O bebê vai nascer: como se preparar para a amamentação?

A amamentação, que é o ato de alimentar o bebê com o leite materno, vindo diretamente do peito, deve ser exclusiva durante os primeiros 6 meses de vida do bebê.
 Nesse período é normal que a menstruação da mãe que amamenta exclusivamente em livre demanda não venha, apesar de ocorrer um sangramento, que não é menstruação, e que pode durar cerca de 50 dias após o parto.

Durante a fase da amamentação, é importante beber muitos líquidos para garantir a produção de leite, porém alguns chás devem ser evitados para não provocar desconforto ou cólicas no bebê.

Chás que não pode tomar na amamentação

Alguns chás não devem ser tomados durante a lactação, porque podem alterar o sabor do leite, prejudicando a amamentação ou provocar desconforto como diarreia, gases ou irritação no bebê. Por isso, é importante que a lactante consulte seu médico ou um fitoterapeuta antes de tomar chá durante a amamentação.

Alguns chás que não podem ser tomados na amamentação, porque passam para o leite materno, incluem:

Chá de Kava Kava: usado para tratar ansiedade e insônia;

Chá de Carqueja: utilizado para aliviar os sintomas da gripe ou tratar problemas digestivos e intestinais;

Chá de Angélica: indicado no tratamento de problemas digestivos e estomacais, ansiedade, cólicas e dor de cabeça;

Chá de Ginseng: usado para tratar o cansaço e a fadiga;

Chá de raiz de Alcaçuz: utilizado para aliviar os sintomas de bronquite, catarro, prisão de ventre e resfriado;

Chá de Palmeira-anã: indicado no tratamento da cistite, catarro e tosse.

Outros chás como o chá de feno-grego, erva-doce, aniz estrelado, alho e equinácea devem ser evitados durante a amamentação porque não há comprovação científica de que são seguros durante a lactação.

Chás que se pode tomar na amamentação

Alguns chás como o de camomila ou gengibre, por exemplo, podem ser usados na amamentação para tratar problemas na mãe ou no bebê. Por exemplo, caso o bebê tenha cólicas, a mãe pode beber o chá de alfazema que ao passar pelo leite, pode ajudar o bebê.

Remédio caseiro para Cólica do Bebê

Um excelente remédio caseiro para acabar com as cólicas do bebê que já não mama no peito é o chá de alfazema, pois esta planta medicinal possui propriedades relaxantes e antiespasmódicas que ajudam a aliviar as cólicas do bebê.

Ingredientes

  • 0,5 litro de água
  • 1 colher (de sopa) de flores de alfazema

Modo de preparo

Colocar a água para ferver e, logo que começar a levantar fervura, desligar o lume. Colocar a alfazema e deixar repousar cerca de 5 minutos. Depois coar, deixar amornar e dar ao bebê em pequenas doses, sendo que a dose máxima recomendada deste remédio caseiro é 2 colheres de sopa por dia.

Nos bebês que mamam exclusivamente no peito, a solução pode ser a mãe beber este chá de alfazema, pois ele passa através do leite, podendo aliviar as cólicas do bebê.

Outro exemplo é a Silimarina, que é extraída da planta medicinal Cardo Mariano, que pode ser utilizada para aumentar a produção de leite materno.

Desta forma, o importante é a lactante ir experimentando alguns chás, sob indicação do médico ou fitoterapeuta, e parar de bebê-lo caso ela ou o bebê sentirem algum efeito colateral.

Como devo me preparar para a amamentação?

Aprenda o máximo que puder sobre a amamentação antes de o bebê nascer. Converse com outras mães que amamentem e leia sobre o assunto. Se puder, faça um curso pré-natal.
 Quanto mais você souber sobre como funciona o aleitamento e os benefícios do leite materno, maiores serão suas chances de ser bem-sucedida na tarefa, já esperta para eventuais dificuldades.

Durante a gravidez, o corpo vai se preparando naturalmente para a amamentação. Esse é um dos motivos para os seios crescerem tanto na gestação — os ductos mamários e as células que produzirão leite estão se desenvolvendo, e a área fica mais irrigada de sangue.

Outra coisa concreta que você pode fazer é se assegurar de que na maternidade onde vai dar à luz seja permitido que o bebê tenha contato com o seio o quanto antes. Os chamados “hospitais amigos da criança” (certificação do Unicef) garantem esse primeiro contato.

Mesmo se seu filho nascer de cesárea, você pode pedir ao médico que permita que o bebê sinta e cheire sua mama assim que for possível. O bebê nem precisa mamar nesse primeiro momento – basta esse contato para ajudar a promover o aleitamento. Em caso de parto normal, esse aconchego inicial fica mais fácil, já que você estará semi-sentada.

Meu peito não cresceu muito na gravidez.
Vou conseguir dar de mamar?

O tamanho do seio não tem nada a ver com o sucesso na amamentação – mesmo que seu peito continue pequeno, isso não vai diminuir as chances de amamentar seu filho.

Caso você tenha feito cirurgia de redução das mamas, talvez tenha mais dificuldade para amamentar, mas não há nada que você possa fazer antes de tentar – a não ser se informar bastante e conversar com mamães experientes.

Quem tem próteses de silicone nos seios não precisa fazer nenhum procedimento especial, e as próteses não devem interferir na amamentação.

Meus mamilos são planos. O que posso fazer?

Para quem tem mamilos planos ou invertidos, vale a pena usar conchas de plástico, vendidas em farmácias e lojas de artigos para bebê, para tentar ir formando o bico do seio.

Alguns médicos também recomendam massagear a área do mamilo, sempre com cuidado para não provocar contrações uterinas. Converse com seu ginecologista e leia mais sobre como amamentar com mamilos planos ou invertidos.

Preciso deixar os mamilos mais resistentes antes de o bebê nascer?

As modificações hormonais provocadas pela gravidez já são preparação suficiente para a maioria das mulheres. Em princípio, não é preciso usar cremes nem pomadas nos mamilos, nem ordenhar o colostro antes do parto. Também não é necessário esfregar os mamilos com esponja áspera para torná-los mais resistentes.

Se você tiver chance, tomar um pouco de sol nos mamilos, sempre com a proteção de filtro solar e evitando o horário entre as 11h e as 16h, pode deixá-los mais resistentes.

O que preciso comprar com antecedência, para amamentar?

Na verdade, na verdade, para dar de mamar você não precisa de nada. Os acessórios abaixo podem facilitar:

Absorventes para seios: Colocados dentro do sutiã, esses absorventes ajudam a manter suas roupas secas e sem manchas entre as mamadas, porque os seios podem vazar. Existem os descartáveis e os laváveis.

Concha para seios: Também dentro do sutiã, ajudam a formar o bico e a manter os mamilos arejados, se eles estiverem rachados. Há modelos que recolhem o leite que vaza num seio enquanto o bebê mama no outro.

Pomada contra rachaduras nos mamilos: Existem pomadas, como a de lanolina pura, que podem ser aplicadas nos mamilos para ajudar na cicatrização se eles estiverem rachados. Compre um tubinho bem pequeno, porque elas rendem bem.

Sutiãs de amamentação (2, para começar): Como a gravidez muda o tamanho e o formato dos seios, vale a pena comprar os sutiãs de amamentação mais no finalzinho e conferir se não precisarão ser trocados para servir melhor. Lembre-se de que, cheio de leite, o peito pode aumentar ainda mais.

Almofada de amamentação: Em formato de meia lua, ela ajuda a posicionar o bebê no comecinho. Mas não é essencial. Um travesseiro ou vários travesseirinhos pequenos podem fazer o mesmo papel.

Poltrona de amamentação: Também não é absolutamente essencial. Mas veja se na sua casa há um lugar confortável e prático para você amamentar. Lembre-se de que você vai passar umas boas horas por dia dando de mamar ao bebê, e é importante estar confortável.

Não é preciso comprar bombinha tira-leite com antecedência. Deixe para pensar nisso mais para a frente, quando você já estiver bem acostumada com a amamentação.

Amamentação para iniciantes. Direto ao ponto: o que é essencial saber

Antes de qualquer coisa, conheça os pontos básicos da amamentação:

  • Quando o bebê pega o peito direitinho, a amamentação não deve doer
  • O bebê tem de colocar quase a aréola inteira dentro da boca para mamar
  • Quanto mais o bebê sugar, mais leite a mãe vai produzir
  • O tamanho do peito não tem nada a ver com a produção de leite
  • Um peito que produz leite suficiente não necessariamente fica vazando
  • O leite de verdade só aparece três ou quatro dias depois do parto.
    É assim com todas as mulheres.
    O que vem antes, o colostro, é ótimo para o bebê, mas a quantidade é pequena mesmo.
  • É normal o bebê perder cerca de 10% do seu peso nos primeiros dias.
    Ele nasce com uma “reserva” e volta a ganhar peso conforme o leite desce e ele se acostuma com a amamentação.

Preparando-se para amamentar

O seu próprio corpo é o principal responsável pela preparação dos seios para a amamentação, portanto o mais importante mesmo é preparar seu espírito. Para isso, o melhor a fazer é se informar o máximo possível sobre o assunto antes de o bebê nascer.

Esteja preparada para as dificuldades, mas não precisa ficar apavorada. Use toda a ajuda possível enquanto estiver na maternidade, pois lá há pessoas especializadas e que cuidam disso todos os dias. Faça perguntas e tire todas as dúvidas que passarem na sua cabeça.

Não dá para saber durante a gravidez se você vai ter bastante leite ou não. O tamanho do seio e o fato de o peito já ter vazado ou não não têm nada a ver com a produção de leite depois que o bebê nasce.

Preciso comprar alguma coisa?

Você não vai precisar de nenhum equipamento especial (dá para se virar sem eles). Mas talvez valha a pena já ter em casa absorventes para seio, pomada de lanolina pura e conchas de silicone que deixam o mamilo “arejando”, além de ajudar na formação do bico.

Sutiãs de amamentação também são práticos. Tenha pelo menos dois, porque eles precisam ser lavados com frequência (ficam com cheiro de azedo!).

A poltrona de amamentação também não é essencial. Você pode se ajeitar no sofá, na cama ou numa poltrona comum. Importante é ter uma mesinha ao lado para apoiar o paninho e um copo d’água para você.

Também não precisa pensar em comprar bombinha para ordenhar o leite enquanto ainda estiver grávida. Espere para saber se terá necessidade e como vai fazer para continuar a dar de mamar quando voltar a trabalhar.

Como amamentar

Em primeiro lugar, saiba que não é preciso lavar nem limpar o peito antes de dar de mamar.

Cada mamada pode durar de meros 5 minutos a até 40. Tudo depende da criança. No começo é mais demorado, mas com o tempo a criança pega o jeito.

Certifique-se de escolher um local bem confortável antes de começar. O ambiente é muito importante, especialmente nos primeiros dias da amamentação, quando você ainda está se adaptando e aperfeiçoando a técnica.

Se você é do tipo de pessoa que se distrai fácil, procure um lugar mais tranquilo para sentar. Por outro lado, caso ache que vai ficar entediada na solidão, sente-se na frente da televisão. O ideal é ir testando diferentes locais da casa até achar um que funcione para você. Relaxamento é a palavra-chave aqui.

Segure o bebê de modo que seus braços e suas costas não fiquem doloridos. Diz-se que é preciso “levar o bebê ao seio”, e não “levar o seio ao bebê”.

Tenha travesseiros e almofadas (não precisam ser necessariamente especiais para amamentação) por perto. Encontre uma posição boa para você e para o bebê antes de iniciar.

O segredo para a amamentação sem dor é uma boa “pega” (diz-se “péga”). A pega correta requer que o bebê abocanhe o mamilo e uma boa parte da aréola. O ideal é que não dê para ver quase nada da parte mais escura do seio fora da boca do bebê.

Se estiver doendo, interrompa a mamada colocando o dedo mínimo entre a gengiva da criança e o mamilo, para desfazer o vácuo, e comece de novo. Uma vez que a boca do bebê esteja bem encaixada, ele se encarregará do resto.

Possíveis problemas

Embora as mulheres há séculos deem de mamar para seus filhos, o início nem sempre é fácil.
Nas primeiras seis semanas, à medida que a produção de leite se ajusta e o bebê aprende a mamar, você poderá apresentar:

  • Ingurgitamento: seios cheios demais ou empedrados
  • Mastite: inflamação ou infecção nas glândulas mamárias, com febre acima de 38,5 graus Celsius
  • Dor nos seios.

Como enfrentar as dificuldades

Algumas mulheres se adaptam à amamentação com rapidez e sem enfrentar grandes dificuldades. Mas muitas mães de primeira viagem acham o processo complicado.

Por isso, se você estiver se sentindo um tanto desanimada, lembre-se de que não é a única. Antes de desistir, converse com seu médico e com amigas que estão amamentando ou já amamentaram.

O aleitamento requer prática. Tenha paciência e encare cada mamada como mais uma experiência para o seu aprendizado. Experimente novas posições, pois às vezes o bebê se dá melhor pegando o seio por outro ângulo. E lembre-se de que a maioria dos problemas relacionados à amamentação é temporária.

Procure ter paciência. Às vezes pode parecer mais reconfortante dar logo uma mamadeira de fórmula de leite e ver que o bebê está se alimentando. Não ceda de primeira a essa possibilidade, mesmo que seja sugestão do médico ou da enfermeira. Insista tudo o que puder na amamentação.
Se não der mesmo, aí você sempre terá a possibilidade de recorrer à mamadeira.

De quanto em quanto tempo preciso dar de mamar?

Nos primeiros dias, ofereça o peito ao bebê sempre que ele chorar, ou demonstrar que quer mamar (“procurando” o peito, fazendo biquinho, “mamando” o braço ou a roupa). A produção de leite é estabelecida pelo estímulo da boquinha do bebê. Quanto mais ele sugar, mais leite você vai produzir.

Com o tempo, você vai saber quando o bebê está bem alimentado e vai poder começar a criar uma rotina de mamadas para ele.

O normal é dar de mamar de 8 a 12 vezes durante as 24 horas do dia. Os especialistas recomendam que, nos primeiros dias, enquanto ainda não se souber se o bebê está ganhando peso, você não deixe o bebê dormir mais de quatro horas seguidas sem mamar.

Se o bebê não quiser acordar de jeito nenhum, você pode tirar a roupinha dele e, em último caso, dar um banho. Mas, assim que o pediatra se certificar de que o bebê está ganhando peso bem, ele deve liberar você para deixar o bebê por períodos mais longos sem mamar, caso ele esteja dormindo.

Amamentar faz tanta diferença assim?

Sim, amamentar faz muita diferença. O leite materno é o melhor alimento para o bebê. Esse é o consenso entre médicos e cientistas do mundo todo. É verdade que nem sempre a amamentação é fácil.

Com um pouco de paciência e bastante informação você, como tantas outras mães que enfrentam dificuldades no começo, tem todas as chances de dar o peito com sucesso ao seu bebê.

Veja abaixo alguns bons motivos para fazer de tudo para dar o peito ao bebê:

  • O leite materno faz com que o bebê tenha menos risco de ficar doente no primeiro ano de vida. Ele terá menos chance de ter doenças chatas e perigosas como gastroenterite, pneumonia, bronquiolite, infecção urinária e até dermatite.
  • Dar o peito faz bem para a mãe também.
    Além de gastar calorias, ajuda a proteger você contra alguns tipos de câncer, como o de mama e o de ovário.
    Também protege contra a osteoporose.
  • O leite materno é um alimento completo, que contém pelo menos 400 nutrientes, além de hormônios e substâncias que combatem doenças, e que não podem ser encontradas na fórmula artificial.
    Também vai se adaptando às necessidades do bebê conforme ele cresce.
  • A amamentação ajuda a construir a relação entre você e seu filho.
    Ao amamentar, existe um contato único do bebê com sua pele, seu cheiro e seu aconchego.
  • O leite materno é de graça.
    E as fórmulas infantis pesam bastante no bolso.

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) e o governo brasileiro recomendam a amamentação exclusiva nos primeiros 6 meses de vida das crianças, e a manutenção do leite materno na alimentação até 2 anos de idade ou até mais.

Dor nos seios. Por que a dor nos seios ao amamentar?

Se está doendo na hora de mamar, é sinal de que há algo errado na amamentação. A causa mais comum de dor é a falta de “encaixe” entre a boca do bebê e o peito. O primeiro passo é ver, então, se o bebê está fazendo a pega direitinho.
 A dor causada pela pega incorreta é bem característica, pois dói o mamilo, ou seja, o bico, e não “lá dentro” do peito.
O mamilo também pode rachar e sangrar.

Veja a seguir alguns dos outros motivos que fazem com que o peito doa quando você dá de mamar:

O reflexo da “descida” (ejeção)

Pode ser que você tenha um pouco de dor nos seios quando eles estiverem se enchendo antes de uma próxima mamada. O reflexo da descida, também conhecido como reflexo da ejeção do leite, é provocado pela ação do hormônio ocitocina.

A ocitocina estimula os músculos da mama a drenar o leite. Nos primeiros dias após o parto, esse hormônio é liberado em resposta à sucção do bebê. Posteriormente, qualquer coisa que faça você pensar no bebê vai liberar a ocitocina. Para algumas mulheres, esse tipo de situação leva ao vazamento de leite (normalmente nas horas mais impróprias!).

O reflexo da descida é diferente para cada mãe. Algumas sentem um leve formigamento, outras enorme pressão e um pouco de dor, e há ainda aquelas que não sentem absolutamente nada.

A maioria das mulheres nem percebe o reflexo da descida nos primeiros dias, embora possa ter algum tipo de dor seguindo-se ao parto, em função da contração do útero para voltar ao tamanho original (processo deflagrado pelo mesmo hormônio).
A sensação da descida pode ficar mais presente quando o bebê já tiver algumas semanas, mas, à medida que a amamentação fica mais natural, grande parte das mulheres nem a nota mais.

Produção excessiva de leite

Algumas mulheres que produzem leite em abundância sentem uma dor aguda na área mais profunda do seio após o aleitamento. Verifique a posição do bebê no seu mamilo para ter certeza de que a pega está correta, mas, não se preocupe, já que a produção de leite tende a diminuir rapidamente para atender somente às necessidades de seu filho.

Se você tem leite demais, também pode pensar em doar parte dele a um banco de leite.

Candidíase

A candidíase é uma infecção por fungo que é transmitida da boca do bebê (o sapinho) para os seus seios. Se o fungo da cândida entrar nos ductos de leite, a amamentação poderá se tornar dolorosa. Ao contrário da dor da descida, que é rápida, a da candidíase persiste durante toda a mamada, e costuma piorar depois dela.

Para resolver o problema, é preciso tomar remédios, tratando ao mesmo tempo mãe, bebê e pai (porque a cândida pode ser transmitida sexualmente também).

Entre os sintomas estão mamilos doloridos, com coceira, rachados, avermelhados ou que ardem. Você também poderá apresentar candidíase vaginal. Leia nosso artigo sobre infecção por cândida para saber mais detalhes.

Ingurgitamento

O ingurgitamento ocorre quando as células produtoras de leite da mama são distendidas demais, tornando a descida do leite mais difícil e por vezes dolorosa.

Seus seios ficarão bem cheios, inchados, pesados, duros e até com a sensação de que estão empedrados (diferentemente da mastite, que além desses sintomas, provoca febre de mais de 38,5 graus Celsius e costuma afetar apenas uma mama, não as duas).

Há mulheres que, quando o leite desce pela primeira vez, ainda na maternidade ou logo depois de voltar para casa, sentem calafrios, dor no corpo e um mal-estar geral, como se fossem ficar gripadas. Isso é normal, embora muito desagradável. Analgésicos podem aliviar o desconforto, sempre com orientação médica.

Mastite ou ductos bloqueados

A mastite ou o entupimento dos ductos podem causar vermelhidão, dor, enrijecimento e inflamação nos seios (no caso da mastite, há também a presença de febre de mais de 38,5 graus Celsius).

Em muitos casos ocorre também à saída de pus do bico do peito e a dor é quase insuportável. Mesmo assim, o melhor jeito é continuar amamentando. Se o leite ficar parado dentro da mama é pior. O ideal é fazer bastante massagem na mama e depois colocar o bebê para mamar, ou então ordenhar o leite.

Outras possíveis causas para dor nos seios são:

  • Ordenha inadequada do leite através de bombinha.
  • Sutiã de tamanho ou modelo errado. A costura lateral tem que estar nas costelas, e não nos seios, e a parte que abriga as mamas não pode comprimi-las. Não use sutiãs com ferrinhos enquanto estiver amamentando.
  • Dores pré-menstruais.
    Se sua menstruação tiver recomeçado, pode ser que você sinta dores pré-menstruais.
    Elas devem melhorar quando a menstruação descer de fato, e não devem voltar por, mais ou menos, duas semanas.
    Após a ovulação, geralmente a dor vai retornando.
    A maioria das mulheres reconhece esse padrão cíclico, e vai conseguir identificar dores nos seios que possam estar ligadas a ele.
  • Displasia mamária ou doença fibrocística da mama.
    Algumas mulheres sofrem com esse problema, caracterizado por muitos nódulos nos seios, que podem ficar cheios de líquido e causar sensibilidade e dor.
    A displasia é um problema benigno, mas caso você suspeite tê-lo, o melhor a fazer é consultar um ginecologista para que exames possam descartar outras causas.

O que fazer para aliviar a dor?

Se você chegou a aprender alguma técnica de respiração ou relaxamento durante o pré-natal, tente usá-la ao amamentar; pode ser que isso ajude a amenizar o desconforto no momento da “descida” do leite.

Caso seus seios estejam ingurgitados, o bebê poderá ter alguma dificuldade para se posicionar direito e sugar de maneira eficiente. Nestes casos, vale tentar começar com uma delicada massagem seguida de ordenha manual ou com uma bombinha até que seu filho consiga mamar com mais facilidade, enfiando quase a aréola inteira dentro da boquinha dele.

O excesso de leite pode levar ao mesmo problema para uma boa pega do bebê. Quando a criança começa a mamar, estimula uma forte descida do leite, o que pode engasgá-la um pouco.

Tente a seguinte técnica: coloque o bebê no seio como de costume; quando sentir a “descida”, interrompa a sucção com cuidado e absorva com uma toalha esse primeiro fluxo. Recoloque o bebê na mama quando o fluxo estiver menos forte.
Quanto mais bem ajustada ao seio e com uma boa pega a criança estiver, mais rapidamente a produção de leite se adapta às necessidades dela e você se sente mais confortável.

Se a dor nos seios não melhorar em alguns dias, procure seu médico, o hospital onde teve bebê, um posto de saúde ou um banco de leite, para que possa ser examinada e para descartar problemas mais graves, como a mastite.

Como se tira o leite materno?

Há duas maneiras de ordenhar o leite materno, quer dizer, tirar o leite do seu peito para dar ao bebê ou para fazer uma doação. Uma delas é usando só as mãos. A outra é usando uma bombinha tira-leite manual ou elétrica.

Se você só precisa tirar o leite de vez em quando – para poder revezar nas mamadas noturnas com seu parceiro, por exemplo, ou para poder dar uma saída mais demorada sem o bebê – deve conseguir se virar tirando o leite manualmente. Este é sem dúvida o jeito mais barato, porém leva tempo e requer certa prática.

Algumas mulheres até acham a ordenha com as mãos mais fácil do que a com uma bombinha. Mas as bombinhas evoluíram muito e são bem eficientes, embora possam ser caras.

Prefira fazer a ordenha depois de o bebê mamar. Se ele mamar só em um lado, você pode tirar o leite do outro. Na primeira mamada da manhã os seios costumam ficar mais cheios, e “sobra” mais leite para tirar depois que o bebê mamar.
Ou então, é claro, se não estiver com o bebê, tire o leite mais ou menos na hora em que ele normalmente mamaria.

Como faço para tirar o leite com as mãos?

Lave bem as mãos antes de começar. Em seguida, posicione seu polegar mais ou menos 4 centímetros acima do mamilo, e os outros dedos abaixo, a fim de formar um “C” em volta da aréola.

Aproxime então o polegar do indicador, pressionando a mama e ao mesmo tempo forçando a mão toda na direção do seu próprio corpo (“afundando a mão no peito”). Diminua a pressão e repita o processo, em movimentos rítmicos. Se o polegar e o indicador estiverem perto demais do mamilo, você vai sentir dor e não conseguirá tirar o leite.

Depois de alguns minutos, rode um pouco a mão para tirar o leite de todos os ductos da mama. Quando o leite estiver saindo, incline-se um pouco para a frente e use um recipiente de boca larga, já esterilizado, para coletá-lo. Potes de vidro (de café ou maionese) com tampa plástica são boas opções.

Uma boa dica é treinar a ordenha manual durante o banho – a água morna vai ajudar, até você pegar a prática e começar a guardar o leite.

Como faço para usar uma bombinha?

As bombinhas elétricas e manuais tendem a ser rápidas e eficientes. Nas elétricas (ou a bateria), você colocará junto ao seio uma peça de sucção, ligará a máquina e a deixará fazer o trabalho de extrair o leite e transferi-lo para um recipiente conectado. Você pode ajustar a pressão e a velocidade a uma intensidade confortável.

As bombinhas manuais também se utilizam de uma peça de sucção, mas é você quem tira o leite ao apertar um mecanismo ou uma manivela, em vez de contar com a pressão feita através de um equipamento elétrico. Em média, leva-se de 15 a 45 minutos para esvaziar os dois lados.
As boas bombinhas tentam imitar o movimento de sucção dos bebês, estimulando a “descida” do leite sem causar dor.

Estou tentando tirar o leite e não estou conseguindo.
O que faço?

Assim como a amamentação em geral, a ordenha do leite, seja com a bombinha, seja com as mãos, também requer alguma prática, um pouco de paciência e muita tranquilidade.

Quando estiver tentando, mantenha os movimentos ritmados, mas pense em alguma outra coisa – de preferência no seu bebê (mas também pode ser assistindo a um programa de TV). Assim você aliviará a tensão e, quando se der conta, estará ordenhando uma boa quantidade de leite.

Lembre-se: Tanto na ordenha manual como na com bombinha, os primeiros movimentos servem para estimular a produção de leite, portanto é normal que não saia nada nos primeiros minutos. Não desista! Quando você menos esperar, vai ver o leite esguichando.

Caso você esteja com dificuldade, pode procurar a orientação de um especialista na maternidade onde deu à luz ou ainda em um banco de leite (encontre o mais próximo no site da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano).

Quanto leite devo esperar conseguir tirar?

A quantidade de leite vai depender principalmente da idade do bebê, e também do momento em que você tirou o leite. Se você tirar o leite logo depois da mamada, deve esperar menos leite do que se estiver substituindo completamente uma mamada.
 Nas primeiras vezes, quando ainda estiver pegando a prática, tirar 10 ou 20 ml já pode ser considerado um sucesso.

Até o bebê ter 1 mês, 90 ml já devem ser suficientes para uma mamada. A partir dos 2 meses, a quantidade por mamada aumenta para entre 120 ml e 180 ml. Mas você não precisa tirar tudo de uma vez. Pode juntar o resultado de mais de uma ordenha para completar a mamada.

Vale a pena tirar meu próprio leite?

Caso você vá passar algum tempo longe do seu filho (horas ou até um dia inteiro), a retirada manual ou por bombinha do leite possibilita que você o armazene e que outra pessoa possa dá-lo ao bebê.
 Dessa forma, a criança continua se beneficiando das incríveis propriedades do leite materno, e você fica com um pouco mais de flexibilidade para dar uma saída.

A ordenha do leite também serve para aliviar seios muito cheios e empedrados ou ingurgitados, além de aumentar sua produção, no caso de você não ter leite suficiente. Outra vantagem é que ela prolonga o período da amamentação, porque mantém a produção constante mesmo que você fique temporariamente impossibilitada de dar de mamar.

Se você conseguir criar uma rotina de tirar o leite no trabalho, seu filho vai poder desfrutar dos benefícios do leite materno por muito mais tempo.

Preciso de mais algum acessório para tirar o leite?

Para tirar, não, mas talvez você precise comprar uma bolsinha térmica para transportar o leite caso esteja fazendo a ordenha no trabalho.

Você pode guardar o leite no próprio recipiente que vem com a bombinha, bem tampado, ou então transferi-lo para mamadeiras esterilizadas ou potes de vidro com tampa de plástico, também esterilizados.

Como funciona a produção de leite? A pré-produção de leite começa durante a gravidez

As transformações físicas – seios mais sensíveis, inchados e com mamilos mais escuros e aréolas maiores – costumam ser um dos primeiros sinais de que você engravidou. E essas transformações não são somente um capricho da natureza para confirmar que você está grávida.
 Especialistas acreditam que a mudança de cor do mamilo, por exemplo, possa ajudar na futura amamentação, já que seria uma espécie de “jeitinho” do organismo para orientar melhor os recém-nascidos.

Outra alteração, o aparecimento de pequenas bolinhas ao redor da aréola do seio, também tem papel vital no ato de amamentar. Essas bolinhas produzem uma substância oleosa responsável por limpar, lubrificar e proteger o seio de infecções durante a amamentação.

Por dentro dos seios

Talvez mais impressionante até do que as transformações visíveis são as enormes mudanças que estão ocorrendo por dentro dos seus seios.

A placenta em desenvolvimento estimula a liberação dos hormônios estrogênio e progesterona, os quais, por sua vez, deflagram o complexo sistema biológico que torna a lactação possível.

Antes da gestação, as mamas são formadas por uma combinação de tecidos, glândulas mamárias e gordura (a quantidade de tecido adiposo difere de mulher para mulher, daí a enorme variedade de tamanhos e formatos de seios).

O incrível é que seus seios já estavam se preparando para uma gravidez desde que você era um embrião de 6 semanas no útero de sua mãe. A criança já nasce com os principais ductos mamários formados.

As glândulas mamárias não dão sinal de vida até a puberdade, quando uma enxurrada do hormônio feminino estrogênio as faz crescer e inchar. Durante a gestação, essas glândulas trabalham a todo vapor. No momento em que o bebê nasce, o tecido glandular de suas mamas já dobrou de tamanho, o que explica a mudança radical no número do sutiã!

Em meio às células adiposas e ao tecido glandular localiza-se uma rede de canais, chamados ductos. Os hormônios da gravidez fazem com que esses ductos aumentem de quantidade e tamanho e se dividam em canais menores perto da região peitoral.
Na extremidade de cada um deles há uma aglomeração de pequenos sacos, semelhante a um cacho de uvas, conhecidos como alvéolos.
 Um conjunto de alvéolos forma um lóbulo, e uma reunião de lóbulos é um lobo.
Cada seio contém de 15 a 20 lobos.

O leite é produzido dentro dos alvéolos, os quais são rodeados por diminutos músculos que pressionam as glândulas e empurram o leite para os ductos. Os cerca de nove ductos lactíferos de cada seio são como canudos isolados que chegam à extremidade do mamilo, formando um “chuveirinho” que leva o leite para a boca do bebê.

O sistema de distribuição do leite fica completamente pronto já no segundo trimestre de gravidez, para que a mulher possa amamentar o bebê mesmo que ele seja prematuro.

A produção de leite aumenta quando o bebê nasce

A produção de leite em grande escala começa de 24 a 48 horas depois que você dá à luz. Esse período é cientificamente conhecido como lactogênese.

Após a retirada da placenta, os níveis dos hormônios estrogênio e progesterona começam a declinar. O hormônio prolactina, cuja quantidade vinha aumentando durante toda a gestação, é então liberado, para sinalizar ao corpo que é hora de produzir bastante leite.

Pesquisas indicam que a prolactina é também responsável por uma sensação maior de “maternidade”, daí ter sido batizada por alguns especialistas de o hormônio do instinto materno. Em geral, o leite demora mais para “descer” no primeiro filho.

À medida que seu corpo se prepara para a lactação, ele libera mais sangue para a região dos alvéolos, deixando os seios firmes e cheios.
Vasos sanguíneos meio inchados, combinados com a abundância de leite, podem deixar as mamas temporariamente doloridas, quentes e cheias demais, e provocar um ingurgitamento mamário, porém a própria amamentação ajudará a aliviar o desconforto inicial.

Primeiro desce o colostro

Nos primeiros dias de aleitamento, o bebê será alimentado por uma substância viscosa, meio transparente e rica em proteínas conhecida como colostro. É possível que nas últimas semanas de gestação você tenha notado o vazamento de gotas deste líquido esbranquiçado (para algumas mulheres isso já ocorre no segundo trimestre).

Esse precioso líquido é cheio de anticorpos chamados de imunoglobulinas, fortificantes naturais para o sistema imunológico do bebê. O leite materno se transforma no decorrer da amamentação a fim de suprir todas as necessidades da criança.

Para que o bebê possa mamar, é preciso que o leite “desça” dos alvéolos. O processo funciona assim: o bebê suga o mamilo, o que estimula a hipófise a liberar os hormônios ocitocina e prolactina para a corrente sanguínea. Ao alcançar seu seio, a ocitocina provoca a contração dos pequenos músculos ao redor dos alvéolos cheios de leite.
O líquido passa então para os ductos, que o transportam para os ductos que ficam pouco abaixo da aréola do seio.
Ao sugar, o bebê faz com que o leite dos ductos chegue à sua boca.

Nos primeiros dias de amamentação, talvez você sinta alguma contração no abdome, na forma de cólicas, bem na hora em que o bebê estiver mamando. A sensação sinaliza a liberação da ocitocina, que ajuda o útero a voltar ao tamanho normal (esse mesmo hormônio provocou a contração do útero durante o trabalho de parto).

Também pode ser que junto com a contração venha um fluxo vaginal mais intenso de sangue, portanto capriche no absorvente. Essas cólicas são mais intensas a partir do segundo filho, e em alguns lugares do Brasil são chamadas até de “dor de parto”.

Um outro sinal é que você poderá se sentir calma, satisfeita e alegre ao amamentar. A ocitocina é, afinal, conhecida como o hormônio do amor!

Com o aumento do fluxo de leite, é possível que você também sinta formigamento, queimação ou ardor nos seios. É fundamental estar tranquila durante a amamentação para que o leite desça com facilidade.

Muitas mulheres comparam o aleitamento ao aprendizado de andar de bicicleta: pode ser complicado no começo, mas, quando você pega o jeito, fica parecendo impossível que um dia não tenho sabido fazer.

Lembre-se de investir no repouso e na hidratação, e não use sutiãs muito apertados, para que seu peito possa se encher de leite.

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