Estou grávida! Como lidar com os palpites? Como escolher nome e sobrenome?

Uma das situações inevitáveis da gestação é ouvir palpites.
E eles vêm de todos os lados! Até daquela amiga super gente boa que nunca se meteu na sua vida! O problema é que eles incomodam (parece até que todo mundo sabe melhor da sua barriga que você!), irritam – especialmente quando são insistentes e procuram orientar você a fazer algo que decididamente não tem a ver com o seu modo de pensar, nem com o que o seu médico disse.
Isso sem contar que, se der atenção a todas as opiniões alheias, você vai acabar perdida, sem saber o que é melhor para você.
O que fazer?.

Para ajudar você nessa, aí vão alguns palpites, ou melhor, algumas soluções sobre esse tema. É melhor se manter bem-resolvida e evitar ser indelicada com os palpiteiros de plantão!

Usar o feeling: A maioria dos palpites são vontade de participar e celebrar a sua gestação. Você tem feeling – e quando fica grávida fica mais sensível ainda ainda – para captar quando alguém fala na intenção de ajudar. Para essas pessoas (mães, irmãs… costumam estar nesse hall) vale a pena dar um desconto!

Saber que nem tudo é descartável: Não vale a pena ficar sempre na defensiva. Talvez uma ou outra opinião seja útil.
Um experiência vivida por outra mãe, por exemplo, pode acabar sendo importante como dica para a sua maternidade – mesmo que seja simplesmente para você fazer o oposto!!! Muitas vezes, a gente fica na defensiva porque, lá no fundo, ainda se sente insegura para ter as próprias opiniões (o que é super normal, já tudo é novidade).
E acaba considerando qualquer palpite uma ameaça.

Dispensar o que não cai bem: Se não o palpite foi útil, deixe que entre por um ouvido e saia por outro. Se for insistente, lance uma resposta assertiva: obrigada pela sua opinião, mas já me decidi sobre isso. Não vale a pena cansar sua bela gravidez!

Eleger fontes de informação confiáveis: E que combinem com seus princípios – para se guiar. Seguir o que a médica(o) diz e ir ouvindo um conselho aqui, outro ali e absorvendo o que faz sentido pra você. Aos poucos, você vai ficando menos “passada” com a palpitaria e mais segura do que será bom pra você.
E qual o efeito disso? Você se achará tão experiente que também irá sentir vontade de dar o seu palpite na gravidez alheia! Quando essa vontade bater em você, você vai entender!

Você grávida!

Basta você revelar que está grávida para virar praticamente uma celebridade instantânea. Todo mundo quer tocar a sua barriga e tem um palpitezinho guardado no bolso pronto para ser dado sem ser solicitado. Só faltam os paparazzi e seus flashes. Evidentemente, não é por mal que as pessoas fazem isso.

Para a psicóloga Olga Tessari, elas querem transmitir sua experiência e ensinar o que consideram correto. É como se dissessem ‘se determinada coisa que eu faço ou fiz foi boa para mim, você deveria fazê-la também’. No começo a sensação é até boa, mas acaba cansando.
Então você precisa aprender a colocar certos limites para evitar essa invasão em tempo integral.

Os hormônios durante esse período ficam meio malucos, o que pode levá-la a dar respostas um tanto malcriadas. Mas tenha paciência. No geral, as pessoas nem se dão conta de que estão sendo inconvenientes.

Uma santa alterada

Assim, quando aquela mão se aproximar de sua barriga, respire fundo. “Penso que as grávidas deveriam ser mais tolerantes. Será que elas próprias já não fizeram isso uma vez na vida?”, questiona Tessari.
A psicóloga argumenta que a mulher grávida é vista, mesmo que inconscientemente, como uma espécie de santa e, por isso, tocar a barriga dela seria como tocar em uma divindade.

Como responder?

  • “Sigo somente o que o meu obstetra manda”.
  • “Estou fazendo o pré-natal, está tudo certinho, não se preocupe”.
  • “Você é realmente muito experiente, espero ficar como você”.
  • “Gostaria de adquirir a experiência por mim mesma, seguindo as minhas crenças”.
  • “Minha mãe já me disse isso”.

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Mas se você acha que está mais para “mulher à beira de um ataque de nervos” do que para santa, não precisa engolir em seco e dar um sorriso amarelo. A obstetra Bruna Salani, do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo, aconselha suas pacientes a explicar que sentem um pouco de aflição de ter a barriga tocada.
Ligia Marques, consultora de etiqueta, sugere um “contra-ataque”, “coloque a mão no rosto da pessoa para que ela sinta o incômodo que esse tipo de aproximação invasiva traz.
Aí, talvez, na próxima vez ela pense melhor antes de fazer isso”, diz.

Sobre a chuva de palpites, há várias formas de dar respostas polidas e, mesmo assim, fazer com que os outros entendam que as sugestões deles não são bem-vindas. Quer ver uma boa estratégia? Faça o pré-natal direitinho, seguindo a risca o que diz seu médico.
“Assim, quando alguém chegar cheio de opinião, você pode dizer de forma educada que está seguindo o pré-natal e as ordens médicas”, diz Salani.

Há outras respostas possíveis como dizer que gostaria de adquirir a experiência da maternidade por si mesma, seguindo suas próprias crenças, experimentando e aprendendo com os erros que cometer. “E acrescentar que um dia quer se tornar alguém tão experiente como quem está opinando”, propõe Marques. E simplesmente ignorar.
Para o obstetra do Hospital Israelita Albert Einstein, Carlos Czeresnia, a grávida deve valorizar seus instintos e as opiniões abalizadas dos médicos.

Mito ou verdade?

Veja os cinco clichês mais repetidos para as grávidas e saiba quais têm fundamento:

Estou grávida! Como lidar com os palpites? Como escolher nome e sobrenome? – Vai mudar a lua, seu bebê vai nascer: não existe nada que comprove essa correlação. A analogia deve ter surgido porque um calendário usado para contagem da gestação é o lunar e cada semana corresponde a um ciclo de mudança de lua.

Estou grávida! Como lidar com os palpites? Como escolher nome e sobrenome? – Sua barriga está baixa, o bebê vai nascer: isso é verdade em boa parte das vezes porque, na primeira gestação, pode acontecer a chamada “queda do ventre” cerca de duas semanas antes do parto, que tem a ver com a descida da cabecinha do bebê.

O bebê da amiga da prima da minha cunhada morreu um pouco antes do parto: isso, de fato, pode acontecer, mas raramente no caso de uma gravidez normal, sem fatores complicadores como hipertensão, diabetes ou problemas autoimunes. E, mesmo nesses casos, um bom acompanhamento reduz a possibilidade de intercorrências mais sérias.

Estou grávida! Como lidar com os palpites? Como escolher nome e sobrenome? – Exercício físico acelera o parto: não há o menor risco de isso acontecer.

Estou grávida! Como lidar com os palpites? Como escolher nome e sobrenome? – Não agache que o bebê pode nascer: a grávida pode baixar o quanto quiser -lembre-se das mulheres do campo que trabalham de cócoras.

Estou grávida! Como lidar com os palpites? Como escolher nome e sobrenome?

Junto com o teste positivo de gravidez, deveria vir junto o seguinte aviso: “Parabéns, você está grávida! Tire suas dúvidas com profissionais habilitados e não dê ouvidos às comadres”.

Vocês que estão grávidas, preparem-se para enxurrada de comentários sobre a SUA gravidez, que despertará o bichinho do “eu acho que…” até na caixa do supermercado. Vão dizer que a sua barriga está pequena ou muito grande e que você deveria repetir o ultrassom para confirmar se não são gêmeos.
Vão deixar você em pânico ao falar que sua barriga está baixa antes da hora e que o bebê vai nascer prematuro.
Também vão contar tragédias que aconteceram na gravidez de uma conhecida da prima do cunhado.
Ou do bebê que nasceu com o “cordão enforcando o pescoço”.
 Suas “amigas” vão dizer que nunca mais na vida você vai dormir, transar com o marido ou ir ao shopping.
Happy hour, então, nem na próxima encarnação!.

Sei que este texto tem um certo tom de exagero, mas estou cansada desses comentários que deixam as grávidas ansiosas sem um motivo real. Para nós, médicos que trabalham com dados objetivos, como idade gestacional, exame físico e resultados de testes laboratoriais, é muito desgastante lidar com opinião da sus sogra.
Claro que não podemos prever tudo  e que imprevistos podem acontecer, porém, na maioria esmagadora dos casos, a natureza faz tudo muito bem feito e dá tudo certo.

Entendo que a gravidez é um evento familiar, pois um novo integrante está a caminho. Isso gera emoções variadas e sua mãe, que estava doida por um neto, vai querer acompanhar de perto. Mas é importante estabelecer um limite.
Já vi muitas paciente desistirem de ter parto normal por pressão familiar, ao escutarem repetidamente que “vai passar da hora”.
Nesse momento, entra em jogo o laço de confiança, que você e seu companheiro estabeleceram com seu médico.
Se a relação for boa, é para ele que vocês irão desabafar as angústias e os dilemas.

Essa conversa também é válida depois do nascimento. Antes de ser convencida de que seu “leite está fraco”, vá ao pediatra. Ele irá pesar a criança e descobrirá, realmente, se ela chora de fome ou de cólica. Não compare o desenvolvimento do seu filho com o de outras crianças.
Cada um tem o seu tempo e sempre vai existir uma mãe orgulhosa falando dos maravilhosos feitos de seu bebê de três meses.

Ser mãe é algo desafiador, mas, ao mesmo tempo, muito instintivo. Na verdade, quem sabe o que é melhor para o seu filho é você mesma. Antes de dar ouvidos às vizinhas, preste atenção na sua conexão com a criança e, então, ela lhe dará as melhores respostas. Dentro ou fora da barriga, essa ligação é a mais pura manifestação da natureza.
As leoas vivem em bandos, mas quem protege o filhote é só a mãe dele.
Confie nos seus instintos e saiba separá-los do medo.
Das opiniões alheias, fique só com os elogios!.

Carolina Ambrogini, mãe de Marina, 8 anos e Victor, 6 anos, é ginecologista, obstetra e sexóloga. Coordena o projeto Afrodite, da Unifesp.

Como lidar com os palpites sobre o nome do bebê?

Mal você anuncia a gravidez e já começa a ser inundada com sugestões de nome para o bebê, o que se torna pior ainda uma vez que todos saibam se vai ser menino ou menina. A situação pode ficar ainda mais delicada se a pressão vier de algum parente ou amigo chegado que queira um nome bem mais significativo para ele ou ela do que para você.
Neste caso, agradeça a ideia, mas explique que esta é uma decisão que você terá que tomar junto do seu parceiro.

Uma tática para evitar cobranças é dizer para todo mundo que você só vai revelar o nome do bebê depois do nascimento. E não precisa sair correndo para o anúncio logo após o parto, quando você ainda estará exausta e tomada pelas mais variadas emoções.
É perfeitamente compreensível alterar nome uma vez que você tenha visto o rostinho do bebê ao vivo, e se você ainda não tiver falado para ninguém suas opções, ficará bem mais à vontade para mudar de ideia.

Preocupada com questões como enfeite de porta de maternidade? Se achar que precisa fazer mesmo e não quiser revelar o nome antes, faça com um apelidinho ou com o nome “Bebê”. Vai ficar original e ninguém vai reclamar.

Por outro lado, não vá deixar de dar um nome que adorou só porque não foi você quem pensou nele primeiro. Caso ouça alguma sugestão que vale a pena, acrescente-a à sua lista de nomes possíveis. Se acabar usando o nome para o seu filho, a pessoa que sugeriu ficará super-honrada.

Você detesta o nome que é tradição na família?

Algumas famílias usam os mesmos nomes há gerações e criam forte expectativa de que a tradição não se perca, mesmo diante de novos tempos e novos costumes. Essa história de nome de avô, bisavô ou outro ancestral pode parecer muito ultrapassada para você, mas às vezes vira uma verdadeira guerra de vontades entre um casal e seus familiares.

A situação é mesmo delicada, mas há formas de resolvê-la sem brigar ou ofender seus parentes. Uma saída é “esconder” o nome que você não gosta colocando-o como segundo nome, e simplesmente não usá-lo para se referir a seu filho no dia a dia.
Outra possibilidade, se a pressão for grande demais, é dar o tal nome e escolher um apelido com parte dele para ser o “seu” jeito de chamar o bebê.
 Por exemplo, você pode ceder ao nome Antero, mas simplesmente chamar seu filho de Téo, ou registrar o nome Éverton e só usar Tom.

Há ainda a possibilidade de deixar o primeiro nome por conta da tradição familiar, dar um segundo a seu gosto (como José Matheus ou Carlos Felipe) e fazer dele o nome pelo qual seu filho é conhecido.
 O importante é que neste momento de tanta alegria na sua vida você não se estresse além do necessário com discussões que podem azedar sua relação com o parceiro ou a família.
Dê uma chance ao nome e veja se não vai se acostumando com ele.
É mais comum do que se imagina.

Como escolher um nome quando a origem de vocês é diferente?

Em muitos casos de casais formados por pessoas de nacionalidades ou culturas diferentes, é especialmente importante para um dos pais que o nome do filho reflita sua ancestralidade, já que a família está estabelecida em um local distante de suas origens.

Por outro lado, vale a pena considerar um nome que reflita ambas as partes do casal, afinal a criança é resultado dessa união. Uma solução para isso é procurar fundir suas heranças, assim seu filho sempre carregará consigo as raízes maternas e paternas.
Se um dos parceiros é brasileiro e o outro nissei, por exemplo, uma possibilidade é escolher um nome japonês que seja pronunciável em português, como Aiko, Nana, Jun ou Hiroshi.

Outro jeito de conciliar tradições é selecionar um nome em uma língua que tenha equivalente na outra, como no caso das versões francês-português Michel/Miguel ou de Mireille/Mirela. Há ainda a saída de dar o primeiro nome de uma cultura e um segundo da outra, como na dobradinha Brasil-Estados Unidos Amanda Jennifer.
 A solução cada vez mais comum no Brasil é tentar encontrar um nome que soe bem em várias línguas.
O megainternacional Sophia é um ótimo exemplo.

Você pode conversar com pessoas que moram fora do Brasil para ver como elas resolveram essa questão. Outra boa ideia é dar uma olhada nos nomes em alta em outros países em busca de inspiração.

Sobrenome: não sabemos quais sobrenomes dar ao bebê

Decidir o sobrenome do bebê pode ser um problemão. Há várias alternativas. O mais comum é colocar os dois sobrenomes, tradicionalmente primeiro o da mãe, depois o do pai. O bom é que a criança fica praticamente com uma certidão de nascimento no nome.
Só de olhar para o nome as pessoas já sabem que ela é filha de fulano com sicrano (ou seja, você e seu parceiro).

Quanto à ordem dos nomes, o mais usado é o nome do pai vir por último, mas não existe nenhuma regra oficial nem obrigação. Vocês podem inverter ou misturar os nomes para que soem melhor. Não dá para saber por qual sobrenome seu filho vai ficar mais conhecido no futuro.
Usar o último sobrenome é bem comum, mas muitas vezes o sobrenome que vem logo depois do nome é o que acaba “pegando”.
 No caso de casais do mesmo sexo, não há regra.
Vocês podem decidir o que soar melhor.

Pode ser, porém, que os sobrenomes do pai e da mãe não combinem, por vir de origens muito diferentes. Ou que, estrangeiros, formem juntos uma sopa de letrinhas que demoraria um tempão para soletrar e alguém conseguir escrever. Pode ser também que todos os nomes sejam tão compridos que a pobre da criança fique parecendo membro da família real.
 É possível tirar partes de um ou outro sobrenome sem problemas, não existe nenhuma restrição, por isso fique à vontade para experimentar.
Um bom exercício é escrever todas as combinações.
Visualizando-as, fica mais fácil de decidir.

Outra saída pode ser partir para o mais tradicional e colocar só o sobrenome do pai. A desvantagem nesse caso é que mãe e criança vão ter sobrenomes totalmente diferentes – e a princípio ninguém tem como saber que são mãe e filho. Isso pode gerar alguns enganos e dificuldades em viagens, na escola, mas nada que não seja contornável.

Mais uma desvantagem é as pessoas assumirem que a mãe tem o mesmo sobrenome da criança, e de repente você, que nunca quis mudar seu nome, começa a ser chamada de outro jeito e tem de corrigir as pessoas. E há algumas mães que depois se sentem esquisitas por todo mundo na família ter um sobrenome e só ela ter outro.

Há quem decida colocar o sobrenome só da mãe. Isso acontece principalmente quando o pai não é muito participante, mas pode ocorrer também por motivos culturais — se a criança tiver um nome japonês e os pais pretenderem imigrar, talvez valha a pena manter só um sobrenome japonês, mesmo que seja o da mãe.

Existe também a possibilidade de, para pais que pretendem ter mais de um filho, colocar o sobrenome do pai em um e o da mãe no outro. O problema nessa situação, que aparentemente contenta todo mundo, é que os irmãos terão sobrenomes diferentes entre si e talvez precisem ficar explicando os motivos de tal diferença.

A questão é que não existe jeito certo. É importante pensar direitinho no assunto antes de registrar o bebê porque depois fica muito difícil mudar de ideia.

E se o bebê nascer e ainda não tivermos decidido o nome?

Em primeiro lugar, não se preocupe com detalhes como o enfeite da porta da maternidade, lembrancinhas ou enfeites personalizados. Decidir um nome que realmente agrade vocês é muito mais importante que essas convenções. Deixe as pessoas falarem à vontade.
E, se estiverem pressionando você demais para decidir, diga que já escolheu, mas que o nome é surpresa e você só vai revelar depois que o bebê nascer.

Não tem nada demais esperar para ver a carinha do bebê e ver com que nome ela combina mais. Você certamente tem uma listinha de nomes preferidos. Leve a lista com você para a maternidade. Uma ideia é, quando o bebê estiver no quarto com você e acordado, ir “chamando-o” pelos vários nomes para ver como ele reage.
Assim, você transfere a responsabilidade de escolher o nome para o principal interessado: seu filho!.

É importante registrar o bebê logo nos primeiros dias porque a certidão de nascimento é necessária para procedimentos urgentes, como incluí-lo no plano de saúde. Muitos hospitais têm o serviço de registro ali mesmo, e o ideal é já sair de alta com o bebê registrado.
 Se na hora de registrar o bebê você ainda estiver em dúvida, pode usar um nome duplo, e decidir só depois qual vai usar de verdade.
Ou escolher um nome que permita vários apelidos diferentes.
Lembre-se de que, pelo menos nos primeiros anos de vida, quem decide como o bebê vai ser chamado pelos outros são os pais, portanto você vai ter bastante poder sobre o nome do seu filho.
A coisa só muda de figura quando ele entrar na escola….

Ao contrário de outros países, no Brasil não é fácil mudar oficialmente o nome de uma pessoa. A mudança só é permitida após a análise de um juiz, que normalmente exige que o nome a ser mudado provoque algum tipo de constrangimento. Portanto pense bastante antes de fazer o registro.

E se alguém roubar o nome que eu tinha escolhido?

Imagine que, depois de meses de dúvidas durante a gravidez, vocês finalmente encontraram o nome perfeito para o seu bebê. E, é claro, anunciaram isso para a família e alguns amigos. Duas semanas depois, uma prima ganha bebê e usa exatamente o nome que vocês tinham escolhido.
 É claro que às vezes trata-se de uma mera coincidência, principalmente quando o nome “roubado” está entre os nomes da moda.
 Mas há casos em que a pessoa simplesmente achou naquele nome o nome ideal para o filho, e resolveu usá-lo mesmo sabendo que a amiga ou parente pudesse não gostar.
Afinal, ela teve a sorte de ter o bebê primeiro!.

Se quem roubou o nome foi uma pessoa muito próxima, talvez você sinta a necessidade de falar alguma coisa. Tente explicar que ficou chateada.
Muitas vezes é melhor criar uma situação estranha, mas que dure só por algum tempo, que ficar remoendo em silêncio e cultivando ressentimentos que podem permanecer por anos e respingar em outras pessoas que não têm nada a ver com o problema.
E você ainda pode culpar os hormônios da gravidez por eventuais escândalos.

O importante mesmo é concentrar suas energias no seu bebê e no que você pretende fazer em relação ao nome. Você pode usar o nome roubado mesmo assim, ou então pode criar uma alternativa com um nome parecido ou criando um nome composto.
Só leve em consideração se as crianças vão conviver muito e que você vai ter de lidar com a confusão entre os nomes.
Mas existem apelidos e sempre se dá um jeito.

Outra alternativa é voltar ao começo e escolher outro nome do zero. Saiba que muitas futuras mamães escolhem um nome no começo da gravidez ou até antes, mas conforme a gestação avança vão enjoando do nome e partem para outra coisa totalmente nova. Vai ver você ia enjoar do nome mesmo!

E se depois eu me arrepender do nome que escolhi?

É mais comum do que se imagina uma pessoa se arrepender do nome que escolheu para o filho. O bom é que, quando isso acontece, na maioria das vezes os pais estão tão apaixonados pela criança que não conseguem nem imaginá-la com outro nome.

Existem aqueles casos em que houve muita pressão pela escolha de determinado nome e ele nunca chegou a ser o nome perfeito. Mais frequente ainda é os pais descobrirem (às vezes no próprio corredor da maternidade) que o nome que escolheram está bem batido. Evitar que isso aconteça é bem simples: basta conferir quais são os nomes da moda no Brasil.
 ”Logo depois que meu filho nasceu, começou uma novela que tinha um dos personagens principais com o mesmo nome que coloquei: Miguel.
Foi o calvário.
No ano seguinte, vi tantos iguais a ele que me arrependi do nome.
Mas era um nome que escolhi quando era ainda adolescente”, contou uma leitora.

O motivo do arrependimento pode ser outro. Ou é alguma brincadeira de mau gosto que alguém tenha inventado, ou o fato de o nome ter se relacionado com algum fato negativo, ou pura e simples mudança de gosto mesmo. Quando isso acontece, a melhor saída são os apelidos.
A mãe pode criar o apelido que quiser, mesmo que não tenha nada a ver com o nome verdadeiro da criança, e se ela quiser o apelido vai pegar.
Basta usá-lo sempre e convencer as outras pessoas da família a usá-lo também.
E, principalmente, ensiná-lo à criança para que ela se reconheça pelo nome alternativo.
 ”Conheço uma mãe que foi ‘convencida’ a dar o nome da filha de Carolina, mesmo sem gostar muito.
Ela passou a chamar a menininha de Kika, um apelido que escolheu, e o apelido pegou entre elas”, contou outra leitora.

A vantagem dos apelidos é que não há regras e você pode se arrepender à vontade, mudar de ideia quantas vezes quiser, até acertar. Como já foi dito, no Brasil, não é uma operação fácil mudar o nome de uma pessoa oficialmente, portanto essa deve ser a última alternativa.
É preciso consultar um juiz, e o pedido só é aprovado quando existe algum tipo de constrangimento causado pelo nome original.
 O melhor é confiar na sua escolha e ter a convicção de que, por mais que você preferisse ter escolhido outro nome, aquele é o nome do seu filho e é o nome que pareceu certo na hora.

Agora, se por um acaso, o arrependimento ocorrer antes de o bebê nascer ou de ser registrado, mesmo que você já tenha personalizado um monte de roupinhas e acessórios para o quarto e que tenha anunciado para todo mundo, sinta-se liberada para mudar de ideia e resista à cara de espanto dos outros!

Pode ser que você passe por indecisa ou que perca algum dinheiro tendo que comprar itens novos de enxoval, mas considere que essas inconveniências serão frustrantes só no curto prazo, porém certamente não vão significar nada diante dos anos de alegria que você terá com seu filho tendo exatamente o nome que você decidiu.
Sua escolha junto com seu parceiro é o que conta no final das contas.

O que fazer quando pai e mãe não conseguem concordar em um nome?

Se a escolha do nome já é tarefa difícil para uma pessoa, imagina só quando é preciso agradar pai e mãe ao mesmo tempo! Como tudo o mais que envolve gosto, este é um assunto bem pessoal, o que o torna propício a fortes emoções, egos feridos e brigas.
 É óbvio que se você sonhava desde a época das bonecas em ter uma filha chamada Clara e seu marido veio e acabou com o nome, ninguém poderá culpá-la por chorar de tristeza por horas a fio (ainda mais com a ajudinha dos loucos hormônios da gravidez.

Uma boa maneira de evitar este tipo de situação é criando uma lista de sugestões de nomes masculinos e femininos com meses de antecedência ao parto. A vantagem da lista é que, se o seu parceiro vetar todas as suas sugestões e não conseguir contribuir com nenhuma, você já terá uma série de nomes-candidatos em mãos.
 Para elaborar a lista, distribua os nomes de menino e de menina em duas colunas e deixe espaço entre elas para que vocês possam fazer algum tipo de marcação (como sim, não ou talvez).
Passe por todos os nomes e anote suas preferências, pedindo para seu parceiro fazer o mesmo.
A partir das impressões dos dois, crie então uma outra lista só com os nomes aprovados.
 De tempos em tempos, volte a dar uma olhada na lista, já que é bastante comum mudar de ideia durante a gravidez, especialmente à medida que o bebê está para nascer ou até mesmo logo depois de ele ter nascido.

Se dois nomes estiverem muito empatados entre vocês, considere combiná-los como nome duplo, se soarem bem. Outra possibilidade é partir para o bom e certo cara ou coroa ou ainda colocar os nomes empatados em uma caixa e pedir para alguém neutro sortear o vencedor para vocês (esta é uma ótima missão para um irmão mais velho, por exemplo).
 Agora, se vocês realmente estiverem empacados com a escolha do nome, não se forcem a tomar uma decisão imediata.
Às vezes o melhor é esperar a aproximação do parto ou o rosto do bebê para concretizar o nome.

Tenha uma ótima gravidez… Com ou sem palpites!

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