasil, quer dizer que eles foram introduzidos de outras populações.”

 

Dengue hemorrágica e seus sintomas

Aprenda a fazer uma armadilha para pegar o mosquito da dengue

Aedes aegypti - o mosquito da dengue

 

A “mosquitérica”, é uma armadilha para mosquitos desenvolvida pelo Professor MAULORI CABRAL da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que ele apresentou em um noticiário da TV GLOBO.
Uma garrafa pet, o anel de lacre da tampa da garrafa, tesoura, fita isolante, lixa para madeira de número 180, um pedaço de filó (15 x 15 cms) de trama fina, do tipo usado em mosquiteiros ou telas de janelas contra mosquitos e um grão de ração para gatos (não serve ração para cães), ou três ou quatro grãos de arroz ou alpiste levemente amassados.
A garrafa pet deve ser cortada em duas partes, formando um “copo” e um “funil”.
 A boca do funil deve ser vedada com o pedaço de filó que será fixado com o anel de lacre da tampa da garrafa pet e a parte interna do “funil” deve ser lixada até ficar áspera e fosca.

Agora, a montagem final:

  • Coloque no fundo do “copo” o grão de ração para gatos ou os grãos de arroz ou alpiste amassados.
  • Encaixe o “funil” com a boca para baixo dentro do “copo” e vede o conjunto com a fita isolante.
  • Encha com água até a metade do “funil” e complete este nível com água sempre que necessário.
  • A armadilha para mosquitos da dengue está pronta e deve ser colocada em algum lugar da casa a salvo da luz solar!

Vamos explicar como funciona a armadilha:

  • A superfície interna do “funil”, áspera e fosca, facilita a evaporação da água, o que atrai as fêmeas dos mosquitos.
  • Como a água possui material orgânico, originário da ração para gatos ou dos grãos de arroz ou alpiste, a fêmea do mosquito colocará seus ovos na superfície da água no interior do “funil”, pois o material orgânico irá servir de alimento para as larvas
  • Quando os ovos eclodem, as larvas mergulham em busca do alimento e como são muito pequenas, atravessam o filó da boca do “funil
  • Mas as larvas crescem, se transformam em mosquitos e não conseguem voltar através do filó ficando presos (os mosquitos adultos), dentro da armadilha até que morram.

Esta armadilha é, possivelmente, o mais seguro, barato e eficaz método de extermínio de mosquitos, pois o combate tradicional é feito com o uso de substâncias tóxicas (inseticidas) usados para matar larvas ou os insetos adultos.

A realidade vem mostrando que o uso de inseticidas não só não acaba com os mosquitos como causa efeitos prejudiciais ao meio ambiente, pois mata todos os insetos, interferindo na cadeia alimentar de pássaros, por exemplo, além de causar danos também à saúde de seres humanos.

Se você montar uma dessas armadilhas em sua casa, dentro de pouco tempo poderá observar larvas de mosquitos na água em seu interior.

Para saber se as larvas são do mosquito AEDES AEGYPTI (transmissor da DENGUE), basta aproximar o foco de luz de uma lanterna, se as larvas fugirem da luz, são do AEDES AEGYPTI, se as larvas não fugirem da luz, são de mosquitos comuns. O AEDES AEGYPTI não gosta de luz!

A eficácia de tal armadilha reside no fato de que ela interrompe o ciclo vital dos mosquitos, porque a fêmea que coloca seus ovos ali não se reproduzirá.

O ciclo vital do mosquito transmissor da DENGUE dura cerca de 15 dias e cada fêmea põe cerca de 400 ovos.

Se cada residência tivesse uma armadilha dessas talvez o problema da DENGUE já estivesse solucionado.

Veja aqui o vídeo com Professor MAULORI CABRAL:

Os Cuidados com a Dengue

o que é dengue

Suco de inhame para dengue

O inhame é um tubérculo que pertence à mesma família da batata, é uma ótima fonte de Vitamina B, nutriente que pode fazer com que o corpo exale um odor que causa incômodo ao mosquito. Porém, alguns profissionais acreditam que nem o inhame, nem qualquer alimento fonte desse nutriente podem ser consumidos o suficiente para ajudar a repelir o aedes aegypti.

Suco de Inhame

Ingredientes do suco

  • 1 maçã fuji
  • 1 inhame pequeno (cru)
  • 1 limão thaiti
  • 1 laranja
  • 1 pedaço pequeno de gengibre
  • 500 ml de água gelada
  • Adoçante à gosto

Modo de Fazer

Descasque e pique o  inhame em pedaços, corte a maçã ao meio e retire as sementes. Esprema a laranja e o limão e use apenas o suco e rale o gengibre. Junte tudo no liquidificador com  água e bata bem até ficar líquido. Coe se preferir.

Tome de preferência em jejum.

dengue hemorrágica

Conheça os sintomas de dengue

Como prrvenir do mosquito da dengue

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