Febre: o que fazer com seu filho antes de ir para o hospital?

Como baixar a febre do seu filho? O que fazer em caso de convulsão? O que causa a febre? Qual o melhor jeito de medicar a criança? De repente, você viu que seu filho está meio quietinho… Coloca a mão na testa dele e sente aquele calorão… É febre.
“Sabemos que 1/3 dos atendimentos de emergência e ligações para pediatras são por causa de febre aguda”, conta Márcia Sanae Kodaira de Almeida, pediatra do Hospital Santa Catarina (SP).
Mas antes de correr para o telefone ou para o hospital, há algumas coisas que você precisa saber:

 – A febre não é uma doença, é um sintoma

Isso quer dizer que o aumento da temperatura simplesmente mostra que alguma coisa está acontecendo no organismo, o que é um bom sinal. Febre está associada a quadros infecciosos ou inflamatórios e sinaliza que o corpo está em combate. “É uma reação do organismo para combater uma infecção.
O sistema imunológico libera defesas, que circulam melhor quando a temperatura aumenta no organismo.
Funciona como uma defesa”, explica o pediatra Cid Pinheiro, do Hospital São Luiz (SP).

 – Acima de 37,8°C a criança precisa ser medicada

Isso é um consenso entre médicos alopatas. “Acima dessa temperatura, a criança já começa a ter um mal-estar geral: dói a cabeça, dói o corpo”, explica Márcia. A medicação deve ser feita para aliviar esse sintomas, não necessariamente para baixar a febre.
Após dar o remédio, mesmo que a temperatura ceda, se a criança continuar paradinha, gemente, prostrada, ligue para o pediatra.
Vale lembrar que a faixa de temperatura “normal” do corpo vai de 36°C a 37,2ºC.

 – Crianças pequenas naturalmente têm uma variação maior de temperatura

Se você deixar a criança aquecida demais, com casacos e cobertas em excesso, a temperatura corporal pode aumentar significativamente por causa desse superaquecimento. Isso acontece por dois motivos. O primeiro é que o termorregulador da temperatura, que fica no cérebro, ainda é imaturo.
O segundo é que a superfície de contato da criança com o mundo externo ainda é muito grande em relação à massa, o que faz com que os bebês ganhem e percam calor com mais facilidade.
Para ter certeza de que é febre mesmo, desagasalhe e dê um banho no bebê e só então meça a temperatura de novo.

 – Não precisa temer a convulsão febril

“Um dos maiores temores dos pais é que a febre provoque convulsões nas crianças, mas isso é um mito”, explica Pinheiro. Apenas uma parcela muito pequena das crianças está sujeita a isso, e geralmente há uma forte predisposição genética.
As crises convulsivas podem ser desencadeadas apenas quando a temperatura está subindo muito rapidamente, quando a criança tem em torno de 6 meses a 6 anos e apenas se ela tiver a predisposição.

 – Cuidado redobrado com…

crianças menores de 3 meses e, principalmente, recém-nascidos. No primeiro pico de febre, eles devem ser levados imediatamente ao médico, assim como crianças com alguma doença de base (no coração, nos rins, no pulmão, ou aquelas que tomam remédios específicos). Nesses casos, o alerta é máximo.
Se a criança não se encaixar nesses perfis, mas a febre persistir por mais de três dias, também é preciso procurar o pediatra.

 – Fique atento aos sinais de perigo

Se a criança com febre ficar muito prostrada, sonolenta demais, se estiver mancando, respirando rápido, gemente, com muita dor de cabeça ou dor abdominal prolongada, com irritabilidade intensa, choro incontrolável, manchas pelo corpo, ou se convulsionar, é preciso levá-la ao pronto-socorro imediatamente.

 – Intercale a medicação

Muitas vezes, antes do intervalo recomendado entre uma dose e outra de remédio, a temperatura começa a subir novamente. Nesse caso, você pode dar um outro tipo de medicamento. Se a criança tomou paracetamol, por exemplo, você pode dar ibuprofeno. Também vale fazer esse revezamento para não exceder a máxima dose diária recomendada.
Por exemplo, se o remédio pode ser dado de 4 em 4 horas, mas não mais que 5 vezes ao dia, em 24 horas, esse limite não seria respeitado, por isso, é melhor alternar as medicações.
No entanto, SEMPRE com orientação do pediatra.

 – Para ajudar a baixar a febre você pode…

Dar banho: “A temperatura da água tem que estar um pouco abaixo da temperatura que a criança está para ir roubando calor aos poucos. Mas nada de choque térmico – se a criança sentir frio, o próprio corpo vai tentar produzir mais calor, dando aquela sensação de calafrio”, explica Márcia.

Fazer compressas no tronco e membros: mesmo que sejam menos efetivas do que o banho, era um costume de antigamente fazer compressas frias nas articulações e na testa para baixar a febre. Se a criança ficar incomodada com as compressas ou começar a sentir frio, melhor não insistir.
 Usar uma toalha úmida ou com uma bolsa térmica em temperatura mais fria no tronco e nos membros pode ajudar a diminuir a temperatura do corpo.
Não há uma temperatura ideal, e geralmente a temperatura da água fria de uma torneira basta.
Um bom indicador é colocar a mão na água e ver se você tolera aquela temperatura – essa é a temperatura ideal para resfriar a pele sem machucá-la.
A medida só não é indicada quando o paciente se queixa de muito frio e poderia se sentir mal em contato com a umidade.
É importante lembrar também que a aplicação prolongada de uma temperatura muito baixa, em seu ponto de congelamento, pode acabar resultando em queimadura da pele e até necrose do local.

Repousar: Não precisa obrigar a criança a dormir, só descansar. Se ela fica agitada, o metabolismo aumenta e, consequentemente, a temperatura do corpo também. A febre acelera os batimentos cardíacos, por isso o repouso é indicado, evitando sobrecarregar o organismo.
O repouso é importante também por que a movimentação durante um processo febril pode ser extremamente desconfortável e pouco produtiva.
Se o paciente não está no melhor de sua habilidade, pode acidentalmente sofrer uma queda ou acabar se machucando.
Por isso, evite atividades que exigem muita força durante a febre e aguarde o quadro melhorar para retomar aos poucos a sua rotina.
Nos primeiros dias após a febre você cansará muito fácil, mas isto melhora.

Beber bastante líquido: Quando a criança ou adulto está com febre, ela transpira mais. A evaporação do suor rouba a água do corpo e essa perda de líquido pode provocar desidratação. Por isso, é importante manter o seu filho hidratado – o que não significa dar um monte de água.
“Conforme a temperatura for baixando depois da medicação, tente oferecer aos poucos, para evitar também que ela vomite.
Quando a temperatura está muito alta, ela não vai querer nada, por isso, melhor tentar hidratá-la bem entre os picos de febre”, recomenda Márcia.
 No caso de crianças pequenas e bebês, líquidos devem ser ofertados com frequência.
Observe se eles mantem fluxo urinário regular para certificar a hidratação.

Colocar roupas leves: Quando a febre está subindo, sentimos mais frio. Quando ela estabiliza, vem a sensação de calor. Por isso, é importante prestar atenção às roupas, para que a criança fique confortável. Prefira tecidos leves, como algodão. Vale um moletom ou uma camiseta de algodão. O importante é vestir peças confortáveis.
O algodão costuma ventilar melhor e reduz a sensação de desconforto, principalmente durante o sono quando o paciente pode suar excessivamente.
Se você estiver usando peças sintéticas, o suor não será absorvido e sua pele pode ficar irritada, causando desconforto.

Coma adequadamente: faça uma dieta leve, de digestão simples e adequada às suas preferências. Se for um paciente adulto ou jovem, não há grandes preocupações com a quantidade de alimento que será ingerida durante a febre.
No entanto, se for uma pessoa com a saúde mais debilitada, como um idoso que tenha algum tipo de doenças, uma alimentação mais equilibrada pode ser determinante do curso da doença.
No geral, o gasto calórico aumenta durante a febre, e por isso uma dieta um pouco mais rica em calorias pode beneficiar essas pessoas com a saúde mais comprometida.

Atenção ao uso de medicamentos: para tratar da febre, é preciso entendê-la e entender a sua origem. Se a causa da febre for simples, como uma gripe, e não muito alta (até 38 graus), não há razão para tratar de forma medicamentosa.
No entanto, se ela estiver com dores pelo corpo, mal estar e outros sintomas, o uso de um antitérmico pode ajudar.
Febres acima de 38,5 ou 39 graus costumam cursar com maior desconforto e são frequentemente medicadas, mas mesmo nestas temperaturas, se o paciente não referir desconforto, uma boa opção é observar sem medicar.
Uma exceção deve ser feita no caso de crianças pequenas no qual a febre deve ser tratada para evitar a convulsão febril.
Antitérmicos não são água e usá-los indiscriminadamente pode danificar seriamente a saúde de uma pessoa – por isso, antes de tomá-los, procure auxilio especializado.
Se o medicamento já foi indicado anteriormente pelo médico em outra ocasião e a febre está incomodando, o paciente pode ser medicado – desde que encaminhado ao médico assim que possível para que a causa da febre seja investigada.

Febre: tire todas as suas dúvidas

Rosto vermelho, mãos frias e testa quente: será que é febre? Entenda tudo sobre o sintoma que mais preocupa os pais. Trata-se de um mecanismo fisiológico que tem o objetivo de combater uma infecção. Isso porque alguns agentes infecciosos, como vírus e bactérias, não sobrevivem a partir de 37ºC.
? A seguir, as respostas para as dúvidas mais comuns sobre o assunto:

O que causa a febre?

A febre é sintoma de uma infecção ou inflamação. As causas mais comuns são infecções virais, como respiratórias, urinárias, otites, amigdalites e pneumonias. Na maioria das vezes, no entanto, trata-se de um sintoma benigno que vai embora espontaneamente. Você leu certo. Ela tende a desaparecer sozinha, sem a necessidade de medicação.

Febre ocorre quando uma área em seu cérebro chamada hipotálamo desloca o ponto de sua temperatura corporal normal para cima do normal. Quando isso acontece, você pode sentir-se com frio e até mesmo tremer para gerar mais calor do corpo, uma vez que o ambiente a sua volta está mais frio do que você.

A temperatura corporal normal varia ao longo do dia – é mais baixo na parte da manhã e maior no final da tarde e à noite. A maioria das pessoas considera 37°C uma temperatura normal, mas ela pode variar com um grau a menos, ficando entre 36,1°C e 37,2°C. Fatores como ciclo menstrual ou exercícios pesados podem afetar a temperatura corporal.

Quais são os sinais clássicos da febre?

A criança febril fica com o rosto vermelho, o coração acelerado, respira mais rápido que o normal, sente frio e fica abatida. As mãos e os pés ficam frios e algumas podem ter dores de cabeça e musculares.

Qual é o melhor termômetro para medir a temperatura?

Tanto os de mercúrio quanto os digitais são precisos igualmente. Vale lembrar que os de mercúrio são menos ecológicos, além de terem o risco de quebrar e vazar material tóxico. Ao optar pelos digitais, fique atento ao selo do Inmetro.

E quando é preciso dar remédio?

Por mais que dê vontade de medicar a criança assim que a testa dela começa a esquentar, saiba que, segundo os especialistas, só temperaturas acima de 37,8ºC são consideradas febre.
Além disso, de acordo com a recomendação atual da Sociedade Brasileira de Pediatria, se seu filho for maior de 3 meses e estiver com menos de 38ºC e bem de maneira geral ¬ brincando, comendo e dormindo normalmente ¬, o ideal é apenas aliviar o mal-estar, com banho morno ou compressas de água morna na cabeça, virilha e axila a cada cinco minutos, por exemplo.
Após os 38ºC, pode haver medicação, seguindo sempre a orientação do pediatra do seu filho quanto ao tipo de medicamento e dosagem.

Qual é a hora certa de procurar o pediatra?

Em algumas situações, o profissional tem de ser consultado imediatamente. É o caso de bebês com menos de 3 meses e temperatura superior a 37,8ºC, por exemplo.
O mesmo vale para crianças de qualquer idade com febre acima de 39ºC ou com outros sintomas mais graves, como letargia, falta de ar, vômitos, diarreia, palidez e manchas na pele, independentemente do grau da febre.
Por último, se a febre durar mais de 48 horas, mesmo que a criança esteja bem, é necessário investigar.
Se o seu filho não se encaixar em nenhuma dessas situações, tenha calma.
Provavelmente, não é o caso de correr para o médico.

Quanto tempo leva para a temperatura deve baixar após a medicação?

Normalmente, é preciso esperar de 30 a 40 minutos para a temperatura diminuir. E o principal objetivo não é fazer a temperatura voltar a 36,5 ºC (normal), e sim aliviar o mal-estar da criança. No entanto, se após três horas não baixar, ligue para o médico, ele pode sugerir a troca da medicação.

E se a temperatura subir antes do horário de oferecer o antitérmico novamente?

Em primeiro lugar, fale com o pediatra para que seu filho seja avaliado. Em algumas situações é possível alternar antitérmicos com diferentes composições a cada três horas. As compressas e banhos mornos (nunca frios!) também são coadjuvantes para baixar a temperatura.
Nunca dê banho com água e álcool, nem faça compressas com álcool, pois há risco de a criança inalar essa substância e ter uma reação alérgica.
Opte também por roupas de algodão e ofereça água (ou o peito).

Quando há risco de uma convulsão?

A crise convulsiva da febre surge quando a temperatura sobe rapidamente e acontece quando a criança tem em torno de 6 meses a 6 anos. Entre as características estão o tremor e rigidez de braços e pernas. Em geral, a crise dura de 1 a 2 minutos (uma eternidade para os pais) e normalmente não traz sequelas.
Nessa hora, além da calma, é preciso deixa a criança confortável, deitada e com a cabeça um pouco elevada, para facilitar a respiração.
Se durar mais que esse período, ela deve ser levada ao pronto-socorro.
Acalme-se.
Esse tipo de problema acontece em um número pequeno de pessoas e apenas uma única vez na vida.
Além disso, é preciso haver uma predisposição genética.
Se você souber dessa predisposição, medique a criança ao perceber que ela está num processo febril.

O que fazer se a criança não quiser comer enquanto está com febre?

Não insista. A atenção deve ser grande na hidratação. A criança pode desidratar não somente por causa da febre, mas porque continua perdendo líquidos, por meio da urina, por exemplo. Nesse caso, ofereça sucos, água ou leite, em pequenas quantidades e várias vezes no dia.

O que é hipotermia? Por que isso acontece?

Hipotermia é baixa temperatura, que pode ser ocasionada por vários fatores, como exposição ao frio. Em doenças infecciosas graves e em choques podem ocorrer também. O médico deve sempre ser consultado. Vale lembrar que, em crianças pequenas, a temperatura pode baixar durante a noite, mas não deve ser menor que 35,5 ° C.
Abaixo de 33° C é preocupante.

Devo medicar meu filho antes de levá-lo ao pediatra?

Sim. O antitérmico não vai mascarar a doença da criança e vai facilitar a avaliação do especialista.

Há como prevenir a febre?

Não. Mas há como evitar algumas doenças que podem elevar a temperatura corporal. Por isso, é fundamental manter o calendário de vacinação em dia.

Qual o melhor jeito de medicar a criança?

A melhor solução é pedir ao pediatra para fazer a prescrição em mililitros e usar uma seringa ou um copo dosador para medir com exatidão a dose do remédio. Você também pode comprar os medidores em uma farmácia. Evite usar colheres para aplicação, pois não é uma maneira confiável.
No caso de medicamentos em gotas, nunca pingue diretamente na boca da criança porque sempre vai cair uma gota a mais e, de gota em gota, o organismo pode se intoxicar.

Febre pode ser causada por:

  • Vírus
  • Infecção bacteriana
  • Insolação
  • Queimadura de sol
  • Certas condições inflamatórias, como artrite reumatoide
  • Tumor maligno
  • Alguns medicamentos e drogas, como antibióticos utilizados para tratar a pressão alta ou convulsão
  • Reação adversa a algumas vacinas.
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Por vezes, a causa de uma febre não pode ser identificada. Se o paciente é adulto e tem uma temperatura corporal de 38,3°C ou mais durante três semanas e o médico não é capaz de encontrar a causa após extensa avaliação, o diagnóstico pode ser febre de origem desconhecida.

Quais os sintomas da febre?

Em adultos

A febre acontece quando a temperatura sobe acima de sua faixa normal. O que é normal para você pode ser um pouco maior do que a temperatura média de 37°C.

Dependendo do que está causando a febre, sintomas adicionais podem incluir:

  • Suor
  • Tremedeira
  • Dor de cabeça
  • Dores musculares
  • Perda de apetite
  • Desidratação
  • Fraqueza geral.
Febres altas entre 39,4°C e 41,1°C podem causar:

  • Alucinação
  • Confusão
  • Irritabilidade
  • Convulsão
  • Desidratação
Em crianças e bebês

Uma criança tem febre quando a temperatura é igual ou superior a um destes níveis:

  • 38 °C (temperatura anal)
  • 37,5 °C (temperatura bucal)
  • 37,5 o °C (temperatura axilar)
Um sinal comum de febre em bebês é uma testa quente – mas isso não é suficiente para diagnosticar febre. Bebês e crianças também podem sentir mais preguiça do que o normal.

Meu filho está com febre. O que fazer?

Febre sempre deixa os pais preocupados, mas é importante lembrar que ela é um processo comum, que vai se repetir muitas vezes na vida da criança. Tradicionalmente, considera-se febre uma temperatura acima dos 37 graus centígrados, observada num termômetro colocado embaixo do braço.
Mas algumas crianças podem ter a temperatura mais alta, até 37,5 graus, mesmo que não haja nada errado.
Por isso, os médicos consideram febre mesmo temperaturas acima de 37,5 graus (para alguns médicos, pode ser acima de 37,8).
Entre 37 e 37,5 graus, a criança está subfebril, ou com uma febrícula (Por isso, reforce a atenção e verifique a temperatura mais vezes para ver se não subiu).

Outros sintomas associados à febre em bebês e crianças incluem:

  • Falta de sono
  • Má alimentação
  • Falta de interesse em jogos
  • Letargia (estado de profunda e prolongada inconsciência, semelhante ao sono profundo, do qual a pessoa pode ser despertada, mas ao qual retorna logo a seguir.
     incapacidade de reagir e de expressar emoções; apatia, inércia e/ou desinteresse.
  • Convulsão

Por que a febre aparece?

A febre, em geral, é uma indicação de que o organismo está combatendo algum tipo de infecção. Os macrófagos, células que patrulham o corpo, estão sempre em alerta.
Quando encontram algo estranho — como vírus, bactérias ou fungos –, eliminam o maior número que conseguem, e ao mesmo tempo pedem ajuda, mandando sinais para o cérebro elevar a temperatura do corpo.

Só essa elevação já é capaz de matar alguns tipos de bactéria. O processo também parece acelerar a produção de glóbulos brancos e de substâncias que matam os intrusos. Por isso, antes de se apavorar, é preciso lembrar que a elevação da temperatura faz parte do processo natural de combate à infecção, e ela em si não é necessariamente prejudicial.

Buscando ajuda médica

A febre por si só não pode ser uma causa para alarme – ou um motivo para procurar ajuda médica. No entanto, existem algumas circunstâncias em que é necessário procurar um médico para bebês, crianças ou adultos.

Como faço para distinguir uma febre sem gravidade de uma mais grave?

Mais importante que a temperatura em si é o comportamento da criança. Se ela estiver com febre de até 38,5 graus, mas estiver comendo bem, brincando e tranquila, há menos razão de preocupação que no caso de uma criança com febre de 37,8 graus junto com choro inconsolável ou prostração.

Procure o médico se a febre estiver acima de 39,5 graus, ou se a criança estiver agindo estranho, muito abatida. Não deixe de mencionar qualquer outro sintoma para o pediatra, para que ele tenha mais dados para fazer um diagnóstico.

Fique de olho nos seguintes sintomas, que podem indicar algo mais grave:

A criança apresenta manchinhas vermelhas na pele, que não clareiam quando você as aperta (você pode testar com um vidro), ou se tem manchas vermelhas grandes. Esses são sinais de uma infecção bacteriana grave. A criança tem dificuldade para respirar, ou está ofegante: Pode ser pneumonia.

Lembre-se: A temperatura do corpo costuma aumentar no início da noite, em geral, por isso é esperado que a febre piore um pouco nesses horários.

Caso você consiga baixar a temperatura de seu filho de 1 a 3 anos com antitérmicos (como o paracetamol, ibuprofeno ou dipirona), e ela não esteja muito abatida, você pode esperar pelo menos 24 horas para levá-la ao médico. Antes disso, é provável que o especialista não consiga fazer nenhum diagnóstico, e peça para você apenas observar o seu filho.

Evite levar a criança sem necessidade ao pronto-socorro, para não expô-la a outros vírus e bactérias num momento em que o organismo dela já está um pouco fragilizado. Mas confie nos seus instintos e procure atendimento imediato se sentir que se trata de alguma doença mais grave.

Como baixar a febre do bebê?

Você só precisa baixar a febre do seu filho se ele estiver se sentindo desconfortável demais (chorando o tempo todo, reclamando, vomitando), ou se ele já tiver tido uma convulsão febril alguma vez (leia abaixo sobre as convulsões). Sempre fale com o pediatra antes de dar qualquer remédio pela primeira vez.
O melhor é, na consulta de rotina, já perguntar o que fazer no caso de febre.
Há vários tipos de antitérmicos, mas o recomendado para bebês acima de 3 meses costuma ser o paracetamol.

Nunca dê aspirina ao bebê nem a crianças de menos de 16 anos, porque o ácido acetilsalicílico já foi ligado a uma síndrome rara, que pode ser fatal, a síndrome de Reye. Além disso, esse tipo de medicamento pode causar problemas estomacais e hemorragias, porque afeta a coagulação do sangue.

Durante a febre, mantenha seu filho vestido com as roupas adequadas para a temperatura ambiente, nem agasalhado demais nem de menos. Capriche na ingestão de líquidos – seja leite materno, fórmula de leite em pó ou, para bebês mais velhos, sopas leves e suco de fruta.

Uma criança com febre pode ficar desidratada só pela transpiração, mesmo que não esteja com diarreia ou vômitos. Quando a criança está desidratada, o uso de antitérmicos é menos eficaz e pode ser até mais tóxico. Portanto use e abuse dos líquidos, nem que precise dar de colherinha.

Você também pode dar um banho morno. Se tiver dado um antitérmico, pode dar o banho cerca de 40 minutos depois. Uma boa ducha de água morna pode ajudar o paciente a recuperar a temperatura ideal.
Mas porque não água muito fria? Segundo o clínico geral Antonio, o banho muito gelado pode levar a um aumento da frequência cardíaca, que já está elevada por causa da febre.
A duração do banho é determinada pelo paciente, ficando a ressalva apenas para crianças que tiveram uma convulsão febril – para essas, segundo o especialista, a ducha não é indicada.

É melhor baixar a temperatura aos poucos que muito rápido. O banho precisa ser confortável para a criança, e nunca coloque nada na água da banheira. Não use álcool para baixar a febre. Mas o banho não é imprescindível – só dê se você achar que seu filho vai se sentir melhor.

Verificando a temperatura

Para verificar a temperatura, você pode escolher vários tipos de termômetros, incluindo oral, retal, de ouvido (tímpano) e na testa (artéria temporal).

Você pode usar um termômetro oral para uma leitura na axila ou boca:

  • Coloque o termômetro na axila e cruze os braços de seu filho sobre o peito
  • Espere de quatro a cinco minutos. A temperatura axilar é ligeiramente mais baixa do que a temperatura oral
Se você ligar para o seu médico, informe o número real do termômetro e onde você tirou a temperatura.

Que tipo de termômetro devo usar?

O termômetro tradicional é o de vidro com uma coluna de mercúrio dentro. Ele é o usado como padrão pelos médicos, inclusive para comparação com o resultado de outros tipos de termômetro. Por questões ambientais, porém, há campanhas contra o uso do termômetro de mercúrio, pois a substância é um metal pesado contaminante.
Seu uso foi proibido em 2007 na União Européia (UE).
Se você tiver um, pode continuar usando, mas tome cuidado para ele não quebrar e, caso quebre, coloque-o num posto de reciclagem para pilhas e baterias, não no lixo comum.

Termômetros digitais funcionam como os tradicionais, são eficientes e baratos. Em geral são para medição embaixo do braço (axila). Para medir a temperatura, coloque a pontinha metálica do termômetro embaixo do braço da criança, prestando atenção para que esteja em contato direto com a pele.
Embaixo do braço forma-se um “buraco” (cavidade axilar) — se a ponta do termômetro ficar lá, pode não encostar na pele e não medir a temperatura direito.
 Espere cerca de quatro minutos, segurando o braço dela para o termômetro não escapar.

No caso de termômetros digitais, leia bem as instruções (há alguns que bipam quando terminam, outros que bipam enquanto medem, outros que apitam rápido demais porque são feitos para tirar a temperatura no ânus ou na boca, e não embaixo do braço). Tente entreter seu filho com um livro ou a TV enquanto tira a temperatura.

É interessante saber que um termômetro nunca ultrapassa a temperatura real. Por isso, a leitura não será incorreta se o termômetro ficar tempo demais embaixo do braço – só o contrário. Se ele ficar tempo de menos, a temperatura indicada será menor que a real.

Existem também termômetros digitais que fazem a medição imediata pelo canal auditivo, no ouvido, ou por luz infravermelha na testa. Existem até alguns em forma de chupeta.
A rapidez é um ponto positivo nesses equipamentos inovadores, mas a temperatura tende a ser mais elevada que a axilar, o que pode confundir os pais, e as medições podem variar bastante dependendo da situação.
Além disso, eles custam até dez vezes o preço de um termômetro comum.

Se você quiser utilizar algum desses termômetros mais modernos, uma boa dica é levá-lo numa consulta com o pediatra e pedir a ele que mostre a você como usar, e qual temperatura é considerada febre com aquele equipamento.
Outra dica é “treinar” o uso quando a criança não está com febre, comparando com o resultado do termômetro tradicional.

Emergência em bebês e crianças

Uma febre inexplicável é motivo de preocupação em bebês.

Chame o médico se o bebê:

  • É menor de três meses, e tem uma temperatura de 38°C ou superior
  • Está entre as idades de três a seis meses, tem uma temperatura de até 38,9°C e parece extraordinariamente irritado, letárgico ou desconfortável
  • Está entre as idades de seis a 24 meses e tem uma temperatura superior a 38,9°C que dura mais de um dia, mas não mostra outros sintomas
  • Está entre as idades de seis a 24 meses e tem uma temperatura superior a 38,9°C acompanhada de sintomas como resfriado, tosse ou diarreia
  • É recém-nascido e tem uma temperatura mais baixa do que o habitual – inferior a 36,1°C.
    Bebês muito jovens não podem regular a temperatura corporal nem quando estão doentes e podem se tornar frios em vez de quentes.
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Crianças maiores

Provavelmente não há motivo para alarme se a criança está com febre, mas é ativa, faz contato visual com você e responde às suas expressões faciais e sua voz. Nesses casos, o ideal é repouso e ingerir muito líquido.

Chame o médico se seu filho:

  • Está apático ou irritável, vomita repetidamente, tem uma dor de cabeça intensa ou dor de estômago, ou ter quaisquer outros sintomas que causam desconforto significativo
  • Tem uma febre depois de ter sido deixado em um carro quente.
    Procurar assistência médica imediatamente
  • Tem uma febre que dura mais de três dias (em crianças de dois anos ou mais)
  • Aparece apático e não tem contato visual com você.

Preciso baixar a febre a qualquer custo?

Você só precisa baixar a febre do seu filho se ele estiver se sentindo desconfortável demais (chorando o tempo todo, reclamando, vomitando), ou se ele já tiver tido uma convulsão febril alguma vez (leia abaixo sobre as convulsões).

Por um lado, o aumento da temperatura ajuda a combater os micro-organismos que possam estar causando a infecção. Por outro, se a criança estiver se sentindo muito mal por causa da febre, vai ter dificuldade para beber e comer, e isso pode atrapalhar sua recuperação.

Nunca dê aspirina a crianças de menos de 16 anos, porque o ácido acetilsalicílico já foi ligado a uma síndrome rara, que pode ser fatal, a síndrome de Reye. Além disso, esse tipo de medicamento pode causar problemas estomacais e hemorragias, porque afeta a coagulação do sangue.

Durante a febre, mantenha seu filho vestido com as roupas adequadas para a temperatura ambiente, nem agasalhado demais nem de menos. Capriche na ingestão de líquidos. Uma criança com febre pode ficar desidratada só pela transpiração, mesmo que não esteja com diarreia ou vômitos.
 Quando a criança está desidratada, o uso de antitérmicos é menos eficaz e pode ser até mais tóxico.
Além disso, bem hidratada, ela reage melhor às doenças.
Portanto abuse dos líquidos.

Você também pode dar um banho morno. Se tiver dado um antitérmico, pode dar o banho cerca de 40 minutos depois. Mas o banho não é imprescindível — só dê se você achar que seu filho vai se sentir melhor. É melhor baixar a temperatura aos poucos que muito rápido.
O banho precisa ser confortável para a criança, e nunca use álcool, nem no banho nem em compressas (como se fazia antigamente).

Febre em adultos

Chame o médico se:

  • A temperatura é de 39,4°C ou mais elevada
  • A febre persiste por mais de três dias.
Além disso, procure imediatamente atendimento médico se a febre acompanhar quaisquer destes sintomas:

  • Forte dor de cabeça
  • Inchaço na garganta grave
  • Erupção cutânea incomum, especialmente se a erupção se agrava rapidamente
  • Sensibilidade incomum à luz brilhante
  • Torcicolo e dor quando você dobra a cabeça para frente
  • Confusão mental
  • Vômitos persistentes
  • Dificuldade em respirar ou dor no peito
  • Apatia extrema ou irritabilidade
  • Dor abdominal ou dor ao urinar
  • Fraqueza muscular ou alterações sensoriais
  • Quaisquer outros sinais ou sintomas inexplicáveis.

Na consulta médica

Especialidades que podem diagnosticar uma febre são:

  • Clínico Geral
  • Pediatra
Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo.
Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:

  • Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
  • Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade.
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O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:

  • Quando os sintomas começaram?
  • Qual o método você usou para tirar a temperatura?
  • Qual foi a temperatura do ambiente circundante?
  • Você ou seu filho já tomou qualquer medicação para reduzir febre?
  • Que outros sintomas que você ou seu filho estão enfrentando? Quão grave são eles?
  • Você ou seu filho tem alguma condição crônica de saúde?
  • Quais os medicamentos que você ou seu filho toma regularmente?
  • Você ou seu filho conviveram próximo de alguém que está doente?
  • Você ou seu filho recentemente fizeram uma cirurgia?
  • Você ou seu filho recentemente viajaram para fora do país?
  • O que, se alguma coisa, parece melhorar os sintomas?
  • O que, se alguma coisa, parece piorar os sintomas?
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Também é importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito, começando pela mais importante. Isso garante que você conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes da consulta acabar.
Para febre, algumas perguntas básicas incluem:

  • O que está provavelmente causando a febre?
  • Poderia qualquer outra coisa estar causando isso?
  • Que tipos de testes são necessários?
  • Que tipo de tratamento que você recomendaria? Existem alternativas?
  • O remédio é necessário para abaixar a febre? Quais são os efeitos colaterais dos medicamentos?
  • Existem restrições que eu preciso seguir?
  • Existe uma alternativa genérica para o medicamento que você está prescrevendo?
  • Você tem algum material impresso que posso levar? Quais sites você recomenda?

Diagnóstico

Embora a febre seja fácil de medir, determinar a sua causa pode ser difícil. Além de um exame físico, o médico ou médica pode pedir:

  • Exames de sangue
  • Raio-X de tórax.
Às vezes, você pode ter uma “febre de origem desconhecida”. Em tais casos, a causa pode ser uma condição incomum ou não óbvia, tal como uma infecção crônica, doença do tecido conjuntivo, câncer ou outro problema.

Para bebês, especialmente aqueles que têm 28 dias ou menos, é possível que haja internação no hospital para descobrir as causas do sintoma.

Tratamento

Os tratamentos variam de acordo com a causa da febre. Por exemplo, antibióticos seriam utilizados para uma infecção bacteriana, como faringite estreptocócica. No geral, os tratamentos mais comuns para a febre incluem medicamentos como paracetamol, anti-inflamatórios não-esteroides e naproxeno.

Crianças e adolescentes não devem tomar ácido acetilsalicílico, uma vez que o consumo pode aumentar o risco de uma condição chamada síndrome de Reye.

 Complicações possíveis

As complicações de uma febre podem incluir:

  • Desidratação grave
  • Alucinações
  • Convulsão induzida por febre (convulsão febril), em um pequeno número de crianças de seis meses a cinco anos

Convulsões febris

Convulsões febris e perda de consciência geralmente envolvem tremedeira de membros em ambos os lados do corpo. Apesar de alarmante para os pais, a grande maioria das convulsões febris não causam efeitos duradouros.

O que fazer se a criança tiver uma convulsão febril

Se o seu filho tiver uma convulsão, permaneça calmo e tome as seguintes medidas:

  • Afaste a criança das fontes de perigo retirando objetos cortantes ou pesados que se encontrem por perto.
  • Não pegue na criança ao contrário nem tente interromper-lhe os movimentos.
    Se puder, com cuidado, rode o corpo da criança de modo a ficar de lado ou rode-lhe a cabeça para o lado para que os líquidos possam sair da boca.
  • Proporcione conforto à criança.
    Tente colocar-lhe algo macio por debaixo da cabeça, como um casaco dobrado.
    Retire-lhe a roupa apertada, sobretudo em redor do pescoço.
    Retire-lhe também os óculos para não se partirem.
  • Não tente colocar nada dentro da boca da criança, dado que poderá engasgar-se ou partir algum dente.
  • O médico da criança irá perguntar quanto tempo demorou a convulsão.
    Se puder, olhe para um relógio e verifique quando começa e acaba a convulsão.
  • Se a convulsão demorar menos de cinco minutos, leve imediatamente a criança ao consultório do médico ou a uma clínica.
    Se, nem um nem outro estiverem abertos, leve a criança ao serviço de urgência de um hospital.
    O médico precisa confirmar se a criança não tem nenhuma doença grave.
  • Se a convulsão demorar mais de cinco minutos, chame imediatamente uma ambulância.
    A criança poderá precisar de mais assistência do que aquela que o médico lhe poderá dar no seu consultório.
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A maioria das convulsões para por conta própria. Leve seu filho ao médico o mais cedo possível após o episódio para determinar a causa da febre.

O que acontece após a convulsão

Por vezes, as crianças ficam confusas ou sonolentas após uma convulsão e precisam de dormir por algum tempo. Não espere até a criança voltar ao normal para procurar assistência médica. Não dê água, comida nem medicamentos à criança até a convulsão ter passado e ela estar bem alerta.

O que acontece no consultório do médico ou no hospital

O médico pedirá aos pais para descreverem minuciosamente a convulsão, inclusivamente o tempo que demorou a passar, qual o aspecto da criança e como ela se movimentava.
Os pais poderão ajudar o médico se lhe explicarem que os tremores cessavam quando seguravam ou pressionavam brandamente a parte do corpo da criança que tremia ou se os movimentos descoordenados persistiam.

O médico examinará a criança. Se se conhecer a causa da febre e a criança não estiver confusa nem inconsciente, normalmente o médico não requisita análises laboratoriais. Todavia, se suspeitar que há algo de errado, poderá solicitar alguns exames, os quais virão ajudar a excluir quaisquer outras causas para as convulsões.
 Se a criança teve uma convulsão febril vulgar, provavelmente não precisará de ficar no hospital.

Tratamento da febre da criança

A febre pode ser causada praticamente por qualquer infecção ou doença própria da infância. Muitas vezes, as convulsões acontecem logo que a temperatura da criança começa a subir. É possível que os pais nem saibam que a criança tem febre.
Tratar a febre da criança com medicamentos não irá necessariamente evitar uma convulsão ou reduzir a sua duração, embora possam ajudar a criança a sentir-se mais confortada.

Não tente dar à criança medicamentos para a febre enquanto ela tiver a convulsão. Aguarde até a convulsão acabar. Não coloque a criança na banheira.

As convulsões febris são frequentes

Cerca de cinco em 100 crianças dos seis meses aos seis anos terão, no mínimo, uma convulsão febril. Cerca de três em dez dessas crianças terão mais de uma convulsão febril. Existe uma forte componente genética associada às convulsões febris.
É frequente acontecer que os pais de uma criança que tem convulsões febris também já as tiveram e os irmãos também têm tendência a tê-las.

As convulsões febris não causam lesões cerebrais

O aspecto de uma criança durante uma convulsão febril pode ser bastante assustador para os pais. Todavia, tanto quanto sabemos, as convulsões breves não lesionam nem causam alterações permanentes no cérebro. A maioria das convulsões febris ocorre apenas durante alguns minutos, apesar de parecerem durar muito mais.
Mesmo que a criança tenha uma convulsão febril longa, o risco de causar lesões no cérebro é baixo.

Medicamentos que evitam as convulsões febris

Há medicamentos (anti-convulsionantes ou anti-epilépticos) que podem evitar as convulsões febris. Tais medicamentos têm efeitos secundários e, normalmente, as crianças que têm convulsões febris não precisam de os tomar.
Contudo, poderá haver circunstâncias especiais em que o médico da criança considera que é necessário receitar um medicamento anti-convulsionante.

Se a criança tiver convulsões febris com frequência, o médico poderá prescrever um medicamento anti-convulsionante de ação rápida. O médico explicará como cuidar da criança e quando procurar assistência médica.

Não é necessário tratar a criança de forma especial

Todas as crianças adoecem por momentos, sobretudo as crianças jovens. Acontece que o seu filho reage à febre de uma forma drástica. Trate e proteja o seu filho da mesma maneira que qualquer outra criança normal e saudável. Não esqueça que a febre e as convulsões podem começar subitamente.
Se a criança tiver menos de cinco anos de idade, procure estar próximo enquanto ela toma banho.
Não deixe a criança sozinha dentro da banheira.

As convulsões febris desaparecem normalmente por si quando a criança é mais velha

As convulsões febris não significam necessariamente que a criança terá epilepsia mais tarde. Menos de cinco em cada 100 crianças com convulsões febris acabam por ter epilepsia, a qual é um problema de saúde assinalado por convulsões sucessivas sem febre.

Pontos principais

  • As convulsões febris são crises de movimentos súbitos e descoordenados, causadas pela febre e frequentes em crianças entre os seis meses e os seis anos de idade.
  • Durante uma convulsão febril, conforte a criança e não tente introduzir-lhe nada na boca. Tente rodar-lhe o corpo ou a cabeça para o lado.
  • Depois de uma convulsão febril, leve a criança ao médico.
    Se a convulsão durar mais de cinco minutos, chame uma ambulância.
  • Tratar a febre da criança com medicamentos não evitará necessariamente as convulsões.
  • Se tiver problemas ou questões a apresentar, contate o médico da criança.
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