Inflamação e trombose nos olhos ganham medicamento mais eficaz aplicado com injeção
Até pouco tempo, as doenças do interior do olho eram remediadas apenas com colírio.
A retina é a parte interna do olho, onde se formam as imagens. Composta por uma grande quantidade de vasos sanguíneos em meio a células muito delicadas, ela acaba sendo uma área bastante suscetível a doenças. É comum a obstrução de vasos, geralmente em pessoas com hipertensão arterial (pressão alta).
Quando isso ocorre, há vazamento do sangue dos vasos para a retina.
Essa hemorragia causa imediata degradação da visão e propicia o aparecimento de infecções.
Tanto o quadro inflamatório quanto o de trombose (obstrução) estão associados ao chamado edema (inchaço) de mácula.
Segundo o oftalmologista Sebastião Ferreira Neto, até pouco tempo, as doenças do interior do olho eram remediadas apenas com colírio – tratamento considerado pouco efetivo. Recentemente, surgiram injeções intraoculares muito eficientes, mas com o inconveniente de serem administradas mensalmente por longos períodos.
Agora, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou um implante biodegradável intraocular que libera, lenta e constantemente, o medicamento.
Ele tem poucos milímetros, não exige retirada cirúrgica, por ser biodegradável, e não apresenta incômodo ao paciente.
Conheça sete erros que podem arruinar sua visão
A saúde ocular costuma ficar em segundo plano. Mas basta entrar um cisco no olho para lembrarmos como é importante ter os olhos em pleno funcionamento. O oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo, alerta que é preciso cuidar da visão para evitar problemas.
A seguir, o especialista aponta os sete erros mais frequentes que prejudicam a visão.
– Sair sem óculos de sol
O acessório é indispensável mesmo em dias nublados ou com neve. Os raios UV deterioram a visão, levando à formação precoce de catarata, degeneração macular e até mesmo de tumores na superfície dos olhos. As lentes devem bloquear pelo menos 99% dos raios UVA e UVB.
– Passar tempo demais diante de um monitor
A curta distância, além do contraste e brilho da tela, podem causar fadiga ocular, visão turva, olhos secos e irritados. O ideal é se manter afastado pelo menos 50 centímetros do computador e fazer pausas de hora em hora para piscar. Caso contrário, a córnea começa a ficar ressecada e irritada.
– Abusar dos colírios
Ao mesmo tempo em que parecem eliminar a irritação ocular, os medicamentos, quando usados em excesso, podem estimular um ciclo vicioso. Ou seja, quando o paciente realmente precisar de um colírio, será necessário prescrever uma fórmula ainda mais forte para tratar o problema.
– Descuidar das lentes de contato
As lentes de contato devem ser higienizadas diariamente com soluções específicas, assim como o estojo. Jamais deve-se lavá-las debaixo do chuveiro nem entrar com elas em banheiras, piscinas ou mar. As chances de infecções oculares triplicam diante de uma higiene inadequada.
– Fumar
O vício prejudica consideravelmente a capacidade de o corpo fornecer nutrição e oxigenação adequada aos tecidos, incluindo os tecidos oculares. Fumar, portanto, aumenta o risco de catarata e degeneração macular (deterioração progressiva de parte da retina).
– Dormir de maquiagem ou usar produtos vencidos
Alguns tipos de sombra, por exemplo, podem arranhar o cristalino e causar irritação caso entrem em contato direto com os olhos. Outro cuidado fundamental é descartar toda maquiagem vencida, pois ela pode desencadear alergias severas, irritação, vermelhidão e sensação de areia nos olhos.
– Negligenciar sintomas
Adiar a consulta ao oftalmologista na presença de dor, sensibilidade à luz, visão difusa, vermelhidão persistente ou qualquer outro sintoma é um grande erro. Um diagnóstico tardio pode exigir, muitas vezes, intervenção cirúrgica muito mais complexa e um tempo de recuperação mais prolongado.